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Lula cobra os bilh�es prometidos ao combate �s mudan�as clim�ticas no G7

O presidente cobrou que os pa�ses ricos cumpram a promessa de disponibilizar US$ 100 bilh�es por ano em a��es para conter as mudan�as clim�ticas


20/05/2023 11:45
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Representantes do países, incluindo LuLa, no encontro do G7
(foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em seu primeiro discurso na c�pula do G7, neste s�bado (20/5), o presidente do Brasil, Luiz In�cio Lula da Silva (PT), cobrou que os pa�ses ricos cumpram a promessa de disponibilizar US$ 100 bilh�es por ano em a��es para conter as mudan�as clim�ticas, como ficou acordado na Confer�ncia das Na��es Unidas sobre as Mudan�as Clim�ticas (COP), de Copenhague, em 2009.

“De nada adianta os pa�ses e regi�es ricos avan�arem na implementa��o de planos sofisticados de transi��o se o resto do mundo ficar para tr�s ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo,” disse Lula, durante a sess�o de trabalho "Esfor�os compartilhados em prol de um planeta sustent�vel".

O presidente emendou: “Os pa�ses em desenvolvimento continuar�o precisando de financiamento, tecnologia e apoio t�cnico para transformarem suas economias, combater a mudan�a do clima, preservar a biodiversidade e lutar contra a desertifica��o. Para quebrarmos esse ciclo vicioso, precisamos atacar o terceiro desafio pol�tico: lideran�a. Precisamos mobilizar todos os setores no esfor�o comum, por�m diferenciado, de prevenir a intensifica��o ainda mais grave da mudan�a do clima.”

Lula destacou o potencial do Brasil em energia solar, e�lica, biomassa, etanol, biodiesel e hidrog�nio verde. “Temos consci�ncia de que a Amaz�nia protegida � parte da solu��o. � por isso que estamos organizando em agosto deste ano, em Bel�m, uma C�pula de pa�ses amaz�nicos. E � por isso que o Brasil teve sua candidatura a sede da COP30 do clima aprovada ap�s decis�o un�nime do Grupo Latino-Americano e Caribenho,” afirmou.

O mandat�rio agradeceu os aportes anunciados recentemente ao Fundo Amaz�nia e firmou compromisso de atuar em parceria com os demais pa�ses que possuem florestas tropicais. “O Brasil ser� implac�vel em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitir� salvar o planeta. Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento at� 2030 e alcan�ar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.” 

Confira o discurso de Lula no G7, na �ntegra:


"Quando o G7 foi criado, em 1975, a principal crise global girava em torno do petr�leo. 48 anos depois, o mundo ainda n�o conseguiu se livrar da sua depend�ncia dos combust�veis f�sseis.

As evid�ncias cient�ficas confirmam que o ritmo atual de emiss�es nos levar� a uma crise clim�tica sem precedentes.

Estamos pr�ximos de um ponto irrevers�vel.

Quioto n�o � s� uma vibrante metr�pole japonesa. Ela empresta seu nome a um Protocolo que se tornou refer�ncia da falta de a��o coletiva.

N�o estamos atuando com a rapidez necess�ria para conter o aumento da temperatura global, como pactuamos no Acordo de Paris.

Mas essa � uma crise que n�o afeta a todos da mesma forma, nem no mesmo grau, nem no mesmo ritmo.

Mais de 3 bilh�es de pessoas j� s�o diretamente atingidas pela mudan�a do clima, em especial em pa�ses de renda m�dia e baixa. E, da forma que caminhamos, esse n�mero seguir� aumentando.

N�o podemos apostar em solu��es m�gicas.

A tecnologia ser� uma aliada essencial, desde que haja acesso amplo. As chamadas abordagens de mercado podem contribuir, mas n�o � realista acreditar que resolver�o a crise.

O principal problema � pol�tico. No meu entender, temos tr�s grandes desafios pela frente.

