Em um ato do PL Mulher em S�o Paulo e ao lado de Michelle Bolsonaro, ele come�ou dizendo que "hoje a palavra estar� com as mulheres" e engatou uma fala de cinco minutos. Nada fora de seu script eleitoral em 2022.
Exaltou valores de praxe em sua orat�ria, da "defesa da fam�lia" ao "patriotismo", e resgatou uma frase que frequentou muitos de seus discursos na campanha eleitoral: "S� a morte bota um ponto final nas nossas vidas. Enquanto ela n�o chegar, estaremos sempre � disposi��o para sermos uma alternativa para nosso Brasil".
Bolsonaro creditou � pandemia e "� guerra l� fora", referindo-se ao conflito entre R�ssia e Ucr�nia, por "quatro anos dif�ceis" na Presid�ncia.
Esculpiu para seu mandato uma realidade cor-de-rosa como as roupas de v�rias convidadas. Falou em "n�meros da economia invej�veis" e, ignorando o negacionismo que lhe fez desaconselhar medidas sanit�rias e atrasar a compra de vacinas contra a Covid-19, afirmou que atacou "a quest�o do v�rus".
Nenhuma palavra sobre a acusa��o de fraude em seu cart�o de vacina, no de sua filha e no de auxiliares, alvo de opera��o da PF nesta semana.

O casal Bolsonaro dividiu a mesa com outros quadros do partido, como seu presidente, Valdemar Costa Neto, e o senador Astronauta Marcos Pontes.
Forasteiro partid�rio era o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que cobi�a apoio dos bolsonaristas na pr�xima elei��o municipal. Por ora, os humores ideol�gicos pendem para o deputado Ricardo Salles (PL-SP), alternativa defendida publicamente pelo colega Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O ex-ministro do Meio Ambiente chegou depois e se juntou �s autoridades no tablado.
Sobre a mesa, um gigante crucifixo com a imagem de Jesus, adorno da Casa Legislativa.
A claque era sobretudo feminina, com parte do p�blico vestida de rosa e balan�ando bal�es rosas e lil�s. Esses ficaram numa parte de tr�s, assistindo aos discursos por um tel�o e engrossando o coro de "mito" quando Bolsonaro era citado.