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Estado de Minas CONGRESSO

Mauro Cid vira alvo priorit�rio da CPI dos atos golpistas

Relatora pretende agilizar depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ap�s apreens�o de minuta sobre golpe


09/06/2023 04:00 - atualizado 09/06/2023 07:21
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Comissão aprovou o plano de trabalho na última terça-feira e deve definir agora as datas dos primeiros depoimentos
Comiss�o aprovou o plano de trabalho na �ltima ter�a-feira e deve definir agora as datas dos primeiros depoimentos (foto: BRUNO SPADA/C�MARA DOS DEPUTADOS )

Bras�lia – A relatora da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPMI) que investiga os ataques golpistas de 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), vai sugerir na semana que vem que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, seja um dos primeiros a depor frente ao colegiado. A convoca��o deve ocorrer antes da do ex-ministro da Justi�a Anderson Torres, ou imediatamente ap�s.

Os requerimentos come�am a ser votados na pr�xima ter�a-feira. A parlamentar espera que o depoimento ocorra em 20 de junho, j� que a aprecia��o dos pedidos apresentados pelos parlamentares deve tomar as duas sess�es previstas para a semana que vem. No dia 8 de janeiro, extremistas inconformados com a derrota do ent�o presidente Jair Bolsonaro em outubro invadiram e depredaram os pr�dios do Pal�cio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Mauro Cid j� estava entre os alvos da investiga��o, mas ganhou prioridade ap�s a Pol�cia Federal (PF) ter encontrado uma minuta golpista no celular do militar, bem como outros documentos destinados a dar suporte a uma poss�vel tentativa de golpe de Estado. O plano de trabalho apresentado na ter�a-feira pela relatora registrava Anderson Torres e financiadores dos ataques como as principais convoca��es. Para a senadora, houve uma s�rie de movimentos antes dos epis�dios de depreda��o que configuram prepara��es para um golpe.

Mauro Cid, segundo as investiga��es da PF, tamb�m participou de conversa com o ex-major do Ex�rcito Ailton Barros, onde foi discutida a possibilidade de golpe. Al�m de Cid, que � alvo de – pelo menos – oito requerimentos, sua esposa, Gabriela Cid, tamb�m pode depor. Os deputados Rog�rio Correia (PT-MG) e Adriana Accorsi (PT-GO), no pedido, destacam que Gabriela tamb�m � alvo das investiga��es sobre poss�vel fraude em cart�es de vacina��o, que levou o ex-ajudante de ordens � pris�o e encontrou os documentos golpistas.

Senadora Eliziane Gama espera que Mauro Cid seja ouvido em 20 de junho
Senadora Eliziane Gama espera que Mauro Cid seja ouvido em 20 de junho (foto: LULA MARQUES/AG�NCIA BRASIL)


“Tamb�m foi constatada a possibilidade da senhora Gabriela Santiago Ribeiro Cid ter acesso a conte�do extra�do do telefone celular de Mauro Cid que revelam suposto planejamento e tentativa de golpe de Estado, em mensagens contidas no aparelho e tamb�m na nuvem”, declararam os parlamentares. No celular do tenente-coronel, a PF encontrou a minuta de um decreto para uma opera��o de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite que o presidente da Rep�blica, � �poca Bolsonaro, acionasse as For�as Armadas”, afirma o pedido.

O documento estava em uma conversa entre Mauro Cid e o sargento Luis Marcos dos Reis, que tamb�m foi preso na opera��o que apura fraudes na carteira de vacina��o. Os dois tamb�m teriam, segundo os investigadores, discutido sobre como convencer autoridades militaAres a aderirem ao plano da GLO. N�o h�, por�m, ind�cios de que os textos tenham sido enviados a Bolsonaro.

