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Estado de Minas LITERATURA

Ap�s Conde de Bolsonaro, autor cria Baronesa Van Hattem: 'Odeia bastante'

No livro 'O crime do bom nazista', escritor ga�cho Samir Machado de Machado usa sobrenome de deputado federal para batizar personagem


21/04/2023 13:58 - atualizado 21/04/2023 14:26

Escritor Samir Machado de Machado
Samir Machado de Machado: inspira��o em personagens reais da pol�tica brasileira (foto: Reprodu��o/Youtube)
Primeiro, foi o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, � a vez de o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo) servir de inspira��o para um personagem do escritor ga�cho Samir Machado de Machado, que est� lan�ando o livro "O crime do bom nazista". A trama policial � ambientada em um dirig�vel vindo da Alemanha do Terceiro Reich, e conta com a presen�a da Baronesa Van Hattem na lista de passageiros. 

"Eu precisava de nomes alem�es, e 'Hattem' me lembra hate, '�dio' em ingl�s. E, bem... a baronesa Van Hattem odeia bastante gente no livro. N�o acompanho a carreira do pol�tico em quest�o, ele n�o me parece muito relevante no momento, para al�m do aned�tico", detalhou Machado, em entrevista ao Estado de Minas

Outros fatos ocorridos nos �ltimos anos no Brasil, inclusive, tamb�m surgem na trama, como "um governo que pretendia fundir seu partido � identidade nacional", "a arte precisa ser heroica, imperativa, vinculada �s aspira��es do povo, ou ent�o n�o ser� nada" e "empres�rios generosos nas doa��es de campanha para o F�hrer". Para Machado, � evidente a semelhan�a entre o nazismo e o bolsonarismo. "Ambos s�o movimentos pol�ticos baseados no discurso de �dio e viol�ncia, cuja solu��o para tudo sempre parte da elimina��o f�sica do que consideram indesej�vel � sociedade, e n�o faltam pesquisadores sobre o holocausto que apontem isso. E tamb�m n�o � como se o pr�prio bolsonarismo n�o tivesse passado os �ltimos quatro anos se associando ao nazismo, por vezes de modo expl�cito", afirmou.

Capa do livro O crime do bom nazista
(foto: Todavia)
J� no livro "Homens elegantes", de 2016, foi o Conde de Bolsonaro que deu as caras nas p�ginas do escritor. "Escrevi 'Homens elegantes' entre 2013 e 2015, e como o protagonista era gay, precisava de um antagonista cujo nome remetesse imediatamente � homofobia, preconceito e �dio, posi��o que Bolsonaro parecia se alegrar em ocupar. Ele era apenas o ponto mais vis�vel de discursos homof�bicos que vinham sendo normalizados, inclusive na imprensa - basta lembrar a infame coluna de J. R. Guzzo comparando homossexuais a cabras, publicada na revista 'Veja'", disse Machado. 



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