�udios revelam assessor da Casa Civil de Bolsonaro tramando golpe

O ex-n�mero dois do Minist�rio da Sa�de e assessor da Casa Civil do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), coronel �lcio Franco, tentou arquitetar um golpe de estado junto ao ex-major do ex�rcito Ailton Barros. De acordo com mensagens compartilhadas pela jornalista Daniela Lima, da CNN, o coronel chegou a dar sugest�es de como mobilizar 1.500 homens para um movimento que impediria a posse do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

Franco e Ailton Barros ainda teriam ventilado a situa��o em que teriam que suplantar a autoridade do ent�o comandante do Ex�rcito, Freire Gomes, que estaria com medo das responsabilidades de uma tentativa de golpe fracassada. �lcio ent�o teria explicado como o comandante poderia se defender na justi�a.

“Ele (Freire) deve dizer que n�o deveriam fazer (o golpe), vai para o tribunal de ‘Nuremberg’: ‘depois que ele (Bolsonaro) deu a ordem por escrito, eu como comandante da for�a tive que cumprir", teria dito �lcio Franco.

J� Barros teria dito que era preciso convencer o comandante da Brigada de Opera��es Especiais de Goi�nia a prender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. “Vamos organizar, desenvolver, instruir e equipar 1.500 homens”, disse Ailton em mensagem para �lcio.

�lcio Franco foi secret�rio executivo do Minist�rio da Sa�de - sob a gest�o do general Eduardo Pazuello - que ordenou que fossem concentradas nele todas as tratativas para negocia��es de imunizantes contra a Covid-19. O coronel chegou a dar depoimento na CPI da Covid.

As mensagens reveladas pela CNN est�o em posse da Pol�cia Federal (PF), que durante a Opera��o Venire, na quarta-feira (3/4), prendeu o ex-major Ailton Barros, juntamente com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro.

Em conversa, no dia 15 de dezembro, Ailton comenta com Cid que eles devem continuar pressionando Freire Gomes "para que ele fa�a o que tem que fazer" e que ele fa�a um pronunciamento "se posicionando em defesa do povo brasileiro". O ex-major ent�o afirmou que caso Freire Gomes n�o tome a atitude esperada, o ent�o presidente Bolsonaro deveria se pronunciar "para levantar a moral da tropa”.

No avan�ar da conversa, eles alegam que a fala deve ser feita at� o dia seguinte (16/12), e que "se for preciso, vai ser fora das quatro linhas. Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas t�m que ser dada a miss�o ao comandante da brigada de opera��es especiais de Goi�nia de prender o  Alexandre de Moraes no domingo (18/12), na casa dele".