BRAS�LIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, afirmou nesta ter�a-feira (18) que a dissemina��o do discurso de �dio que resulta em ataques em escolas � igual � propaga��o de fake news em rela��o ao sistema eletr�nico de vota��o.
"O modus operandi dessas agress�es instrumentalizadas, divulgadas, incentivadas pelas redes sociais em rela��o �s escolas � exatamente id�ntico ao modus operandi que foi utilizado contra as urnas eletr�nicas, contra a democracia, o modus operandi instrumentalizado para o dia 8 de janeiro. N�o h� nenhuma diferen�a", disse, antes de defender a regulamenta��o das redes sociais.
Moraes, que tamb�m � ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), defendeu que as empresas respons�veis pelas plataformas de intera��o na internet evitem o discurso de �dio com as mesmas ferramentas que co�bem a pornografia infantil.
O magistrado afirmou que as redes sociais excluem automaticamente, sem que haja qualquer visualiza��o, 93% dos casos de pedofilia e que, para o restante, h� uma equipe especializada para identificar e retirar esse tipo de conte�do.
A declara��o foi dada em reuni�o sobre viol�ncia nas escolas no Pal�cio do Planalto que contou com as presen�as do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do STF, Rosa Weber, governadores, prefeitos, entre outras autoridades.
"Por que n�o estender a intelig�ncia artificial e a equipe humana que lida com o residual para discursos nazistas, racistas, fascistas, homof�bicos e contra democracia? S�o cinco t�picos objetivos", disse Moraes.
O magistrado voltou a criticar as redes sociais e afirmou que elas "se sentem em terra de ningu�m, em uma terra sem lei".
"N�s precisamos regulamentar isso, venho conversando muito com presidente do Senado, da C�mara. Se n�o houver uma autoregula��o e uma regulamenta��o por determinados modelos a serem seguidos, n�s vamos ver a continuidade dessa instrumentaliza��o pelas redes para incentivar ataques a escolas", afirmou. Ele atrelou, ainda, o aumento no n�mero de suic�dios e depress�o em crian�as e adolescentes � falta de regulamenta��o das redes.
