
No entanto, quando questionado sobre as pistas colhidas pela PF, Bolsonaro respondeu: "ao que tudo indica, algu�m fez besteira". "N�o estou batendo o martelo. Da minha parte n�o tem problema nenhum. Eu n�o precisava de vacina para entrar nos Estados Unidos. A minha filha tamb�m n�o precisava de nada Est�o investigando essas fraudes de 2022, tudo bem. Mas ningu�m est� investigando aquela outra que aconteceu em 2021. Algu�m entrou no sistema usando o endere�o “lula@gmail” para falsificar meu cart�o de vacina. O cara pode ser ligado ao PT. Por que n�o est�o investigando? S�o parciais, na verdade", acrescentou.
Sobre as atribui��es de Mauro Cid no cargo de ajudante de ordens, Bolsonaro afirmou que ele era respons�vel por atender liga��es e alguns parlamentares, organizava miss�es, ficava com o cart�o do Banco do Brasil do ex-presidente, movimentava as contas banc�rias e pagava as contas da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.
"Mas n�o participava das decis�es do governo, n�o interferia, n�o era, como alguns acham, um conselheiro. Agora, com todo o respeito, quebrar o sigilo de mensagens de um ajudante de ordens do presidente da Rep�blica �… Vai se ter acesso a 90% da rotina do presidente e tamb�m de alguns ministros", disse Bolsonaro.
Segundo o ex-presidente, n�o h� chance dos investigadores encontrarem algo "comprometedor" nas conversas entre os dois. "Quando se fala em comprometedor, as pessoas pensam logo em dinheiro, em alguma coisa il�cita. Zero, zero. Isso n�o vai ter. Agora, tem troca de 'zaps', em linguagem de 'zap', tem palavr�o. H� certamente conversas que envolvem segredos de estado. Vazar isso, como tem sido feito, � muito grave", afirmou.
Depoimento � PF
Em depoimento na ter�a-feira (17/5), na Pol�cia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter conhecimento do esquema para fraudar cart�es de vacina��o em seu nome e da sua fam�lia. Em uma das perguntas do inqu�rito que apura a fraude em cart�es de vacina, Bolsonaro foi questionado sobre conversas recolhidas no celular de Cid e dele pr�prio, apreendidos em uma a��o da corpora��o no Distrito Federal. O ex-presidente negou qualquer envolvimento. Indagado se o esquema poderia ter sido criado � sua revelia, insistiu n�o saber das irregularidades.
Em outra resposta, Bolsonaro disse que se Mauro Cid inseriu dados falsos no sistema do minist�rio, isso ocorreu por conta pr�pria do tenente-coronel do Ex�rcito e n�o foi por ordens dele. No entanto, o ex-presidente ressaltou n�o acreditar que o militar tenha participado da fraude.