Sil�ncio na Pol�cia Federal


As informa��es vieram a p�blico na quinta-feira. Mauro Cid prestou depoimento � PF na ter�a-feira, justamente para esclarecer os documentos encontrados em seu aparelho. Por�m, ele permaneceu em sil�ncio. Em nota divulgada ontem, o advogado Bernardo Fenelon, que integra a defesa do ex-ajudante de ordens, declarou que Cid n�o falou durante o depoimento por n�o ter tido acesso aos autos da investiga��o que tratam dos documentos encontrados, e que esclarecer� a situa��o.

“Na oportunidade, foi informado � autoridade policial, bem como formalizado por meio de uma peti��o juntada no processo que, ap�s o devido acesso � documenta��o que embasa a investiga��o – um direito constitucional de todo investigado – que o coronel Mauro Cid estar� � disposi��o para esclarecer tais fatos”, disse o advogado.

Com maioria governista, a CPMI coloca bolsonaristas como alvos priorit�rios das investiga��es, incluindo Torres, Cid e o ex-ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) general Augusto Heleno, al�m de empres�rios acusados de financiar os ataques em Bras�lia. Tamb�m devem ser ouvidos os suspeitos de atuarem no ataque � sede da PF, em  dezembro do ano passado, e na tentativa de atentado a bomba ao aeroporto de Bras�lia, na v�spera do natal.

Os 37 requerimentos apresentados pela relatora Eliziane Gama, por�m, n�o foram votados junto com o plano de trabalho ap�s protestos de parlamentares da oposi��o na comiss�o e ser�o apreciados a partir da pr�xima sess�o. Ao todo, os parlamentares apresentaram 838 pedidos para convoca��es e acessos a informa��es da Pol�cia Militar do Distrito Federal (PMDF), do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin), entre outros �rg�os.


Anderson Torres tamb�m ser� ouvido


Bras�lia – O plano de trabalho da Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) que investiga os atos de golpistas 8 de Janeiro foi aprovado na ter�a-feira. O texto indica sustenta que os atos de vandalismo nos pr�dios do Congresso Nacional, do Pal�cio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal foram atentados � democracia a partir da nega��o do resultado da elei��o presidencial de outubro de 2022. Al�m de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o plano de trabalho destaca os primeiros nomes a serem ouvidos: o ex-ministro da Justi�a, Anderson Torres; o atual ministro da Justi�a, Fl�vio Dino; o ent�o interventor na Seguran�a P�blica do Distrito Federal, Ricardo Capelli; dois ex-ministros-chefe do Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia da Rep�blica, generais Augusto Heleno e Gon�alves Dias.

Eliziane Gama enfatizou a import�ncia de a CPMI investigar fatos determinados e n�o ou narrativas. Ap�s a leitura do plano, ela afirmou: “Nenhum brasileiro pretende ver um circo, um festival de horrores, mas um trabalho t�cnico-pol�tico conduzido com a seriedade e com a serenidade necess�rias”, disse. “Entendemos uma l�gica que vamos seguir analisando, desde o processo eleitoral, seguindo por atos que tiveram relev�ncia muito grande, que foi o 12 de dezembro, seguindo no dia 24, onde claramente tivemos um ato terrorista, a tentativa de explos�o de um carro de combust�vel, o que traria uma propor��o sem precedentes”, afirmou. “Foram atos que antecederam o 8 de janeiro, e do dia 8 nos debru�aremos sobre os v�rios requerimentos que aprovaremos na semana que vem, tanto de recolhimento de informa��es quanto de oitivas”, completou.

Entre as linhas de investiga��o propostas pela relatora da comiss�o est� a atua��o de Anderson Torres como ministro da Justi�a do governo de Jair Bolsonaro e como secret�rio de Seguran�a P�blica do Distrito Federal. A senadora quer investigar, em especial, a atua��o de Torres sobre o comando da Pol�cia Rodovi�ria Federal no segundo turno e durante as manifesta��es nas rodovias depois do resultado do pleito. Tamb�m foi considerada priorit�ria a investiga��o sobre os epis�dios como o quebra-quebra pr�ximo � sede da Pol�cia Federal, em Bras�lia, na data da diploma��o do presidente eleito, e em 24 de dezembro, o atentado a bomba desmobilizado no aeroporto da capital.


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