
Ele ser� julgado por ter assumido o risco de matar os agentes que foram ao seu s�tio, em Comendador Levy Gasparian (RJ), cidade a 142 km do Rio de Janeiro, atender a ordem de pris�o expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal), em outubro do ano passado.
A magistrada n�o atendeu ao pedido da defesa do ex-deputado de desclassifica��o do crime para les�o corporal culposa, o que tiraria o caso da an�lise de jurados.
O j�ri tamb�m analisar� a acusa��o por resist�ncia, posse irregular de arma de fogo de uso restrito e de artefato explosivo sem autoriza��o. A ju�za desconsiderou em sua decis�o a acusa��o por dano qualificado, em rela��o �s avarias da viatura da PF.
No dia 23 de outubro, Jefferson disparou 60 vezes com sua carabina contra os agentes. Ele tamb�m lan�ou tr�s granadas de luz e som, sendo uma adulterada com pregos.
Os policiais foram cumprir ordem de pris�o determinada por Moraes, sob alega��o de descumprimento, de forma reiterada, das regras da pris�o domiciliar. Um dia antes, ele havia usado a conta no Twitter da filha, Cristiane Brasil (PTB), para xingar a ministra do STF C�rmen L�cia. A magistrada foi chamada de "bruxa de Blair", "C�rmen L�cifer" e comparada a prostitutas.
O ex-deputado estava em pris�o domiciliar desde janeiro de 2022 por quest�es de sa�de. Na ocasi�o, Moraes relaxou a pris�o preventiva decretada em agosto de 2021 no �mbito do inqu�rito das mil�cias digitais.
Em maio, durante interrogat�rio na Justi�a Federal, Jefferson disse que os 60 disparos de carabina que realizou miraram apenas a viatura da PF, que supunha ser blindada -somente as portas dianteiras tinham, de fato, prote��o. As granadas, afirmou ele, foram lan�adas longe dos agentes.O ex-deputado disse, inclusive, ter rido no momento da fuga da policial, ap�s lan�ar a primeiro granada de efeito moral adulterada com pregos. A agente atingida teve o ferimento mais grave da equipe atacada.
"Eles se abrigaram. A �ltima a correr foi a menina. Eu at� ri. Ela � igual a minha neta. Cabelinho preso...", disse o ex-deputado. Outros dois policiais ficaram feridos por estilha�os.
Em julho, o Minist�rio P�blico Federal alterou a den�ncia contra o ex-deputado, por considerar que o ex-presidente do PTB deveria responder por tentativa de homic�dio com dolo eventual, por ter assumido o risco de matar os quatro policiais. A acusa��o inicial afirmava que ele tinha a inten��o de matar os agentes.
A mudan�a n�o tinha alterou, por�m, a situa��o jur�dica do ex-deputado.
Procurada, a defesa de Jefferson n�o se manifestou at� a publica��o desta reportagem.
