
A den�ncia contra Testoni foi aceita pela ju�za federal Fl�via Ximenes Aguiar de Sousa, da Justi�a Militar da Uni�o.
O coronel foi o primeiro indiciado pelo Ex�rcito ap�s os atos de 8 de janeiro. A conclus�o da For�a foi de que o militar da reserva havia cometido dois crimes militares ao divulgar v�deos com ataques a generais e ao Alto Comando.
O primeiro � o crime de inj�ria. H� ainda o agravamento pelo fato de os xingamentos terem sido proferidos contra oficiais-generais, ou seja, superiores hierarquicamente.
O segundo � o crime de ofensa �s For�as Armadas, caracterizado por "propalar fatos, que sabe inver�dicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o cr�dito das For�as Armadas ou a confian�a que estas merecem do p�blico".
Somadas, as penas podem ser de um ano e oito meses de pris�o.
A ju�za federal definiu o dia 18 de julho para depoimento das testemunhas e da defesa.
Como a Folha de S.Paulo mostrou, Testoni enviou os v�deos com as ofensas aos generais em grupos e WhatsApp que participava com colegas de turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) formada em 1987.
"Bando de generais filhos da puta. Covardes. Olha o que est� acontecendo com a gente. [Ex-comandante] Freire Gomes, filho da puta. Alto Comando do caralho. Olha o povo, minha esposa", disse o coronel na grava��o."For�as Armadas, filha da puta. Bando de generais filhas da puta. Covardes. Olha o que est� acontecendo com a gente. Esse nosso Ex�rcito � uma merda, que vergonha. Que vergonha de voc�s, militares, companheiros de turma, v�o tudo tomar no cu", completou.
No dia seguinte � invas�o �s sedes dos Poderes, Testoni gravou novo v�deo para pedir desculpas aos colegas.
"N�o invadimos nada, fomos contra a viol�ncia. Est�vamos errados, no local errado. Mas se voc� v� um parente, uma pessoa que voc� ama [ficar] ferida, sem conseguir enxergar ou respirar. A emo��o tomou conta", disse.
O coronel trabalhava no Hospital das For�as Armadas com contrato de Tarefa por Tempo Certo -- tipo de contrata��o utilizado no Minist�rio da Defesa, Ex�rcito, Marinha e Aeron�utica para geralmente empregar militares da reserva ou reformados para fun��es tempor�rias e espec�ficas.
Ap�s a repercuss�o do caso, Testoni foi demitido do cargo. Ele ainda recebe, no entanto, R$ 25 mil brutos como aposentadoria.