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Estado de Minas CPMI DO 8 DE JANEIRO

Hacker teria ido 5 vezes ao Minist�rio da Defesa para entender sobre urnas

Walter Delgatti Neto detalhou � CPMI, o esquema de fraudes nas elei��es de 2022, supostamente planejado, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro


17/08/2023 13:35 - atualizado 17/08/2023 15:57
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O hacker Walter Delgatti Neto detalhou, nesta quinta-feira (17/8), � Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) que apura os atos golpistas do 8 de janeiro, o esquema para fraude das urnas eletr�nicas. Segundo Delgatti, ele esteve no Minist�rio da Defesa para entender o funcionamento das urnas e, assim, fraudar o c�digo-fonte cinco vezes. “Eu falei com o ministro Nogueira, o Paulo S�rgio Nogueira, e tamb�m com o pessoal da TI”, contou.

 

Segundo ele, o objetivo seria apresentar, no 7 de Setembro, que “era poss�vel que aquela urna que eles veem na elei��o imprimir um outro voto”. Bolsonaro teria dito n�o entender do funcionamento das urnas e que o hacker fosse, portanto, ao Minist�rio da Defesa, junto ao general Marcelo C�mara.

 

“A ideia inicial era de que eu inspecionasse o c�digo-fonte, s� que eles explicaram que o c�digo-fonte ficava somente no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e apenas servidores do Minist�rio da Defesa teriam acesso a esse c�digo. Ent�o, eles iam at� o TSE e me repassavam o que eles viam, porque eles n�o tinham acesso � internet, eles n�o podiam levar uma parte do c�digo; eles acabavam decorando um peda�o do c�digo e me repassando”, explicou o hacker. 

 

“E, nisso, eu dei orienta��es, exemplo, que a urna, se desligada da tomada e ligada novamente, pode... Tem um algoritmo l� e o algoritmo pode decidir por ficar normal, nesse caso, se ela fosse manipulada, o peso dela, a mudan�a de local, as pessoas que votam, a digital delas, porque ela (a urna) pode reconhecer que a digital � de uma pessoa que est� testando a urna e n�o votando. Ent�o, tudo isso que eu repassei a eles consta no relat�rio que foi entregue ao TSE”, completou.

"C�digo malicioso"

Hacker Walter Delgatti na CPMI
Delgatti afirmou que Bolsonaro queria grampear o ministro Alexandre de Moraes (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
O hacker, mediado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), teve um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, com a promessa de emprego. Bolsonaro queria que o hacker “autenticasse a lisura das elei��es, as urnas, nesse encontro. Por ser o presidente da Rep�blica, eu acabei indo ao encontro”.

 

“Eles queriam que eu fizesse um c�digo-fonte meu, n�o o oficial do TSE, e nesse c�digo-fonte eu inserisse essas linhas que eles chamam de c�digo malicioso, porque ele tem como finalidade enganar, como finalidade colocar d�vidas na elei��o. Ent�o, eu criaria um c�digo meu”, contou ele ao colegiado. “A ideia dele era a seguinte, era falar que a urna, se manipulada, sairia um outro resultado.”

 

Delgatti contou que, ao todo, recebeu de Zambelli R$ 40 mil e que ofereceu a um funcion�rio da empresa de telefonia TIM pagamento em bitcoin para ter acesso aos dados telef�nicos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. No entanto, a transa��o acabou n�o acontecendo, “porque o rapaz da TIM se negou a pegar uma segunda via do chip do Ministro”.

 

“A deputada (Carla Zambelli) solicitou que eu invadisse o e-mail do ministro e, l� atr�s, em 2019, eu tinha acessado j� o e-mail. Ent�o, eu tinha o e-mail e o telefone de recupera��o de senha. Entrei em contato com o rapaz da TIM, s� que ele me gravou no dia, sem eu saber, e se negou a pegar a segunda via do chip, porque, � �poca, o Alexandre de Moraes estava o tempo todo na m�dia, mandando prender todo mundo. Ent�o, ele ficou com medo e vazou isso � m�dia.

 

Mas eu n�o efetuei a transfer�ncia”, detalhou Delgatti � CPMI.


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