
A chamada bancada ruralista, que conta hoje com a ades�o de cerca de 300 dos 513 deputados, tem imposto uma s�rie de derrotas e entraves ao governo no Congresso Nacional.
Para Leit�o, ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecu�ria, n�o h� indisposi��o ideol�gica com o governo petista. "O que precisa � a pr�tica. Ideologia n�o faz parte do debate com o setor", diz.
"O agro, como setor, n�o tem rela��o ideol�gica com os temas que defende. A gente discute tecnicamente, trata de desburocratiza��o, de efici�ncia, de ci�ncia. A rela��o entre o agroneg�cio e o governo jamais deve ser de cunho partid�rio.
O agro n�o � partido pol�tico", afirma Leit�o, que chegou a ser cotado para assumir o Minist�rio da Agricultura devido � sua proximidade com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
"A agenda do agro � a que est� no Congresso, no governo. A gente espera um bom Plano Safra, um seguro agr�cola robusto, � altura do que o Brasil necessita, um cr�dito com juros que sejam pratic�veis e que a base do governo entenda a import�ncia das pautas do licenciamento ambiental, da regulariza��o fundi�ria, do defensivo agr�cola, do PL 490 [projeto do marco temporal aprovado na C�mara dos Deputados]. Esses s�o os temas que o agro quer discutir", completa o presidente do IPA, entidade vinculada � FPA.Leit�o afirma que nesses assuntos o agroneg�cio tem enfrentado dificuldade em conversar com o governo federal, mas que o di�logo est� totalmente aberto.
"O agro n�o tem essa quest�o ideol�gica, ele quer produzir, e para isso precisa desacorrentar v�rias coisas, precisa de pr�tica", conclui.