Fazendeiro suspeito de amea�ar 'dar um tiro na barriga' de Lula � solto

A Justi�a Federal do Par� concedeu na sexta-feira (4) liberdade provis�ria ao fazendeiro Arilson Strapasson, suspeito de afirmar que daria um tiro no presidente Lula (PT) durante visita � cidade de Santar�m (PA). A decis�o foi da ju�za titular M�nica Guimar�es Lima, da 2ª Vara Federal de Santar�m.

 

Strapasson havia sido preso pela Pol�cia Federal na quinta-feira (3/8). Na audi�ncia de cust�dia, a ju�za concedeu liberdade provis�ria e isentou o fazendeiro de pagamento de fian�a, mas determinou medida cautelar que o impede, pelos pr�ximos 10 dias, de se deslocar at� Alter do Ch�o, onde Lula e a primeira-dama Janja passam o fim de semana.

 

Lula, Janja e assessores est�o hospedados na Casa do Saulo, hotel e restaurante na praia do Carapanari, �s margens do rio Tapaj�s. Ele ficar� em um dos dez bangal�s do local. Nos dias 8 e 9, Lula participar� da C�pula da Amaz�nia, em Bel�m.

 

Arilson Strapasson foi preso pela Pol�cia Federal por suspeita de amea�ar de morte o presidente. Ele realizava compras em um dep�sito de bebidas quando disse que daria um tiro na barriga do presidente durante a viagem oficial ao estado. Strapasson mora na regi�o rural de Santar�m.

 

A amea�a foi denunciada por uma testemunha que estava no local e que acionou a PF.

 

Materialidade do crime 
 

O advogado Fabio Dutra, representante da defesa do fazendeiro, afirmou que as provas que resultaram na pris�o "n�o s�o claras".

 

"N�o h� materialidade no crime. Ele estava em Alter do Ch�o em uma distribuidora de bebidas. Estavam conversando sobre a vinda do presidente e ele fez um coment�rio, mas n�o em tom de amea�a", afirma o advogado.

 

Segundo Dutra, a busca e apreens�o da PF n�o encontrou armas de fogo ou muni��o em posse de Strapasson. O advogado n�o soube dizer se o cliente possui posse ou porte de arma de fogo.

 

Na conversa com os policiais, ele teria dito ser garimpeiro e ter participado dos ataques de 8 de janeiro em Bras�lia, quando os pr�dios dos tr�s Poderes foram invadidos e depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

O representante da defesa do advogado afirmou que Strapasson negou envolvimento com o garimpo durante audi�ncia de cust�dia. Ele confirmou ter participado do acampamento em Bras�lia, mas disse que n�o estava presente nos ataques.

 

"Ele diz que esteve em Bras�lia no come�o do ano, mas que n�o participou da manifesta��o do dia 8 de janeiro."