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Estado de Minas EX-AJUDANTE DE BOLSONARO

Dela��o de Mauro Cid � bem recebida em c�pula militar

Mauro Cid fechou um acordo de dele��o premiada com a Pol�cia Federal nesta semana. Dela��o n�o est� restrita somente ao caso das joias


11/09/2023 08:00 - atualizado 11/09/2023 08:03
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Mauro Cid
A expectativa no meio jur�dico � que Cid apresente provas contundentes sobre il�citos cometidos na gest�o Bolsonaro (foto: Bruno Spada / C�mara dos Deputados )
Integrantes da c�pula militar dizem avaliar que a dela��o premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), pode ser positiva para as For�as Armadas se contribuir para acelerar as investiga��es.

 

Segundo eles, a colabora��o pode ajudar a virar a p�gina das suspeitas que pairam sobre os fardados e ao apontar quais militares cometeram crimes e puni-los por isso. Neste domingo (10), o Ex�rcito afastou Cid de suas fun��es. Segundo informou a institui��o em nota, o tenente-coronel ficar� acondicionado no departamento de pessoal da corpora��o sem cargo e fun��o. A decis�o n�o implica, por�m, a suspens�o do sal�rio, que em julho era de R$ 27.027 brutos.

 

O afastamento ocorreu em cumprimento � decis�o do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que homologou o acordo de dela��o premiada com a Pol�cia Federal.

 

Uma eventual expuls�o de Cid da For�a s� ocorreria caso ele seja julgado e condenado em algum processo. Antes disso, a medida n�o est� no radar da c�pula do Ex�rcito. Na avalia��o de militares, a decis�o do tenente-coronel de fazer a dela��o foi tomada em car�ter pessoal e como estrat�gia de defesa. A decis�o pegou de surpresa aliados de Bolsonaro, que esperavam que Cid n�o fosse t�o longe.

 

colabora��o foi fechada no �mbito do inqu�rito das mil�cias digitais, que � a principal apura��o contra Bolsonaro no STF e mira os ataques �s institui��es, a tentativa de golpe e o caso das joias, entre outros pontos. A expectativa no meio jur�dico � que Cid apresente provas contundentes sobre il�citos cometidos na gest�o Bolsonaro, implique o ex-presidente e ajude a esclarecer o papel de integrantes das For�as Armadas na elabora��o, por exemplo, de um plano para tentar mant�-lo no poder.

 

O avan�o das investiga��es contra os militares alimentaram no Ex�rcito um clima de desconfian�a em rela��o � Pol�cia Federal. Como mostrou a Folha, militares reclamaram da coincid�ncia de datas em opera��es que miraram fardados com dias de evento de celebra��o do Ex�rcito. Para esses integrantes das For�as Armadas, a PF agiu para ofuscar os militares, algo que � frontalmente recha�ado entre os policiais.

 

Diante do clima, o ministro Jos� M�cio e o comandante do Ex�rcito, Tom�s Paiva, t�m atuado para melhorar o clima. O diretor da PF, Andrei Rodrigues, participou do Dia do Soldado, e M�cio e Paiva foram a um evento de formatura de policiais federais.

 

Para integrantes da PF, o Alto-Comando do Ex�rcito tem interesse em ver as investiga��es avan�arem por avaliar que s� dali pode sair os elementos para uma puni��o dos fardados, j� que seria muito dif�cil para os militares punirem a eles mesmos. Investigadores acreditam haver um forte clima de corporativismo nas For�as.

 

O inqu�rito policial militar aberto para investigar os militares que deveriam ter protegido o Pal�cio do Planalto diante dos ataques golpistas de 8 de janeiro, por exemplo, livrou as tropas de culpa. Em outra frente, apontou "ind�cios de responsabilidade" da Secretaria de Seguran�a e Coordena��o Presidencial, que integra a pasta do GSI (Gabinete de Seguran�a Institucional).

 

Moraes concedeu neste s�bado liberdade provis�ria ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mas imp�s uma s�rie de medidas cautelares que precisam ser cumpridas cumulativamente, entre elas a de que Cid fosse afastado do exerc�cio das fun��es de seu cargo de oficial no Ex�rcito.

 

"O Centro de Comunica��o Social do Ex�rcito informa que o Ex�rcito Brasileiro cumprir� a decis�o judicial expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, e o tenente-coronel Mauro C�sar Barbosa Cid ficar� agregado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP), sem ocupar cargo e exercer fun��o", disse o Ex�rcito, em nota.

 

Moraes tamb�m determinou o uso de tornozeleira eletr�nica, a veda��o de comunica��o com outros investigados e mandou suspender o porte de arma do ex-auxiliar de Bolsonaro. Al�m disso, vetou o uso de redes sociais e o proibiu de sair do pa�s. Tamb�m o obrigou a se apresentar � Justi�a num prazo de 48 horas e, depois, comparecer semanalmente, �s segundas-feiras.

 

O magistrado disse que o descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas ao c�rcere levar� � decreta��o de uma nova pris�o.

 

Cid estava preso desde 3 de maio sob cust�dia em uma unidade militar em Bras�lia

A dela��o � um meio de obten��o de prova, que n�o pode, isoladamente, fundamentar senten�as sem que outras informa��es corroborem as afirma��es feitas. Os relatos devem ser investigados, assim como os materiais apresentados em acordo.

 

Como a premissa da dela��o � indicar outros poss�veis envolvidos nos fatos apurados, a negocia��o de Cid tem gerado expectativa no meio pol�tico sobre eventuais depoimentos que atinjam Bolsonaro.

 

Pessoas pr�ximas ao pol�tico, que est� ineleg�vel, afirmam que o acordo do ex-auxiliar tem potencial para comprometer a imagem do ex-presidente, temem eventuais implica��es contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e se preocupam com o teor das revela��es.


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