
Albuquerque disse que s� abriu essa caixa ap�s chegar em Bras�lia. O estojo fazia par com outro que foi apreendido na alf�ndega do aeroporto de Guarulhos e que foi pego na mala de seu ajudante, Marcos Soeiro -um dos tr�s integrantes da comitiva oficial que voltava da Ar�bia Saudita.
Albuquerque disse que foi ao evento representando o presidente. � PF ele disse que eram presentes para o governo brasileiro, mudando sua vers�o inicial.
O ex-ministro informou ter mantido os supostos presentes para Bolsonaro no cofre do minist�rio enquanto aguardava o desfecho a ser dado pela Receita Federal para a apreens�o de joias femininas avaliadas em R$ 16,5 milh�es dadas pelo governo da Ar�bia Saudita.
O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo no �ltimo dia 3.
Mesmo sem um desfecho, no �ltimo dia 29 de novembro, a praticamente um m�s de Bolsonaro encerrar o mandato, o assessor especial do Minist�rio de Minas e Energia Ant�nio Carlos Ramos de Barros Mello entregou o estojo que n�o foi fiscalizado pela Receita ao Pal�cio do Planalto.
Naquele momento, o minist�rio de Minas e Energia j� era comandado por Adolfo Sachsida, amigo de Bolsonaro e ex-integrante da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Albuquerque deixou a pasta em maio daquele ano.
Receita Federal
Ap�s reportagem da Folha sobre a entrega do suposto presente para Bolsonaro, a Receita afirmou n�o ter sido avisada sobre a exist�ncia desse estojo e informou que tomar� as provid�ncias legais. O Tribunal de Contas da Uni�o j� proibiu Bolsonaro de usar ou vender esse conjunto n�o apreendido.
O ex-ministro disse aos delegados da PF que, no momento da apreens�o das joias femininas, foi chamado de volta � alf�ndega por Marcos Soeiro, que trazia outros presentes na mala.
Albuquerque explicou que a comitiva -chefiada por ele e que contava com Marcos Soeiro e Chistian Vargas- recebeu diversos presentes.
Afirmou que, ao se deparar com as joias, sup�s terem sido presente para a primeira-dama, j� que a comitiva s� carregava presentes dados ao governo brasileiro.
� PF sustentou que, mesmo sendo um presente supostamente destinado para a primeira-dama, eram artigos encaminhados ao governo brasileiro.
A nova vers�o dada pelo ministro foi sustentada pelo documento que ele assinou no momento da apreens�o dos objetos na alf�ndega do aeroporto de Guarulhos. Nele, Albuquerque declarou que todos os objetos dados na Ar�bia Saudita eram para o governo brasileiro. Ele usou a exist�ncia do v�deo gravado para confirmar seu depoimento.
Ar�bia Saudita
Disse que foi � Ar�bia Saudita representando o ent�o presidente Bolsonaro.
O ex-ministro tamb�m mudou sua vers�o para o segundo estojo, que entrou no pa�s sem declara��o.
� Folha de S.Paulo o ex-ministro havia afirmado que tinha sido embarcado na mala de outro integrante, Cristian Vargas, um servidor do Minist�rio de Rela��es Exteriores hoje indicado para ser embaixador em Cuba.
Para a PF, Albuquerque assumiu que estava carregando a caixa que entrou sem inspe��o. Comandada por Bento Albuquerque, a comitiva viajou entre 20 e 26 de outubro de 2021.
� Pol�cia Federal o ex-ministro afirmou que os dois pacotes foram dados por integrantes do governo saudita quando a comitiva j� estava saindo do hotel, em Riade.
O ex-ministro afirmou que as duas caixas estavam seladas e que ningu�m suspeitou se tratar de objetos de valor j� que, durante o evento, v�rios presentes foram trocados pela comitiva.
Disse ter recebido azeites, t�maras e bebidas. Por esse motivo, afirmou ter mantido o pacote selado sem conhecer seu conte�do.
O ex-ministro afirmou que os dois pacotes foram distribu�dos nas malas e que n�o fizeram as declara��es porque, supostamente, n�o acharam que passariam de US$ 1.000 -cota m�xima permitida pela lei para a entrada de itens livres de declara��o.
Integrantes do governo Lula t�m feito uma s�rie de cr�ticas a Bolsonaro e ao ex-ministro por causa do epis�dio.
O ministro Alexandre Padilha, das Rela��es Institucionais, j� tachou como "contrabando ilegal".
No Tribunal de Contas, o ministro Augusto Nardes escreveu em decis�o na semana passada que os fatos "revelam-se de elevada gravidade, seja pelo valor dos objetos questionados, seja pela relev�ncia dos cargos ocupados pelos eventuais autores das irregularidades tratadas".
Ele tamb�m determinou dilig�ncias � PF e � Receita Federal.