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Estado de Minas CRIME

Caso Marielle: o que acontece ap�s dela��o que levou a nova pris�o de suspeito

Opera��o da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro foi deflagrada nesta segunda-feira ap�s �lcio Queiroz delatar sobre os assassinatos da vereadora e motorista; detido � ex-bombeiro conhecido como 'Suel'


24/07/2023 14:38 - atualizado 24/07/2023 15:20
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Policiais federais brasileiros encarregados da investigação sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, falam durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Brasil, em 24 de julho de 2023.
Pol�cia Federal avan�ou nas investiga��es do caso desde o in�cio do governo Lula (foto: Getty Images)

Uma a��o conjunta da Pol�cia Federal (PF) e do Minist�rio P�blico do Rio de aneiro (MPRJ) resultou na pris�o de Maxwell Sim�es Corr�a nesta segunda-feira (24/07).


A pris�o do homem, um ex-bombeiro conhecido com Suel, ocorreu ap�s uma dela��o premiada de um dos investigados - �lcio Queiroz - no caso Marielle Franco.


Suel foi preso na primeira fase da Opera��o �lpis, que tem como objetivo investigar os tr�gicos homic�dios da vereadora Marielle e do motorista Anderson Gomes, bem como a tentativa de homic�dio da assessora Fernanda Chaves.


Foram cumpridos um mandado de pris�o preventiva e sete mandados de busca e apreens�o, na cidade do Rio de Janeiro/RJ e regi�o metropolitana.


A opera��o p�e novamente em evid�ncia o peso pol�tico que o caso voltou a ganhar desde o in�cio do governo de Luiz In�cio Lula da Silva (PT).


As investiga��es sobre o caso Marielle foram tratadas como uma das prioridades do Minist�rio da Justi�a, comandado por Fl�vio Dino, que afirmou hoje que novos avan�os ainda surgir�o.


Em entrevista coletiva em Bras�lia ap�s a opera��o, Andrei Rodrigues, diretor-geral da Pol�cia Federal, disse que o alvo da opera��o de hoje atuava na vigil�ncia e no monitoramento de Marielle, al�m de ter apoiado logisticamente os apontados como envolvidos diretamente na execu��o da parlamentar, Ronnie Lessa e �lcio Queiroz, com inten��o de ajudar a acobertar-los.


"O que posso adiantar � que essa pessoa [Maxwell] participou de a��es de acompanhamento e vigil�ncia da vereadora e tamb�m do apoio log�stico, com integra��o com os demais atores dessa cadeia criminosa percorrida. Ent�o ele teve um papel importante nesse contexto, antes, durante e depois do caso, com a quest�o do carro. Para utilizar uma express�o popular, o carro foi 'picado', ent�o houve a participa��o dele na oculta��o desse carro", afirmou.


Dino tamb�m falou � imprensa, refor�ando que foi a dela��o premiada do ex-policial militar �lcio Queiroz que trouxe novos elementos cruciais para o avan�o da investiga��o - servindo como base para a opera��o conduzida pela Pol�cia Federal nesta segunda-feira.


O ministro enfatizou que "n�o restam d�vidas" quanto ao envolvimento de outras pessoas nos assassinatos de Marielle e Anderson.


Anielle Franco, irm� de Marielle e atual ministra da Igualdade Racial, disse em seu perfil do Twitter que tem confian�a nas investiga��es.


"Falei agora por telefone com o ministro Fl�vio Dino e com o diretor-geral da Pol�cia Federal sobre as novidades do caso Marielle e Anderson. Reafirmo minha confian�a na condu��o da investiga��o pela PF e repito a pergunta que fa�o h� cinco anos: quem mandou matar Marielle e por qu�?"


De acordo com Dino, � "inquestion�vel" a participa��o de outras pessoas nesses crimes, e as investiga��es t�m revelado a conex�o entre as mil�cias e o crime organizado no Rio de Janeiro com essas a��es.


O ministro afirmou que n�o existe "crime perfeito" e antecipou que novas informa��es surgir�o nas pr�ximas semanas.

Os acusados

Duas pessoas foram formalmente acusadas pelos homic�dios da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.


O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar �lcio Queiroz foram presos preventivamente em mar�o de 2019 e aguardam julgamento pelo Tribunal do J�ri, mas a data da sess�o ainda n�o foi agendada.


Lessa � suspeito de ter feito os disparos, e Queiroz teria dirigido o carro usado na emboscada. Ambos negam as acusa��es.


