Na manh� desta segunda-feira, o presidente Lula (PT) recebeu o presidente da c�mara Arthur Lira (Progressistas) para um caf� da manh�. O objetivo da reuni�o era tratar de uma arruma��o mais efetiva da base do governo na C�mara dos Deputados e no Senado.
"O governo precisa se mobilizar. A articula��o precisa estar mais atenta. Penso que, nessas discuss�es, o governo vai, a partir de hoje, com a presen�a do presidente Lula, ter uma participa��o maior na constru��o dessa base mais s�lida", afirmou Lira em entrevista � CNN.
A reuni�o aconteceu ap�s uma semana conturbada para o governo Lula com a vota��o da MP dos Minist�rios votada de �ltima hora pela C�mara e pelo Senado. Caso n�o fosse aprovada at� o dia 1.º de junho, 17 minist�rios criados por Lula no in�cio de seu mandato deixariam de existir e a estrutura dos minist�rios voltaria a ser como a do governo Bolsonaro.
Na entrevista, o presidente da C�mara tamb�m afirmou que seu papel � o de facilitador, e que n�o existe uma “queda de bra�o” constante entre ele e Lula. “O governo n�o teve nenhum ato arredio de nossa parte, nenhum tipo de imputa��o de derrotas em mat�rias importantes."
Lira tamb�m ressaltou que a din�mica pol�tica atual permite que os eleitores entrem em contato com os parlamentares por meio das redes sociais, algo que n�o era comum h� 20 anos. “N�s sabemos que a din�mica hoje � outra. Atrav�s das redes sociais, os parlamentares sofrem influ�ncia direta dos seus eleitores. A realidade f�tica de um Congresso de hoje n�o � igual � de um Congresso de 20 anos atr�s”.
Por fim, Lira acrescentou que o foco atual � na reforma tribut�ria, e que pediu envolvimento do governo nesta mat�ria. Segundo ele, foi combinado com Lula que a reforma deve ir ao plen�rio da C�mara ainda neste semestre, antes do recesso parlamentar.
Ainda segundo a CNN, Lula ir� se reunir com l�deres da C�mara dos Deputados ainda nesta segunda-feira, por volta das 17h, no Pal�cio do Planalto, para se envolver mais na interlocu��o junto aos deputados, ap�s as dificuldades de negocia��o entre Congresso e Executivo.