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Estado de Minas ELEI��ES 2024

Movimenta��o de Fl�vio mant�m viva amea�a de Bolsonaro a Paes no Rio

Contudo, entrada do filho do ex-presidente na disputa eleitoral ainda � vista com desconfian�a no meio pol�tico carioca


02/04/2023 09:52 - atualizado 02/04/2023 10:36
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Flávio Bolsonaro e Eduardo Paes
(foto: Fl�vio Bolsonaro/Divulga��o)
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A movimenta��o do senador Fl�vio Bolsonaro (PL) de colocar seu nome � disposi��o para a disputa da Prefeitura do Rio de Janeiro na elei��o de 2024 mant�m viva a amea�a feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao prefeito Eduardo Paes (PSD) durante a campanha eleitoral do ano passado.


A entrada de Fl�vio na disputa ainda � vista com desconfian�a no meio pol�tico carioca. A apresenta��o de seu nome para a candidatura tem sido vista como uma forma de manter voz ativa na escolha do advers�rio do prefeito da base eleitoral do ex-presidente.

O objetivo do senador tamb�m foi limitar as movimenta��es recentes do governador Cl�udio Castro (PL), que vinha sinalizando a inten��o de impor nome de sua prefer�ncia (dr. Luizinho, do PP, atual secret�rio estadual de Sa�de) e ensaiando, para alguns, uma aproxima��o com Paes.

A entrada de Fl�vio na pr�-campanha exigiu uma recomposi��o de Castro com o bolsonarismo, do qual vinha se afastando gradualmente desde o fim da campanha eleitoral.

O filho do ex-presidente tamb�m limitou as negocia��es de Eduardo Paes, que j� conseguiu atrair a Uni�o Brasil para seu governo.

A perspectiva de enfrentamento direto com a fam�lia Bolsonaro fez com que o prefeito conseguisse praticamente garantir a alian�a com PT, PSB e PDT, mas dificultou a aproxima��o de outras siglas do centr�o.

Bolsonaro deu a largada na disputa de 2024 pela Prefeitura do Rio de Janeiro no �ltimo dia da campanha presidencial do ano passado. Ao lado de Castro, o ex-presidente chamou Paes de vagabundo, mentiroso e mal-agradecido e amea�ou: "Ele vai ter o troco l� em 2024".

A entrada de Fl�vio na pr�-campanha contou com o aval do ex-presidente.

A confian�a de que o projeto pode ser bem sucedido vem do resultado nas urnas da cidade no ano passado: apesar do empenho de Paes no segundo turno em favor de Lula, Bolsonaro venceu o petista na cidade com 52,7% dos votos v�lidos. O ex-presidente conseguiu at� ampliar a diferen�a para Lula em rela��o ao primeiro turno.

Aliados do senador ressaltam tamb�m o relativo bom resultado obtido na disputa pela prefeitura em 2016, antes da elei��o de Bolsonaro, quando Fl�vio se candidatou � revelia do pai e obteve 14% dos votos v�lidos. Ele teve apenas 64 mil a menos do que Pedro Paulo, nome de Paes da ocasi�o que tamb�m ficou fora do segundo turno.

Contudo h� d�vidas se Bolsonaro manter� o interesse pessoal na disputa, sob risco de derrota em seu domic�lio eleitoral. Pessoas pr�ximas ao senador afirmam que, desta vez, Fl�vio n�o vai contrariar a avalia��o do pai sob risco de prejudicar seu projeto nacional.

Aliados do senador afirmam que a movimenta��o visa, principalmente, impedir a dispers�o dos bolsonaristas nas negocia��es para o ano que vem.

Um dos que amea�avam se desgarrar era Cl�udio Castro. O governador travava uma disputa interna pelo controle do PL-RJ sob risco de trocar de partido. Ao mesmo tempo em que atuou como avalizador do acordo no diret�rio estadual, Fl�vio disponibilizou seu nome.

Castro mant�m bom di�logo com Paes, ativo que o prefeito pretendia usar para atrair o governador para sua alian�a. Com a entrada do senador na pr�-campanha, o governador viu seus movimentos limitados. Ele mant�m a defesa da candidatura de dr. Luizinho, mas n�o fecha as portas para apoiar Fl�vio.

As negocia��es para 2024 entre Fl�vio e Castro esbarram nas pretens�es de ambos para o pleito de 2026. O senador tem como projeto principal sua reelei��o, enquanto o governador tamb�m almeja uma cadeira no Senado.

A pr�xima elei��o oferece duas vagas por estado, mas a costura dos dois excluiria o senador Carlos Portinho (PL), eleito como suplente de Arolde de Oliveira, morto em 2020. Uma das op��es estudadas � indicar Portinho como candidato a prefeito, caso o filho do ex-presidente opte por n�o concorrer.

Outra op��o discutida dentro do PL-RJ � do deputado Eduardo Pazuello, ex- ministro da Sa�de de Bolsonaro. Ele n�o demonstrou muito interesse na miss�o, mas mant�m as conversas abertas.

Eduardo Paes tamb�m tem a elei��o de 2026 no mapa para as negocia��es de 2024. O prefeito deve disputar o governo estadual, o que torna a vice na chapa um espa�o nobre para negocia��o.

O prefeito vem insistindo em escolher o deputado federal Pedro Paulo (PSD), seu bra�o-direito, para o posto. Uma das possibilidade � que ele se filie a algum partido da alian�a que est� sendo formada, como a Uni�o Brasil, a fim de contemplar outra sigla na chapa.

Paes pretende manter esse desenho at� as v�speras das conven��es, a fim de ter uma carta na manga para atrair outros partidos, caso o cen�rio eleitoral assim imponha. Sua equipe diz que n�o teme enfrentar Fl�vio Bolsonaro, e avalia n�o ser um empecilho para o quarto mandato � frente do munic�pio --o que o tornaria o pol�tico com mais tempo no comando da cidade da hist�ria.

O prefeito j� conseguiu atrair antecipadamente o PT para o projeto, ao lhe ceder tr�s secretarias este ano.

O movimento, articulado pelo vice-presidente da sigla, Washington Quaqu�, desagradou a ala que defendia deixar as negocia��es para o ano que vem a fim de que pudesse pleitear a vice da chapa. O deputado Lindbergh Farias advogava para que uma alian�a com o deputado Tarc�sio Motta (PSOL) permanecesse como uma op��o.

O MDB-RJ � outro partido que Paes avalia tentar atrair. A sigla oficialmente confirmou a pr�-candidatura do deputado bolsonarista Otoni de Paula.


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