
Representantes de diferentes pastas do governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT), da Justi�a, Direitos Humanos e Sa�de, incluindo a mascote da vacina��o, Z� Gotinha, subiram ao trio el�trico de abertura da parada.
A principal mensagem � que o p�blico LGBTQIA+ agora tem espa�o para reivindicar direitos. A cobran�a por pol�ticas p�blicas � o tema da 27° edi��o do evento, que teve a participa��o de pessoas de diversas partes do Brasil, muitas delas fantasiadas, como j� � tradi��o.
As cr�ticas a Bolsonaro foram de "governo que violou direitos". O ex-presidente tamb�m recebeu xingamentos e vaias do p�blico.
Na sua d�cima apresenta��o da parada, Tchaka, a drag queen do mil�nio, tentou evitar men��es ao nome do ex-presidente nos discursos, quando o p�blico entoou cr�ticas ao ex-mandat�rio.
"Esse lixo j� est� na hist�ria, esc�ria, e todo mundo que subir aqui pega o recado: nada de mandar recado para o lixo que foi o �ltimo presidente do Brasil."
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Mais comedido, o ministro dos Direitos Humanos, S�lvio Almeida, disse que o p�blico deve sentir orgulho de lutar pelo direito de existir e amar. "Todas as pessoas que est�o aqui devem ter muito orgulho de estarem vivas, apesar de um mundo que as violentas", afirmou.
"Depois de todos esses anos que vivemos, estamos fazendo uma grande virada. O que se demanda aqui n�o � favor, � dever do Estado brasileiro, e estou aqui como representante do governo. � dever do Estado zelar pela sa�de e garantir educa��o e que todas as pessoas tenham acesso a emprego e renda de forma digna."
Na quinta-feira, foi o presidente Lula (PT) quem acabou vaiado durante a Marcha para Jesus, tamb�m em S�o Paulo.
A parada seguiu pela rua da Consola��o at� a pra�a Roosevelt, na regi�o central, embalada por muitos trios el�tricos. A festa teve tamb�m lembran�as a algumas celebridades, como as homenagens �s cantoras Gal Costa e Rita Lee, que morreram recentemente.
No percurso, a presidente da associa��o que organiza o evento, Cl�udia Garcia, falou sobre a luta da comunidade LGBTQIA+. "N�s somos cidad�os de primeira, n�o de segunda, queremos educa��o e seguran�a."
Na sa�da da esta��o Trianon-Masp da linha 2-verde do metr�, o bloco inter-religioso Gente de F� reunia integrantes de diferentes vertentes religiosas para pedir o fim � intoler�ncia e o acolhimento de pessoas LGBTQIAP+. "Ontem [s�bado] fizemos um ato inter-religioso no largo do Arouche, e hoje sa�mos no bloco para pensar sobre criar espa�os seguros para que as pessoas possam exercer seu direito � f�, disse Jeferson Batista, 29, integrante rede nacional grupos cat�licos LGBT.
No carro de abertura, a deputada federal Erika Hilton (PSOL) disse que o dia � de festa, mas tamb�m de luta por direitos. E que � hora de preparar o Brasil para uma presidente travesti.
"Salve, salve, comunidade LGBTQIA+. � dia de festejar, mas de lembrar que estamos nas ruas por um novo projeto de pa�s, de ser e amar, porque nosso povo e nossas bandeiras s�o plurais. N�o aceitamos mais o projeto de pa�s sem as LGBTQIA+. Vamos beijar na boca, beber, com cautela e responsabilidade, porque tamb�m � dia de luta e resist�ncia."
Na esquina com a rua Augusta, grupos de partidos como PSTU, PCB e PSOL distribu�am adesivos e discursavam sobre a press�o por direitos para a popula��o LGBTQIAP+ durante o governo do presidente Lula.
Por ali tamb�m havia a instala��o de um arm�rio, do qual as pessoas podiam sair. "Fazemos desde 2018, e � muito legal, porque as pessoas sempre d�o relatos. Podem sair sozinhas, em grupo", disse Larissa Janotti, 28, da companhia de teatro Cia.zero8, enquanto um grupo chutava a porta do arm�rio.
Outro grupo que discursou pelos seus direitos foi o de pessoas trans, que gritavam que elas existem e t�m direitos a fam�lia, esporte e alegria. Grupos de futebol e outros apoiadores afirmaram que a popula��o precisa lutar por coisas b�sicas, como acessar o esporte.
"Nunca vimos tantos projetos de lei para impedir que pessoas trans pratiquem esporte", afirma o professor Bernardo Gonzales, 34, um dos organizadores do coletivo Sport Club T Mosqueteiros. O clube foi bicampe�o da Ta�a da Diversidade, no s�bado (10/6). "O recado �: crian�as e adolescentes trans que queiram estar em esporte, de alto rendimento ou n�o, voc�s t�m essa possibilidade", diz ele.
� para proteger esses direitos que o cord�o M�es Pela Diversidade cantava "ser trans � um direito, nossos filhos s� precisam de respeito" � frente do primeiro trio el�trico da parada.
Evento de grande porte, a Parada acabou surpreendendo os frequentadores dos parques da regi�o central de S�o Paulo, que foram fechados pela prefeitura. Al�m dos parques Trianon, M�rio Covas e Augusta, o parque Minhoc�o e a pra�a Roosevelt tamb�m foram interditados para o p�blico geral.
A prefeitura disse � Folha que o fechamento est� informado na p�gina dos referidos parques desde a �ltima quarta-feira (7/6), no site da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente e tamb�m nas redes sociais, como foi feito nos �ltimos anos.