
Como Sergio Moro, hoje senador, e Deltan Dallagnol, hoje deputado federal, t�m foro privilegiado, Appio decidiu encerrar a audi�ncia, "sendo certa a compet�ncia exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do ministro Ricardo Lewandowski". A corte � respons�vel por julgar autoridades com foro.
"Diante da not�cia-crime de extors�o, em tese, pelo interrogado, envolvendo parlamentares com prerrogativa de foro, ou seja, deputado Deltan Dalagnol e o Senador Sergio Moro, bem como as pessoas do advogado (Carlos) Zucolotto e do dito cabo eleitoral (de Sergio Moro) Fabio Aguayo, encerro a presente audi�ncia para evitar futuro impedimento, sendo certa a compet�ncia exclusiva do Supremo Tribunal Federal, na pessoa do Excelent�ssimo Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, juiz natural do feito, porque prevento, j� tendo despachado nos presentes autos", disse o juiz na audi�ncia.
Extors�o
Duran � r�u acusado de lavagem de dinheiro. Ele alega que foi "alvo" da opera��o por n�o ter aceitado ser "extorquido". De acordo com as den�ncias do advogado, pediram a ele US$ 5 milh�es para que ele n�o fosse preso no �mbito da Opera��o Lava Jato.
Em 2019, em uma entrevista concedida ao UOL, Tacla Duran disse que pagou uma primeira parcela de US$ 612 mil a um advogado ligado a Sergio Moro - Marlus Arns, que havia trabalhado com Ros�ngela Moro, mulher de Sergio. O advogado alega que se recusou a pagar o restante.
Na �poca, Duran disse ter sido procurado por Carlos Zucolotto J�nior - que era s�cio de Ros�ngela Moro - para pagar "por fora" e obter um acordo de dela��o premiada.
O advogado entregou � Justi�a fotos e grava��es que, supostamente, confirmariam suas acusa��es.
Devido ao "grande poderio pol�tico e econ�mico dos envolvidos", Tacla Duran foi encaminhado ao programa federal de testemunhas protegidas. Atualmente, Duran vive na Espanha.