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Estado de Minas IVIAGEM INTERNACIONAL

Lula e Xi Jinping: declara��o deixa 'clube da paz' em 2� plano

O combate �s mudan�as clim�ticas foi objeto de uma declara��o conjunta em que 'Lula e Xi reconheceram que [a crise do clima] � um dos maiores desafios'


14/04/2023 19:20 - atualizado 14/04/2023 19:35

Lula se encontra com presidente da Assembleia da China, Zhao Leji
Lula se encontra com presidente da Assembleia da China, Zhao Leji (foto: Ricardo Stuckert/PR)
Dois dos temas que mais mobilizaram aten��o nos preparativos para a viagem do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) � China acabaram recebendo men��o superficial na declara��o conjunta divulgada nesta sexta-feira (14/4), cinco horas depois de encerrado o encontro o petista e o dirigente Xi Jinping.

  

Da eventual ades�o brasileira � chamada "Nova Rota da Seda", ambicioso programa chin�s de investimentos em infraestrutura ao redor do mundo, restou um trecho que mant�m pendente uma das pontas soltas da viagem de Lula ao pa�s asi�tico.


"Brasil e China manifestaram interesse em examinar sinergias entre as pol�ticas de desenvolvimento e os programas de investimento do Brasil, inclusive nos esfor�os da integra��o sul-americana, e as pol�ticas de desenvolvimento e as iniciativas internacionais da China, inclusive a Iniciativa do Cintur�o e Rota", diz a declara��o.

 

A entrada na BRI (sigla em ingl�s para a Cintur�o e Rota) foi objeto de campanha na m�dia estatal da China, que buscou vincular maior investimento no Brasil, como queria Lula, � ades�o. O ingresso formal preocupava autoridades dos EUA, temerosas da expans�o da influ�ncia chinesa sobre a Am�rica Latina, onde a BRI j� alcan�ou 21 pa�ses.

J� a proposta de um "clube da paz" para o fim da Guerra da Ucr�nia --f�rum de pa�ses que, na vis�o do governo brasileiro, n�o est�o alinhados a nenhum dos lados do conflito-- tampouco registrou avan�os.

"O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa que oferece reflex�es conducentes � busca de uma sa�da pac�fica para a crise. A China recebeu positivamente os esfor�os do Brasil em prol da paz. As partes apelaram a que mais pa�ses desempenhem papel construtivo para a promo��o da solu��o pol�tica da crise na Ucr�nia. As partes decidiram manter os contatos sobre o assunto."

 


O esfor�o brasileiro pela cria��o de um "clube da paz" --ideia que Lula tamb�m levou aos EUA durante visita a Joe Biden-- j� havia mobilizado cr�ticas em pa�ses ocidentais nas semanas que precederam a viagem. A perspectiva de nova ofensiva ucraniana ou russa pode ter pesado para que o rebaixamento do tema ao segundo plano na declara��o. Al�m disso, Pequim apresentou em fevereiro seu pr�prio projeto para o fim do conflito no Leste Europeu --recebido com ceticismo no Ocidente.

 

MEIO AMBIENTE

Por outro lado, o combate �s mudan�as clim�ticas foi objeto de uma declara��o conjunta pr�pria, em que "Lula e Xi reconheceram que [a crise do clima] representa um dos maiores desafios de nosso tempo e que o enfrentamento contribui para construir um futuro compartilhado de prosperidade equitativa e comum para a humanidade".

Entre diversos pontos destacados, o texto afirma que os dois pa�ses ir�o "cooperar no desenvolvimento e compartilhamento de tecnologias, incluindo o novo sat�lite CBERS 6, que permitir� um melhor monitoramento da cobertura florestal". O texto diz ainda que Pequim e Bras�lia v�o "estabelecer um subcomit� de Meio Ambiente e Mudan�a Clim�tica sob o Comit� de Coordena��o e Coopera��o de Alto N�vel China-Brasil (Cosban)".

A ministra do Meio Ambiente e Mudan�a do Clima, Marina Silva, em entrevista coletiva em Pequim, sublinhou o avan�o no Cosban, lembrando que depois de ser criado, em 2004, o tema acabou deixado de lado. "Houve um esfor�o de entendimento pol�tico e estrat�gico, tanto do presidente Lula quanto do presidente Xi Jinping, de que � necess�rio colocar a prote��o do meio ambiente e o desenvolvimento sustent�vel no mais alto n�vel das prioridades".

Entre essas prioridades, segundo Marina, est� "coopera��o ampla em rela��o a floresta", combate ao desmatamento, al�m de "transi��o energ�tica, porque o Brasil tem um potencial muito grande para a gera��o de energia limpa". "O Brasil tem um potencial muito grande para ser, ao mesmo tempo, uma pot�ncia agr�cola e uma pot�ncia florestal", disse a ministra.

 

 


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