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Estado de Minas CASO DAS JOIAS

Ex-ministro de Bolsonaro diz ter presumido que joias seriam para Michelle

Ex-ministro disse a delegados da PF que, no momento da apreens�o das joias, foi chamado de volta � alf�ndega por Marcos Soeiro, que trazia outros itens na mala


14/03/2023 19:20 - atualizado 14/03/2023 19:26

Michelle Bolsonaro
Ex-ministro sup�s que joias seriam presentes de Bolsonaro para Michelle (foto: Isac Nobrega/PR)
Em depoimento � Pol�cia Federal nesta ter�a-feira (14/3), o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque afirmou ter entrado no pa�s ao voltar de viagem em 2021 sem declarar um estojo contendo um rel�gio e outras joias masculinas, objetos que manteve no cofre do minist�rio por sete meses at� deixar o comando da pasta, em maio do ano passado. Esses artigos estavam em sua bagagem.


Albuquerque disse que s� abriu essa caixa ap�s chegar em Bras�lia. O estojo fazia par com outro que foi apreendido na alf�ndega do aeroporto de Guarulhos e que foi pego na mala de seu ajudante, Marcos Soeiro -um dos tr�s integrantes da comitiva oficial que voltava da Ar�bia Saudita.


O ex-ministro afirmou que, da mesma forma que o conjunto da marca su��a Chopard de R$ 16,5 milh�es apreendido na mala de seu auxiliar, "apenas sup�s" serem presentes para o ex-presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle, j� que ambos tinham sido convidados para a viagem.


Albuquerque disse que foi ao evento representando o presidente. � PF ele disse que eram presentes para o governo brasileiro, mudando sua vers�o inicial.


O ex-ministro informou ter mantido os supostos presentes para Bolsonaro no cofre do minist�rio enquanto aguardava o desfecho a ser dado pela Receita Federal para a apreens�o de joias femininas avaliadas em R$ 16,5 milh�es dadas pelo governo da Ar�bia Saudita.


O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo no �ltimo dia 3.

 

 


Mesmo sem um desfecho, no �ltimo dia 29 de novembro, a praticamente um m�s de Bolsonaro encerrar o mandato, o assessor especial do Minist�rio de Minas e Energia Ant�nio Carlos Ramos de Barros Mello entregou o estojo que n�o foi fiscalizado pela Receita ao Pal�cio do Planalto.


Naquele momento, o minist�rio de Minas e Energia j� era comandado por Adolfo Sachsida, amigo de Bolsonaro e ex-integrante da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Albuquerque deixou a pasta em maio daquele ano.

Receita Federal

 


Ap�s reportagem da Folha sobre a entrega do suposto presente para Bolsonaro, a Receita afirmou n�o ter sido avisada sobre a exist�ncia desse estojo e informou que tomar� as provid�ncias legais. O Tribunal de Contas da Uni�o j� proibiu Bolsonaro de usar ou vender esse conjunto n�o apreendido.


O ex-ministro disse aos delegados da PF que, no momento da apreens�o das joias femininas, foi chamado de volta � alf�ndega por Marcos Soeiro, que trazia outros presentes na mala.


Albuquerque explicou que a comitiva -chefiada por ele e que contava com Marcos Soeiro e Chistian Vargas- recebeu diversos presentes.


Afirmou que, ao se deparar com as joias, sup�s terem sido presente para a primeira-dama, j� que a comitiva s� carregava presentes dados ao governo brasileiro.


� PF sustentou que, mesmo sendo um presente supostamente destinado para a primeira-dama, eram artigos encaminhados ao governo brasileiro.


A nova vers�o dada pelo ministro foi sustentada pelo documento que ele assinou no momento da apreens�o dos objetos na alf�ndega do aeroporto de Guarulhos. Nele, Albuquerque declarou que todos os objetos dados na Ar�bia Saudita eram para o governo brasileiro. Ele usou a exist�ncia do v�deo gravado para confirmar seu depoimento.

 

 

 

Ar�bia Saudita


Disse que foi � Ar�bia Saudita representando o ent�o presidente Bolsonaro.

 


O ex-ministro tamb�m mudou sua vers�o para o segundo estojo, que entrou no pa�s sem declara��o.


� Folha de S.Paulo o ex-ministro havia afirmado que tinha sido embarcado na mala de outro integrante, Cristian Vargas, um servidor do Minist�rio de Rela��es Exteriores hoje indicado para ser embaixador em Cuba.


Para a PF, Albuquerque assumiu que estava carregando a caixa que entrou sem inspe��o. Comandada por Bento Albuquerque, a comitiva viajou entre 20 e 26 de outubro de 2021.


� Pol�cia Federal o ex-ministro afirmou que os dois pacotes foram dados por integrantes do governo saudita quando a comitiva j� estava saindo do hotel, em Riade.


O ex-ministro afirmou que as duas caixas estavam seladas e que ningu�m suspeitou se tratar de objetos de valor j� que, durante o evento, v�rios presentes foram trocados pela comitiva.


Disse ter recebido azeites, t�maras e bebidas. Por esse motivo, afirmou ter mantido o pacote selado sem conhecer seu conte�do.


O ex-ministro afirmou que os dois pacotes foram distribu�dos nas malas e que n�o fizeram as declara��es porque, supostamente, n�o acharam que passariam de US$ 1.000 -cota m�xima permitida pela lei para a entrada de itens livres de declara��o.


Integrantes do governo Lula t�m feito uma s�rie de cr�ticas a Bolsonaro e ao ex-ministro por causa do epis�dio.


O ministro Alexandre Padilha, das Rela��es Institucionais, j� tachou como "contrabando ilegal".


No Tribunal de Contas, o ministro Augusto Nardes escreveu em decis�o na semana passada que os fatos "revelam-se de elevada gravidade, seja pelo valor dos objetos questionados, seja pela relev�ncia dos cargos ocupados pelos eventuais autores das irregularidades tratadas".


Ele tamb�m determinou dilig�ncias � PF e � Receita Federal.

 


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