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Estado de Minas PF E PGR

PGR: troca de mensagens entre comandantes da PMDF evidenciou omiss�o

Em den�ncia apresentada na quarta (16/8), a PGR apresentou troca de mensagens entre comandantes da corpora��o. Nela, coordenador aponta haver conduta dolosa de integrantes chaves da PMDF


18/08/2023 11:14 - atualizado 18/08/2023 11:14
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Fábio Augusto Vieira
F�bio Augusto Vieira foi preso pela PF (foto: (Minervino J�nior/CB/D.A.Press))

Uma troca de mensagens entre o ent�o comandante-geral da Pol�cia Militar do Distrito Federal (PMDF) , coronel F�bio Augusto Vieira, e o subcomandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa — atual comandante-geral da corpora��o — evidenciaram uma conduta dolosa deles e de outros oficiais, alvos de uma opera��o conjunta da Pol�cia Federal e da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), na manh� desta sexta-feira (18/8) .

 

Na den�ncia oferecida pelo coordenador do Grupo Estrat�gico de Combate aos Atos Antidemocr�ticos (GCAA), Carlos Frederico Santos, ao ministro Alexandre de Moraes, � apresentada uma troca de mensagens entre F�bio e Klepter, em 6 de dezembro do ano passado. Nela, o atual comandante-geral questionou F�bio sobre um poss�vel afastamento de um grande n�mero de PMs para o per�odo de 1º a 9 de janeiro de 2023.

 

Na conversa, Klepter pergunta se poderia fechar a lista, aplicando o afastamento de uma maneira “geral e linear” ou se seriam admitidas algumas exce��es. F�bio respondeu, por uma mensagem de voz, que, por ele, n�o liberaria ningu�m, principalmente porque os oficiais sabiam que ia ter a posse presidencial, em 1° de janeiro.

 

“Fala, chefe, tudo bem? O que que eu acho? Eu, na minha opini�o, n�o deveria permitir ningu�m. A�, tratar cada caso isolado, n�? �... Se o cara mostrar, realmente, que fez a reserva l� atr�s e tudo... Individualmente, a� acho que a gente tem que... �... Ter bom senso, n�? T� bom? Mas tamb�m n�o � problema nosso, porque as pessoas sempre sabem, n�? E tem uns espert�o que compra l� no m�s de junho, o neg�cio, e j� sabendo que vai ter posse e um monte de coisa. Ent�o... � tratar cada caso isolado, n�? Eu, por mim, n�o autorizava era ningu�m”, escreveu F�bio.

 

Para o entendimento da PGR, no entanto, ambos consideraram que o afastamento deveria ser “geral”, ressalvadas raras exce��es, se demonstrada a boa f� do policial que estava interessado em se ausentar no per�odo. Passada a diploma��o, em 12 de dezembro, F�bio questionou Klepter se, al�m das suspens�es de afastamento, deveriam tamb�m suspender os abonos da semana de Natal. “Bom dia, meu amigo, tudo bem? Como � que voc� t�? [...] S� te pergunto uma coisa. Voc� acha que a gente mant�m o abono natalino ou interrompe tamb�m e joga para outra data? Voc� que t� de fora, a�, qual a sua avalia��o?”, perguntou F�bio a Klepter.

 

Em resposta, Klepter disse que havia chance de problema “a qualquer momento” e citou o ataque � sede da Pol�cia Federal, quando bolsonaristas tentaram invadir a corpora��o numa opera��o “resgate” do ind�gena Jos� Ac�cio Serere Xavante, conhecido como cacique Tserer�. O atual comandante-geral respondeu que, como ningu�m foi preso nesse ataque, a “m�dia (estava) pegando no p�, achando que aliviamos a situa��o”. Como parte da tropa da PMDF j� esperava a suspens�o, o assunto foi cessado.

 

No pedido de pris�o formulado pela PGR a Moraes, o coordenador apontou que os mais altos oficiais da corpora��o sabiam que o afastamento geral de policiais, em janeiro, poderia resultar em problemas — principalmente porque eles eram cobrados a dar uma resposta pelos atos de 12 de dezembro. Ocorre que, mesmo com essa an�lise do alto-comando da corpora��o, os mesmos estavam ausentes no teatro de opera��es de manifesta��es daquele fim de semana — do 8 de janeiro.

 

Em depoimentos � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) dos Atos Antidemocr�ticos, da C�mara Legislativa, um dos alvos da opera��o desta sexta-feira (18/8), o coronel Casimiro, que estava de folga aquele fim de semana, apontou que Klepter deixou a tropa da Pol�cia Militar de sobreaviso, e n�o de prontid�o. � �poca, ele disse que a determina��o n�o era comum nas opera��es da PMDF.

 

“Fizemos uma pesquisa e descobrimos que, em todas as manifesta��es democr�ticas anteriores, houve forte presen�a das for�as de seguran�a. N�o encontrei uma manifesta��o em que as tropas tenham sido colocadas de sobreaviso”, disse, aos distritais. Em outro momento.

 

Os motivos que fundamentaram a pris�o tamb�m est�o relacionados � possibilidade de que todos os denunciados pela PGR apagaram mensagens comprometedoras, al�m de terem se comunicado por outras maneiras como forma de omiss�o no 8 de janeiro, facilitando, de alguma maneira, a invas�o de manifestantes aos pr�dios dos Tr�s Poderes.

 

Um dos exemplos seria o caso do major Fl�vio Silvestre de Alencar. Conforme informa��o revelada pelo G1 e confirmada pela reportagem do Correio Braziliense, ele teria dito em um grupo de mensagens do WhatsApp com outros policiais, em 20 de dezembro, que “na primeira manifesta��o, � s� deixar invadir o Congresso”. A PF identificou que esse grupo foi apagado no celular de Fl�vio, e as mensagens s� foram encontradas no aparelho do tenente Rafael Pereira Martins, tamb�m denunciado pela PGR.

Opera��o

A opera��o da PF, na manh� desta sexta (18/8), mirou policiais militares que atuavam na linha de frente nos atos de 8 de janeiro. A den�ncia, apresentada na quarta-feira (16/8), pedia a pris�o dos coroneis Klepter Rosa, Marcelo Casimiro, Paulo Jos�, F�bio Augusto e do tenente Rafael Pereira Martins.

 

Al�m disso, Moraes tamb�m manteve a pris�o do coronel Jorge Eduardo Naime e do major Fl�vio Silvestre de Alencar. Todos s�o acusados pelos crimes de aboli��o violenta do Estado Democr�tico de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deteriora��o de patrim�nio tombado e por infringir a Lei Org�nica e o Regimento Interno da PM.

 


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