Lessa foi expulso da Pol�cia Militar do Rio de Janeiro ap�s ter sido condenado na Justi�a por oculta��o e com�rcio ilegal de armas depois de 117 pe�as de fuzis terem sido apreendidas na casa de um amigo seu.


A demora em realizar um julgamento foi atribu�da pelo juiz Gustavo Kalil, ao negar o pedido de liberdade dos suspeitos e renovar sua pris�o preventiva, em setembro do ano passado, aos sucessivos recursos apresentados pela defesa.


“S� teremos certeza que os dois indiv�duos s�o efetivamente os executores depois que forem julgados”, diz Jurema Werneck.


As investiga��es n�o apontaram ainda se Lessa e Queiroz agiram sozinhos ou por ordem de algu�m.


Ao longo dos inqu�ritos, foram levantadas suspeitas sobre o ex-vereador Cristiano Gir�o, ex-chefe de uma mil�cia que age na Zona Oeste do Rio.


Ele foi preso em julho de 2021 acusado pelo MP-RJ de ser o mandante de um duplo homic�dio que teria sido executado em 2014 por Ronnie Lessa, segundo o MP-RJ. Sua defesa nega o envolvimento no crime.


Outro suspeito � Domingos Braz�o, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Rio.

Em 2019, a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) afirmou que “arquitetou o homoc�dio” e denunciou � Justi�a por supostamente obstruir as investiga��es do caso. O processo corre em sigilo.


Gir�o e Braz�o negam estar envolvidos na morte da vereadora e dizem que n�o s�o alvos de a��es ou inqu�ritos a respeito.


mural com a face de Marielle Franco
Tributos e protestos por Marielle e Anderson aconteceram em diferentes partes do pa�s (foto: Getty Images)

Quem � Maxwell Sim�es Corr�a

Maxwell Sim�es Corr�a � ex-sargento dos bombeiros e foi preso por atrapalhar investiga��es e contribu�do para acobertar criminosos envolvidos no crime.


As investiga��es do MP do Rio e da PF apontam que, em 13 de mar�o, um dia depois das pris�es dos ex-policiais Ronnie Lessa e �lcio de Queiroz, denunciados como autores dos crimes, Maxwell teria ajudado a ocultar armas de fogo de uso restrito, al�m de objetos pessoais de Ronnie que estavam em um apartamento utilizado pelo ex-policial no bairro do Pechincha, no Rio de Janeiro.


Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram presos acusados de matar Marielle e Anderson
Ronnie Lessa e �lcio Queiroz foram presos acusados de matar Marielle e Anderson (foto: POL�CIA CIVIL DO RJ)

Na �poca, conforme noticiado pela Ag�ncia Brasil, Simone Sibilio, promotora do MPRJ que respondia pela investiga��o do caso no �rg�o, afirmou que Correa foi propriet�rio do carro utilizado para ocultar um arsenal de armas de Ronnie Lessa, acusado de ter efetuado os disparos.


"Ele [Maxwell Correa] responde pelo crime de obstru��o da justi�a. � por isso que ele foi investigado, denunciado e preso. Ele participou da oculta��o de v�rias armas, que foram lan�adas ao mar. Se a arma usada no crime estava l�, n�s n�o sabemos afirmar. Mas o fato � que ele participou do crime de obstru��o da justi�a. H� v�rias provas no processo que est� sob sigilo", afirmou Simone naquele momento.


Armas automáticas, dinheiro e outros equipamentos apreendidos na casa de um amigo do sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa - preso em conexão com o assassinato da vereadora e ativista do Rio de Janeiro Marielle Franco - são exibidos na sede da Polícia Civil no Rio de Janeiro, Brasil, em 12 de março de 2019. (Foto de CARL DE SOUZA / AFP) (Crédito da foto deve ser CARL DE SOUZA/AFP via Getty Images)
Em 2019, pol�cia apreendeu um arsenal na casa de Ronnie Lessa (foto: Getty Images)

Em 2020, Maxwell foi preso sob acusa��o de tentar obstruir as apura��es, e no ano seguinte, condenado pela mesma raz�o.


Em nota oficial, sobre a opera��o, a PF e o MP afirmaram que "a obstru��o de Justi�a praticada pelo denunciado, junto aos outros quatro denunciados, prejudicou de maneira consider�vel as investiga��es em curso e a a��o penal".


"A arma de fogo utilizada nos crimes ainda n�o foi localizada em raz�o das condutas criminosas perpetradas pelos cinco denunciados, cabendo ressaltar que Maxwell ostentava v�nculo de amizade com os acusados dos crimes e com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e Jos� M�rcio Mantovano", ressaltou a nota.

*Com reportagem de Rafael Barifouse


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