
Um of�cio do vereador e conselheiro benem�rito Henrique Braga (PSDB) enviado nesta ter�a-feira (5/9) � Prefeitura de Belo Horizonte solicita que Fuad receba pessoalmente um grupo de 14 integrantes do legislativo municipal, os parlamentares que est�o alinhados com Gabriel.
O encontro com o prefeito seria uma tentativa de apaziguar os �nimos entre os dois e frear os tr�mites pol�ticos que poderiam acarretar na perda do cargo e na suspens�o dos direitos pol�ticos do presidente da Casa por oito anos.
"Fica o convite para que estabele�amos o di�logo. O senhor pode me convidar na prefeitura. Faz muito tempo que o senhor n�o conversa comigo e com outros vereadores. Quero conversar diretamente", comentou Gabriel na segunda-feira (4/9), ap�s a abertura do processo de cassa��o na CMBH.
Nos �ltimos dias, Fuad se reuniu com aliados do secret�rio estadual da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), com o objetivo de costurar um acordo que aumentasse a base da prefeitura na C�mara. O grupo conhecido como "Fam�lia Aro" j� teve Gabriel Azevedo como um de seus integrantes.
A abertura do processo de cassa��o atendeu a um pedido da ex-vereadora e deputada federal Nely Aquino (Podemos), que faz parte do grupo "Fam�lia Aro" e j� foi aliada de Gabriel Azevedo.
Antes da vota��o, vereadores foram ao microfone afirmar que o presidente havia tido atitudes consideradas agressivas, que humilhavam os colegas e de ser autorit�rio. Ap�s um v�deo com falas e entrevistas de Gabriel, 26 parlamentares votaram favor�veis a abertura do processo, 14 se abstiveram e ningu�m votou contr�rio.
Em uma coletiva ap�s a sess�o, Gabriel Azevedo, que � formado em Direito, explicou o motivo dele e dos seus aliados n�o terem se posicionado contra a abertura.
"J� que � um processo de investiga��o, a gente se manifesta nos autos. As pessoas que se antecederam a abertura j� definiram um ju�zo de valor", afirmou.
Gabriel reconheceu que a rela��o com Fuad e com outros membros do legislativo pode ser mais harm�nica.
"Sou chefe do poder Legislativo e o senhor (Fuad Noman) do Executivo e a Constitui��o nos obriga a ter uma rela��o harm�nica e independente entre si. Harm�nica, eu confesso, podemos melhorar e estou fazendo o primeiro gesto", comentou na segunda.
No domingo (3/9), Gabriel pediu que a Corregedoria Geral do Estado de Minas Gerais investigue denuncias de que Marcelo Aro tenha pressionado vereadores a apoiar a abertura do processo de cassa��o.
Aro afirmou que Gabriel busca desviar os focos das den�ncias. Ele � acusado de vazar uma conversa com o vereador Marcos Crispim (PP) e apoiar um assessor que teria falsificado um documento.
"Gabriel quer virar prefeito sem ganhar a elei��o e quer tocar a C�mara como se fosse um ditador. Minha opini�o � que esses s�o motivos mais que suficientes para que ele seja cassado e tor�o para que os vereadores tomem a decis�o mais correta”, comentou o secret�rio da Casa Civil, afirmando que n�o interfere na C�mara.
A ex-vereadora e atual deputada federal Duda Salabert (PDT) tamb�m engrossou o apoio a cassa��o do presidente da C�mara.
"Merece ser cassado! Existem mil provas! Quando fui vereadora, vi de perto o jogo sujo desse vereadorzinho", comentou no Instagram do Estado de minas.