O governo autorizou o uso da For�a Nacional nos desfiles do 7 de Setembro, nesta quinta-feira (7/9), em Bras�lia. A inclus�o desta corpora��o foi publicado no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU) desta ter�a-feira (5/9).
De acordo com uma portaria assinada pelo ministro da Justi�a, Fl�vio Dino, os agentes da For�a Nacional ir�o auxiliar a Pol�cia Militar do Distrito Federal, durante o desfile da celebra��o dos 201 anos da Independ�ncia do Brasil. "A opera��o ter� o apoio log�stico do �rg�o demandante, que dever� dispor da infraestrutura necess�ria � For�a Nacional de Seguran�a P�blica", diz um trecho da determina��o.
A portaria tamb�m condicionou que o contingente a ser disponibilizado pela For�a Nacional ao planejamento definido pela Diretoria da For�a Nacional de Seguran�a P�blica, da Secretaria Nacional de Seguran�a P�blica, do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica.
A autoriza��o do uso da For�a Nacional para auxiliar na seguran�a dos desfiles militares em Bras�lia tem como cen�rio uma ideia de pacifica��o entre o Governo Federal e as For�as Armadas. J� que no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os militares foram utilizados como uma estrat�gia de apoio ao ent�o chefe do Planalto.
Neste ano, com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), as For�as Armadas sa�ram deste papel de destaque.
Bolsonaristas criticam militares
Apoiadores do ex-presidente Bolsonaro se mostram insatisfeitos com os militares sob o comando de Lula. Entre esse grupo, com a aproxima��o dos desfiles de 7 de Setembro, popularizou-se uma campanha de boicote aos desfiles denominada "Fique em casa".
As redes oficiais da corpora��o recebem uma grande quantidade de coment�rios negativos. A maioria deles demonstra uma "frustra��o" com as For�as Armadas e avalia que corpora��o agiu mal ao prender os envolvidos nos atos antidemocr�ticos de 8 de janeiro.
Em n�meros, a confian�a do bolsonarismo nos militares tamb�m caiu. Segundo uma pesquisa feita pela Genial Quaest em agosto, a confian�a dos eleitores que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno das elei��es de 2022 caiu de 61% para 40% .
Ainda neste grupo, o percentual dos que dizem “n�o confiar” na institui��o subiu de 7% para 20% desde dezembro e entre os que declaram “confiar pouco” houve um aumento de sete pontos percentuais, saindo de 31% para 38%. Os dados comparam posicionamentos dados em dezembro de 2022 com opini�es colhidas em agosto deste ano.
- 7 de Setembro: Bolsonaristas criticam militares nas postagens do Ex�rcito
Apoio frustrado
De acordo com o diretor da Quaest Pesquisas, Felipe Nunes, essa queda na confian�a dos militares entre os eleitores de Bolsonaro ocorreu por causa de um sentimento de frustra��o. "Na minha avalia��o, algum tipo de frustra��o sobre alguma expectativa que havia entre esse segmento", avaliou.
No per�odo em que essa compara��o foi feita, houve registros de pedidos de golpe militar feitos por parcelas do eleitorado de Bolsonaro. Parte desses apoiadores acampou em frente a quart�is do Ex�rcito ap�s a derrota do ex-presidente na elei��o de outubro, na esperan�a de mobilizar os militares para uma a��o que revertesse o resultado do pleito.
Em 8 de janeiro deste ano, parte desse grupo invadiu os pr�dios do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e Pal�cio do Planalto. Ap�s o epis�dio, o ministro da Defesa, Jos� M�cio, demitiu o comandante do Ex�rcito, general J�lio C�sar Arruda, e promoveu em seu lugar o general Tom�s Paiva.
Embora a instabilidade permeasse o clima pol�tico, as tentativas de golpe foram fracassadas e n�o houve endosso oficial do alto comando das For�as Armadas � quebra da democracia.