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Estado de Minas ATOS GOLPISTAS

CPMI quebra sigilo e convoca Torres para depor na 3� feira

Comiss�o tamb�m suspende privacidade de informa��es do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid e v�rios outros suspeitos


04/08/2023 04:00 - atualizado 03/08/2023 22:56
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Parlamentares da CPMI
Parlamentares da CPMI querem que ex-ministro Anderson Torres fale sobre tamb�m sobre tentativa de atentado no aeroporto de Bras�lia, em dezembro de 2022 (foto: BRUNO SPADA/C�MARA DOS DEPUTADOS)

Bras�lia – A comiss�o parlamentar mista de inqu�rito (CPMI) que investiga aos atos golpistas de 8 de janeiro, aprovou ontem a quebra de sigilos do tenente-coronel do Ex�rcito Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do ex-ministro da Justi�a Anderson Torres, que tamb�m foi secret�rio de Seguran�a do Distrito Federal. Torres prestar� depoimento na comiss�o na pr�xima ter�a-feira. Cid j� compareceu ao colegiado , mas ficou em sil�ncio e n�o respondeu �s perguntas dos parlamentares. No caso dele, a CPI aprovou a quebra dos sigilos banc�rio, fiscal, telef�nico e telem�tico (de mensagens). Torres, que teve sigilos telef�nica e de mensagens quebrados chegou a ser preso por suspeita de omiss�o na invas�o de Bras�lia, mas foi liberado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes com condi��o de usar tornozeleira eletr�nica.

Na sess�o de ontem, a CPMI tamb�m aprovou a quebra de sigilos do general Carlos Eduardo Feitosa Rodrigues: nomeado servidor do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) no governo Bolsonaro; de Andr� Luiz Garcia Furtado, coronel e servidor do GSI que esteve no Pal�cio do Planalto no dia dos atos golpistas; de George Washington, bolsonarista condenado por ter posto bomba em caminh�o nos arredores do aeroporto de Bras�lia, em 24 de dezembro do ano passado, �s v�speras da posse de Lula. Em depoimento � CPMI, o perito da Pol�cia Civil do Distrito Federal que fez a per�cia da bomba Renato Carrijo informou que o artefato � usado por empresas especializadas em explos�o de pedreira e com uso autorizado apenas pelo Ex�rcito.

Os parlamentares aprovaram tamb�m acesso a relat�rios de intelig�ncia financeira – conhecidos como RIF e produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) – de empres�rios e empresas. Os RIFs s�o documentos produzidos pelo Coaf quando s�o descobertas movimenta��es suspeitas entre empresas ou pessoas f�sicas, que podem estar relacionadas a lavagem de dinheiro ou oculta��o de bens. Entre os documentos que ser�o solicitados pela CPI, est�o os relacionados ao ex-diretor da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF) Silvinei Marques e do hacker Walter Delgatti Neto. O presidente da CPMI, Arthur Maia, informou que o per�odo do RIF solicitado ser� de junho de 2021 at� agosto de 2023.

A CPMI vai ouvir Anderson Torres por suspeita de ter sabotado o esquema de seguran�a montado para uma poss�vel manifesta��o naquele dia. A Pol�cia Federal encontrou na casa dele uma minuta golpista, que tentava mudar o resultado da elei��o presidencial alegando fraude na vota��o. No dia dos ataques aos pr�dios dos tr�s Poderes, ele era secret�rio de Seguran�a P�blica do Distrito Federal e n�o estava na capital, estava de f�rias nos Estados Unidos. Torres voltou ao pa�s escoltado por policiais federais e ficou preso por cerca de quatro meses. Ele cumpre medidas protetivas em liberdade, com uso de tornozeleira eletr�nica.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), afirmou que Torres poder� dar explica��es sobre atos anteriores, como a tentativa de explodir uma bomba no aeroporto de Bras�lia praticada por George Washington.

“Anderson Torres era ministro da Justi�a nesse per�odo e no 8 de Janeiro tamb�m ele era o secret�rio de Seguran�a P�blica. Ent�o, ele � uma figura que faz um elo desse 1º momento, portanto, novembro e dezembro, e tamb�m o m�s de janeiro. Eu acredito que � fundamental a presen�a dele aqui na pr�xima ter�a-feira”, disse.

hacker Walter Delgatti
O hacker Walter Delgatti teve sigilos telef�nico e de mensagens quebrados (foto: REDES SOCIAIS/REPRODU��O)

Hacker tamb�m entra na mira da comiss�o

O hacker Walter Delgatti, que teve seus sigilos telef�nico e de mensagens quebrados, ir� prestar depoimento na comiss�o parlamentar mista de inqu�rito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro. Ele foi preso na quarta-feira, no mesmo dia em que a Pol�cia Federal cumpriu mandados de busca e apreens�o nos endere�os da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar bolsonarista e o hacker teriam se conhecido antes das elei��es presidenciais. Ela ela teria pago R$ 13,5 mil a Delgatti para que ele inventasse mandado falso de pris�o contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Zambelli tamb�m teria apresentado o hacker ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Ele disse que foi pago pela deputada para tentar invadir urnas eletr�nicas, mas alegou que s� poderia ter acesso ao c�digo-fonte dentro da sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O deputado Rog�rio Correia (PT-MG), disse que o depoimento � importante para entender como foi a organiza��o da tentativa do “golpe de Estado”. “As falas da Zambelli s�o o suficiente para mostrar as liga��es com a inten��o golpista entre ela, o hacker, a c�pula do PL e o pr�prio Bolsonaro”, disse Correia, afirmando que a oitiva ainda est� dentro do escopo dos ataques de 8 de Janeiro.

A CPMI tamb�m convocou o fot�grafo Adriano Machado, da Reuters, que fez cobertura fotogr�fica dos ataques aos tr�s poderes, e ainda C�ntia Queiroz de Castro, tenente-coronel da Pol�cia Militar e subsecret�ria de Opera��es Integradas da Secretaria de Seguran�a do DF; Marcela da Silva Moraes Pinno, PM promovida por “atos de bravura” no 8 de janeiro; Lu�s Marcos dos Reis, sargento do ex�rcito, preso na investiga��o da fraude no cart�o de vacina do ex-presidente Bolsonaro.

MONARK 

O ministro Alexandre de Moraes determinou abertura de uma investiga��o para apurar o crime de desobedi�ncia pelo youtuber Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark. Como o influenciador est� proibido de criar novos perfis nas redes sociais, o magistrado tamb�m aplicou uma multa de R$ 300 mil por descumprimento da ordem. Moraes destacou que o youtuber fez “nova e grave viola��o � ordem jur�dica” ao continuar fazendo ataques ao STF mesmo com a suspens�o de perfis. Ele ordenou a suspens�o de 26 perfis ligados a Monark em 19 plataformas, como Google, Meta, Twitter e Spotify. As empresas tamb�m dever�o suspender qualquer repasse de qualquer recurso, como publicidade, doa��o e monetiza��o.

“As condutas do investigado, consubstanciadas na produ��o, mesmo ciente da decis�o judicial proibitiva, de conte�do vedado, e sua publica��o em diversos perfis nas redes sociais caracterizaram nova e grave viola��o � ordem jur�dica. E mais, evidenciam que o investigado est� deliberadamente violando decis�o da Suprema Corte”, escreveu o ministro.






















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