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Estado de Minas OPERA��O VENIRE

Pol�cia Federal: Bolsonaro sabia de fraude em cart�o de vacina��o

Investiga��o aponta que o ex-presidente tinha ci�ncia da adultera��o de dados no sistema do Minist�rio da Sa�de


03/05/2023 16:31 - atualizado 03/05/2023 19:03

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
A pol�cia cita como ind�cios do conhecimento de Bolsonaro o fato do certificado de vacina��o do ex-presidente ter sido emitido nos dias 22 e 27 de dezembro do Pal�cio do Planalto (foto: EVARISTO SA / AFP )
Em representa��o encaminhada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, a Pol�cia Federal aponta Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), como principal articulador de um esquema de fraude em cart�es de vacina��o da COVID-19.

 

 

 

Segundo a PF, Bolsonaro tinha ci�ncia da inser��o fraudulenta dos dados no sistema do Minist�rio da Sa�de.

"Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo C�mara tinham plena ci�ncia da inser��o fraudulenta dos dados de vacina��o, se quedando inertes em rela��o a tais fatos at� o presente momento", diz a PF.

 

A pol�cia cita como ind�cios do conhecimento de Bolsonaro o fato do certificado de vacina��o do ex-presidente ter sido emitido nos dias 22 e 27 de dezembro do Pal�cio do Planalto.

 

"Tais condutas, contextualizadas com os elementos informativos apresentados, indicam que as inser��es falsas podem ter sido realizadas com o objetivo de gerar vantagem indevida para o ex-presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro relacionada a fatos e situa��es que necessitem de comprovante de vacina��o contra a COVID-19", diz a PF.

 

Bolsonaro foi alvo nesta quarta de busca e apreens�o da PF e intimado para depor, mas j� avisou que n�o pretende comparecer. Ele vai reunir advogados e assessores para discutir os pr�ximos passos de sua defesa.

 

A Procuradoria-geral da Rep�blica foi contra as buscas solicitadas pela PF. Segundo a PGR, Mauro Cid "teria arquitetado e capitaneado toda a a��o criminosa" � revelia do ex-presidente.

 

"N�o h� lastro indici�rio m�nimo para sustentar o envolvimento do ex-Presidente da Rep�blica Jair Bolsonaro com os atos execut�rios de inser��o de dados falsos referentes � vacina��o nos sistemas do Minist�rio da Sa�de e com o poss�vel uso de documentos ideologicamente falsos", diz manifesta��o assinada pela Lind�ra Ara�jo.

 

O ministro Alexandre de Moraes discorda da PGR sobre a tese de que Cid atuou sozinho, mas concedeu a busca somente contra Bolsonaro, e n�o contra Michelle, tamb�m investigada no caso.

 

"N�o h� qualquer indica��o nos autos que conceda credibilidade � vers�o de que o ajudante de ordens do ex-presidente da Rep�blica Jair Bolsonaro pudesse ter comandado relevante opera��o criminosa, destinada diretamente ao ent�o mandat�rio e sua filha L. F. B., sem, no m�nimo, conhecimento e aquiesc�ncia daquele, circunst�ncia que somente poder� ser apurada mediante a realiza��o da medida de busca e apreens�o requerida pela autoridade policial", afirmou Moraes.

 

A opera��o chegou perto do n�cleo duro do ex-presidente, com a pris�o de tr�s de seus principais auxiliares, o tenente-coronel Mauro Cid, Max Guilherme e S�rgio Cordeiro.

 

Tanto Max quanto Cordeiro s�o, 2 dos 8 cargos de assessor a que Bolsonaro tem direito como ex-presidente da Rep�blica. Este �ltimo foi, inclusive, quem cedeu a casa para o ex-mandat�rio realizar lives durante a campanha eleitoral, quando foi proibido de faz�-las no Pal�cio da Alvorada.

 

Eles tamb�m acompanharam Bolsonaro na sua temporada nos Estados Unidos, ap�s perder a elei��o. Max ainda esteve ao lado do ex-presidente em suas primeiras viagens pelo Brasil e nos passeios que tem dado por Bras�lia, como ao col�gio militar.

 

As medidas s�o no �mbito de uma investiga��o, diz a PF, sobre uma suposta "associa��o criminosa constitu�da para a pr�tica dos crimes de inser��o de dados falsos de vacina��o contra a COVID-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Minist�rio da Sa�de."

 

"A apura��o indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identit�rio em rela��o a suas pautas ideol�gicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques � vacina��o contra a COVID-19", afirma a PF.

 

De acordo com a Pol�cia Federal, os alvos da investiga��o teriam realizado as inser��es falsas entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 para que os benefici�rios pudessem emitir certificado de vacina��o para viajar aos Estados Unidos.

Segundo a reportagem apurou, h� suspeita de que os registros de vacina��o de Bolsonaro, Cid e da filha mais nova do ex-presidente, Laura, foram forjados.

 

A PF diz ainda que as dilig�ncias s�o cumpridas dentro do inqu�rito das mil�cias digitais, que tramita no Supremo Tribunal Federal e tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.

 


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