O primeiro diz respeito � valoriza��o dos espa�os mais leg�timos e democr�ticos da governan�a global. Em 1992, no Rio de Janeiro, sediamos a C�pula que deu origem �s tr�s principais conven��es que orientam nossa a��o: sobre clima, biodiversidade e desertifica��o.

Esses acordos foram assinados com amplo di�logo com a sociedade civil. N�o podemos permitir que essas Conven��es sejam esvaziadas.

O segundo desafio tem a ver com o desequil�brio da agenda clim�tica. N�o h� d�vidas que precisamos ampliar nossos esfor�os de mitiga��o, em especial os pa�ses que historicamente mais emitiram gases de efeito estufa, mas n�o podemos perder de vista a demanda crescente por adapta��o e perdas e danos.

E � por isso que insistimos tanto que os pa�ses ricos cumpram a promessa de alocarem 100 bilh�es de d�lares ao ano � a��o clim�tica. Outros esfor�os ser�o bem-vindos, mas n�o substituem o que foi acordado na COP de Copenhague.

Tamb�m precisamos pensar juntos a transi��o ecol�gica e justa, que inclui industrializa��o e infraestruturas verdes, de forma a gerar empregos dignos e combater a pobreza, a fome e a desigualdade.

De nada adianta os pa�ses e regi�es ricos avan�arem na implementa��o de planos sofisticados de transi��o se o resto do mundo ficar para tr�s ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo.

Os pa�ses em desenvolvimento continuar�o precisando de financiamento, tecnologia e apoio t�cnico para transformarem suas economias, combater a mudan�a do clima, preservar a biodiversidade e lutar contra a desertifica��o.

Para quebrarmos esse ciclo vicioso, precisamos atacar o terceiro desafio pol�tico: lideran�a. Precisamos mobilizar todos os setores no esfor�o comum, por�m diferenciado, de prevenir a intensifica��o ainda mais grave da mudan�a do clima.

As credenciais do Brasil s�o s�lidas. Nossa matriz energ�tica est� entre as mais limpas do planeta. Metade da energia consumida no pa�s � renov�vel. No mundo esse valor � de apenas 15%.

Oitenta e sete por cento de nossa eletricidade prov�m igualmente de fontes renov�veis, enquanto a m�dia mundial � de vinte e oito por cento.

Com o potencial que temos em energia solar, e�lica, biomassa, etanol, biodiesel e hidrog�nio verde, o Brasil ser� at� o final do meu mandato um exportador de sustentabilidade.

Temos consci�ncia de que a Amaz�nia protegida � parte da solu��o. � por isso que estamos organizando em agosto deste ano, em Bel�m, uma C�pula de pa�ses amaz�nicos. E � por isso que o Brasil teve sua candidatura a sede da COP30 do clima aprovada ap�s decis�o un�nime do Grupo Latino-Americano e Caribenho.

Seguiremos abertos � coopera��o internacional para a preserva��o dos nossos biomas, seja em forma de investimento ou colabora��o em pesquisa cient�fica.

� com esse esp�rito que manifesto meu apre�o pelos aportes anunciados recentemente ao Fundo Amaz�nia.

Os povos origin�rios e aqueles que residem na regi�o Amaz�nica ser�o os protagonistas da sua preserva��o. Os 50 milh�es de sul-americanos que vivem na Amaz�nia t�m de ser os primeiros parceiros, agentes e benefici�rios de um modelo de desenvolvimento inclusivo e sustent�vel.

Com a Indon�sia, a Rep�blica Democr�tica do Congo e outros pa�ses da �frica e da �sia, vamos atuar em defesa das principais florestas tropicais do planeta.

O Brasil ser� implac�vel em seu combate aos crimes ambientais. Queremos liderar o processo que permitir� salvar o planeta.

Vamos cumprir nossos compromissos de zerar o desmatamento at� 2030 e alcan�ar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.

Muito obrigado." 


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