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Estado de Minas EX�RCITO

Coronel vira r�u por xingar militares durante invas�o a Bras�lia

Justi�a Militar torna r�u coronel Testoni, que, em 8/1, gravou v�deos com ofensas e palavr�es direcionados ao Alto Comando do Ex�rcito e as For�as Armadas


27/06/2023 18:08 - atualizado 27/06/2023 19:16
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Coronel Adriano Camargo Testoni
Coronel Adriano Camargo Testoni cometeu dois crimes militares ao divulgar v�deos com ataques a generais e ao Alto Comando (foto: Reprodu��o/Redes Sociais)
O coronel da reserva Adriano Camargo Testoni virou r�u nesta ter�a-feira (27/6) na Justi�a Militar por gravar v�deos com xingamentos a generais e integrantes do Alto Comando do Ex�rcito durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

A den�ncia contra Testoni foi aceita pela ju�za federal Fl�via Ximenes Aguiar de Sousa, da Justi�a Militar da Uni�o.

O coronel foi o primeiro indiciado pelo Ex�rcito ap�s os atos de 8 de janeiro. A conclus�o da For�a foi de que o militar da reserva havia cometido dois crimes militares ao divulgar v�deos com ataques a generais e ao Alto Comando.

O primeiro � o crime de inj�ria. H� ainda o agravamento pelo fato de os xingamentos terem sido proferidos contra oficiais-generais, ou seja, superiores hierarquicamente.

O segundo � o crime de ofensa �s For�as Armadas, caracterizado por "propalar fatos, que sabe inver�dicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o cr�dito das For�as Armadas ou a confian�a que estas merecem do p�blico".

Somadas, as penas podem ser de um ano e oito meses de pris�o.

A ju�za federal definiu o dia 18 de julho para depoimento das testemunhas e da defesa.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, Testoni enviou os v�deos com as ofensas aos generais em grupos e WhatsApp que participava com colegas de turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) formada em 1987.

"Bando de generais filhos da puta. Covardes. Olha o que est� acontecendo com a gente. [Ex-comandante] Freire Gomes, filho da puta. Alto Comando do caralho. Olha o povo, minha esposa", disse o coronel na grava��o.

"For�as Armadas, filha da puta. Bando de generais filhas da puta. Covardes. Olha o que est� acontecendo com a gente. Esse nosso Ex�rcito � uma merda, que vergonha. Que vergonha de voc�s, militares, companheiros de turma, v�o tudo tomar no cu", completou.

No dia seguinte � invas�o �s sedes dos Poderes, Testoni gravou novo v�deo para pedir desculpas aos colegas.

"N�o invadimos nada, fomos contra a viol�ncia. Est�vamos errados, no local errado. Mas se voc� v� um parente, uma pessoa que voc� ama [ficar] ferida, sem conseguir enxergar ou respirar. A emo��o tomou conta", disse.

O coronel trabalhava no Hospital das For�as Armadas com contrato de Tarefa por Tempo Certo -- tipo de contrata��o utilizado no Minist�rio da Defesa, Ex�rcito, Marinha e Aeron�utica para geralmente empregar militares da reserva ou reformados para fun��es tempor�rias e espec�ficas.

Ap�s a repercuss�o do caso, Testoni foi demitido do cargo. Ele ainda recebe, no entanto, R$ 25 mil brutos como aposentadoria.

 

 


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