Segundo o ministro, os clubes de tiro cresceram sem nenhuma regulamenta��o nos �ltimos anos. Dessa forma, muitos serviram para desviar armas para o mercado ilegal.
"N�s estamos preocupados com a situa��o dos clubes de tiro que n�o cumprem a lei. Ent�o, a diretriz do presidente vai ser cumprida com o novo decreto que ele editou. Tem muita gente reclamando, eu lamento porque s�o pessoas que fazem um discurso falso de defesa da liberdade. Existe liberdade em matar? Existe liberdade para cometer crime? Existe liberdade para fraudar, desviar arma para quadrilha? N�o", disse em entrevista para o canal Gov.
"O presidente tem alertado para separar o joio do trigo. Quem � colecionador de verdade, ca�ador, atirador esportivo muito bem, uma atividade leg�tima. Agora, o presidente deu essa diretriz e vamos cumprir para intensificar a fiscaliza��o de clube de tiro e, aqueles que n�o cumprem a lei, obviamente ser�o fechados", acrescentou.
A declara��o foi dada um dia depois de o presidente Lula (PT) dizer que pretende fechar todos os clubes de tiro do pa�s e deixar aberto apenas espa�os desta natureza que s�o das pol�cias Militar e Civil ou do Ex�rcito.
"Eu, sinceramente, n�o acho que um empres�rio que tem um lugar para praticar tiro � um empres�rio. Eu, sinceramente, n�o acho. Eu j� disse para o Fl�vio Dino [ministro da Justi�a]: n�s temos que fechar quase todos, s� deixar aberto aqueles que s�o da Pol�cia Militar, do Ex�rcito ou da Pol�cia Civil", afirmou o presidente em live nas redes sociais.

O decreto de Lula cria mais restri��es para o acesso a armas no pa�s, revertendo a pol�tica de crescente flexibiliza��o observada ao longo da gest�o Bolsonaro.
O decreto passa para a PF (Pol�cia Federal) a responsabilidade sobre a fiscaliza��o dos chamados CACs (ca�adores, atiradores e colecionadores). At� ent�o, essa atribui��o ficava com o Ex�rcito.
Outra mudan�a � a significativa redu��o do limite de armas por pessoa. Sob Bolsonaro, um atirador podia ter at� 60 unidades (sendo 30 classificadas como de uso restrito das for�as de seguran�a e For�as Armadas). Agora, o n�mero cai para 16 (sendo 4 de uso restrito).
O presidente do Proarmas, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), chamou de "decreto da calamidade" as novas normas de acesso a armas no pais, que foram divulgadas na sexta (21) pela gest�o de Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar disse que espera derrubar as novas regras no Congresso. Para isso, pretende pedir apoio para a bancada ruralista.
