Segundo ele, o objetivo seria apresentar, no 7 de Setembro, que “era poss�vel que aquela urna que eles veem na elei��o imprimir um outro voto”. Bolsonaro teria dito n�o entender do funcionamento das urnas e que o hacker fosse, portanto, ao Minist�rio da Defesa, junto ao general Marcelo C�mara.
“A ideia inicial era de que eu inspecionasse o c�digo-fonte, s� que eles explicaram que o c�digo-fonte ficava somente no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e apenas servidores do Minist�rio da Defesa teriam acesso a esse c�digo. Ent�o, eles iam at� o TSE e me repassavam o que eles viam, porque eles n�o tinham acesso � internet, eles n�o podiam levar uma parte do c�digo; eles acabavam decorando um peda�o do c�digo e me repassando”, explicou o hacker.
“E, nisso, eu dei orienta��es, exemplo, que a urna, se desligada da tomada e ligada novamente, pode... Tem um algoritmo l� e o algoritmo pode decidir por ficar normal, nesse caso, se ela fosse manipulada, o peso dela, a mudan�a de local, as pessoas que votam, a digital delas, porque ela (a urna) pode reconhecer que a digital � de uma pessoa que est� testando a urna e n�o votando. Ent�o, tudo isso que eu repassei a eles consta no relat�rio que foi entregue ao TSE”, completou.
"C�digo malicioso"

“Eles queriam que eu fizesse um c�digo-fonte meu, n�o o oficial do TSE, e nesse c�digo-fonte eu inserisse essas linhas que eles chamam de c�digo malicioso, porque ele tem como finalidade enganar, como finalidade colocar d�vidas na elei��o. Ent�o, eu criaria um c�digo meu”, contou ele ao colegiado. “A ideia dele era a seguinte, era falar que a urna, se manipulada, sairia um outro resultado.”
Delgatti contou que, ao todo, recebeu de Zambelli R$ 40 mil e que ofereceu a um funcion�rio da empresa de telefonia TIM pagamento em bitcoin para ter acesso aos dados telef�nicos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. No entanto, a transa��o acabou n�o acontecendo, “porque o rapaz da TIM se negou a pegar uma segunda via do chip do Ministro”.
“A deputada (Carla Zambelli) solicitou que eu invadisse o e-mail do ministro e, l� atr�s, em 2019, eu tinha acessado j� o e-mail. Ent�o, eu tinha o e-mail e o telefone de recupera��o de senha. Entrei em contato com o rapaz da TIM, s� que ele me gravou no dia, sem eu saber, e se negou a pegar a segunda via do chip, porque, � �poca, o Alexandre de Moraes estava o tempo todo na m�dia, mandando prender todo mundo. Ent�o, ele ficou com medo e vazou isso � m�dia.
Mas eu n�o efetuei a transfer�ncia”, detalhou Delgatti � CPMI.