
“Abram as portas de suas casas para o IBGE. Significa abrir as portas para uma vida melhor”, disse a ministra. Apesar da forte propaganda realizada nos �ltimos meses sobre o retorno do Censo, o IBGE luta contra a desconfian�a da popula��o em rela��o ao trabalho do Instituto.
Tebet participou de um evento do IBGE, em parceria com a Central �nica das Favelas (Cufa), chamado “Favela no Mapa”, que estimula a realiza��o do Censo nas comunidades brasileiras. A ministra garantiu que vai trabalhar para que o Instituto obtenha recursos necess�rios para a conclus�o do servi�o.
“Sem Censo n�o h� pol�tica p�blica”, afirmou a ministra. “Or�amento p�blico (para o IBGE) n�o faltar�”, completou.
Durante o evento, a ministra afirmou que houve um sucateamento do IBGE enquanto Jair Bolsonaro (PL) era presidente do Brasil. Tebet destacou que o “baixo investimento no Instituto, se deve ao negacionismo do ex-mandat�rio”. “O governo passado n�o acreditava em estat�sticas e evid�ncias. Atrasamos o IBGE”, afirmou.
Fase final
Faltam apenas 6 dias para que o trabalho dos recenseadores finalize. De acordo com a Ag�ncia Brasil, o Censo 2022 j� ouviu 91% dos domic�lios brasileiros, mas o objetivo � concluir as entrevistas at� o dia 31 de mar�o. Por�m, o Instituto ainda n�o conseguiu atingir o m�nimo de 95% de cobertura em diversas comunidades espalhadas pelo pa�s.
A pesquisa Data Favela 2023, divulgada neste m�s de mar�o, mostrou que se as favelas brasileiras formassem um estado, seria o terceiro maior do Brasil em popula��o. Segundo o estudo, o n�mero de favelas dobrou na �ltima d�cada, totalizando 13.151 mapeadas pelo pa�s. S�o estimados 5,8 milh�es de domic�lios em favelas com 17,9 milh�es de moradores.
Tebet refor�ou a relev�ncia de se ter informa��es mais atualizadas sobre os habitantes das favelas brasileiras, pois al�m de revelar “quem somos”, esses “dados movimentam a economia”.
"O banco de diagn�stico � de como somos, quem somos… � importante para o governo federal e iniciativa privada tamb�m”, argumenta. “Esses dados movimentam a economia. Sem um banco de dados completo estamos fadados a n�o ter crescimento com qualidade de vida."
Al�m da recusa, o Censo encontrou dificuldade em localizar os moradores das comunidades, j� que muitos trabalham o dia inteiro fora e, por causa do transporte p�blico, demoram muitas horas para chegarem em casa. Outro fator foi a omiss�o de domic�lio, aquelas resid�ncias que est�o nos fundos ou em lajes. A dificuldade de acesso e circula��o dentro dessas comunidades tamb�m afetou o trabalho dos recenseadores.