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Estado de Minas ECONOMIA

Indicado para o BC, Gabriel Gal�polo diz que 'todo mundo quer baixar juros'

O secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda afirma que pretende ajudar a "construir consensos" na institui��o


10/05/2023 04:00 - atualizado 10/05/2023 07:27

Gabriel Galípolo
Gabriel Gal�polo ser� diretor de Pol�tica Monet�ria do Banco Central se seu nome for aprovado pelo Senado (foto: WASHINGTON COSTA/MINIST�RIO DA FAZENDA)
 
Bras�lia - O secret�rio-executivo do Minist�rio da Fazenda, Gabriel Gal�polo, admitiu, ontem, que pode ser a voz dissonante no Banco Central e que pretende “construir consensos” entre as pol�ticas monet�ria e fiscal, quando assumir a diretoria de Pol�tica Monet�ria da autarquia.
 
Para isso, vai conduzir o di�logo, da forma “mais democr�tica e cordial poss�vel”, pois “todo mundo quer baixar os juros”. Ele tem convic��o de que a diretoria da autoridade monet�ria n�o tem nenhum tipo de satisfa��o de deixar os juros no atual patamar.
 
“O ministro Fernando Haddad vem dizendo h� muito tempo que est� tentando evitar um equ�voco na economia, que � ter uma pol�tica monet�ria que vai por um lado e uma pol�tica fiscal que vai para um lado oposto. Esse tipo de di�logo e esse tipo de converg�ncia entre a pol�tica monet�ria e fiscal s�o essenciais”, afirmou Gal�polo a jornalistas, em frente � sede do minist�rio.
 
Gal�polo foi confirmado por Haddad, na segunda-feira, como o escolhido para a diretoria de Pol�tica Monet�ria do Banco Central. Atualmente, ele exerce a fun��o de ministro interino, porque Haddad vai participar como convidado, no Jap�o, do encontro ministerial dos G7, grupo dos pa�ses mais industrializados do planeta.
 
O secret�rio agradeceu a indica��o do nome dele pelo presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e disse que est� muito honrado com a indica��o. Ele contou que tem uma boa rela��o com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com a diretoria tamb�m, mas isso “n�o significa obrigatoriamente que todo mundo vai pensar igual em economia”.
 
“A conversa sempre tem sido da melhor maneira poss�vel e da maneira mais educada, mais cordial poss�vel com o Banco Central. E � �bvio que existe uma grande afinidade de pensamento com o ministro Fernando Haddad. A inten��o � conseguir facilitar esse di�logo, facilitar essa converg�ncia das duas pol�ticas”, assegurou. Ao ser questionado se pretende votar pela queda dos juros nas reuni�es do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), da autoridade monet�ria, ele afirmou que “n�o necessariamente”.
 
 
“Eu acho que todo mundo quer baixar os juros. Eu tenho a convic��o que toda a diretoria do Banco Central n�o tem nenhum tipo de satisfa��o, nem profissional nem pessoal, de ter um juro mais alto. Tenho absoluta convic��o disso. Eu acho que o que vem sendo feito pela Fazenda � tentar criar um ambiente para que o mercado possa colocar os pre�os da maneira adequada e que o Banco Central possa sancionar essa redu��o de juros”, afirmou ele, acrescentando que, “antes de tudo”, tem que esperar a sabatina no Senado Federal. Ali�s, ele contou que j� teve manifesta��es positivas de v�rios parlamentares, inclusive do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Fiquei muito contente com as declara��es p�blicas e privadas”, afirmou ele. E que estar� � disposi��o dos l�deres do governo, do partido e para as conversas.

Ata do Copom

Gal�polo evitou comentar a ata do Copom, divulgada ontem, mas reconheceu que ela � clara e considera outras condicionantes para a manuten��o dos juros al�m da desacelera��o atual da infla��o. Ele refor�ou que pretende pacificar o di�logo entre o governo e o Banco Central.
 
“Eu espero que a gente possa construir consensos e possa caminhar da melhor forma poss�vel”, emendou. Ao comentar sobre as reservas internacionais do pa�s, atualmente em US$ 347,8 bilh�es, Gal�polo disse que elas s�o uma “heran�a ultra positiva” dos governos anteriores de Lula. Ele lembrou que, muitas vezes, outros pa�ses emergentes est�o passando por uma dificuldade neste momento justamente pela restri��o de divisas internacionais. “Agora, com a alta dos juros em outros pa�ses, essa heran�a nos coloca em uma condi��o muito mais vantajosa, muito mais segura, at� para um cen�rio mais adverso, que vem pela frente para se apresentar, como um caso de elei��o de investimento para a economia internacional”, afirmou.
 
O secret�rio evitou falar sobre sua compet�ncia para presidir o Banco Central a partir de 2025, quando vencer o mandato de Campos Neto, porque n�o est� no governo para ter algum tipo de projeto de carreira pessoal, mas pretende colaborar com o projeto do governo em que se sentir mais confort�vel em atuar. “Estou � disposi��o do presidente e do ministro Fernando Haddad para desempenhar e jogar na posi��o que eles entenderem, que � a mais adequada e que eu posso colaborar melhor”, afirmou.


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