
Bras�lia – A cirurgia para restaura��o da articula��o no quadril direito do presidente Luiz In�cio Lula da Silva transcorreu sem problemas e ele recupera bem. A informa��o foi dada pela equipe m�dica do presidente, em entrevista coletiva ap�s a opera��o. “O procedimento transcorreu sem intercorr�ncias. O presidente j� se encontra acordado, indo para a recupera��o p�s-anest�sica. Nas pr�ximas horas, ir� para um apartamento, um quarto normal, n�o necessitando de semi-intensiva nem de UTI [unidade de terapia intensiva]”, informou o cardiologista Roberto Kalil Filho, m�dico que acompanha Lula h� v�rios anos. Segundo ele, o presidente j� estava conversando ap�s a seda��o e se alimentaria nas horas seguintes.
Lula tem artrose na cabe�a do f�mur do quadril direito, que � um desgaste na cartilagem que reveste as articula��es, o que causa dores e at� limita��es de movimento, por causa do atrito entre os ossos. Nos �ltimos meses, vinha se queixando de dores com mais frequ�ncia. A cirurgia consiste na coloca��o de pr�teses na cabe�a do f�mur e na cavidade �ssea (acet�bulo), onde ele se encaixa, restituindo a capacidade de articula��o e movimenta��o da perna e do quadril.
"O presidente come�ar� fazendo exerc�cios ativamente na cama, depois tentamos deixar ele sentado at� que consiga sair da cama, fique em p�, d� os primeiros passos"
Giancarlo Polesello ortopedista e m�dico de Lula
A cirurgia foi realizada na unidade de Bras�lia do Hospital S�rio-Liban�s, em Bras�lia. Lula foi submetido a anestesia geral, procedimento padr�o nesse tipo de opera��o. A expectativa � de que permane�a internado no hospital at� segunda ou ter�a-feira, a depender da evolu��o da recupera��o inicial p�s-cir�rgica. Segundo o m�dico ortopedista Giancarlo Polesello, especialista respons�vel pela cirurgia no quadril do presidente, ele deve se exercitar, tentar ficar de p� e caminhar j� nos primeiros dias.
“Desde que o paciente consiga, esteja consciente, recupere sua for�a muscular, � desej�vel que se retire o paciente da cama o mais rapidamente poss�vel. Se isso for conseguido, amanh� [hoje] cedo a gente deve conseguir isso, porque ele acordou muito bem, j� est� conversando, est� com for�a dos membros inferiores bastante �til”, informou o m�dico.
“Provavelmente, [o presidente] come�ar� fazendo exerc�cios ativamente na cama, depois tentamos deixar ele sentado na cama e, assim, sucessivamente at� que ele consiga sair da cama, fique em p�, d� os primeiros passos. Ele poder� pisar com toda a for�a no ch�o”, completou Giancarlo Polesello. Nessa primeira fase, segundo o m�dico, Lula dever� usar andador e muletas para ajudar no equil�brio at� que consiga ficar em p� e caminhar plenamente.
Lula deve sentir algumas dores da opera��o por at� duas semanas, informou tamb�m Polesello. O progn�stico � que em at� seis semanas, cerca de um m�s e meio, ele j� esteja em plenas condi��es de retomar uma agenda intensa, inclusive com viagens.
Ap�s a alta hospitalar, o presidente vai para o Pal�cio da Alvorada, resid�ncia oficial, de onde despachar� ao longo das pr�ximas semanas. Dever� fazer sess�es de fisioterapia e exerc�cios espec�ficos. A assessoria da Presid�ncia tamb�m informou que Lula n�o far� nenhuma viagem no per�odo de quatro a seis semanas ap�s a cirurgia.
O pr�ximo compromisso internacional deve ser a 28ª Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Mudan�as Clim�ticas (COP28), em Dubai, nos Emirados �rabes Unidos, no fim de novembro, seguida de uma visita � Alemanha, em 4 e 5 de dezembro. Segundo os m�dicos, ele ter� plenas condi��es de cumprir esses compromissos.
P�lpebras
Al�m da cirurgia no quadril, Lula passou por um procedimento nas p�lpebras, a blefaroplastia, que consiste na remo��o do excesso de pele na regi�o, que d� um aspecto de p�lpebra ca�da. O m�dico Kalil Filho informou que a cirurgia n�o foi informada previamente porque dependia do sucesso da opera��o no quadril. Segundo ele, a artroplastia no quadril come�ou pontualmente �s 12h e terminou �s 13h13. Ap�s a prepara��o da sala e troca de equipes, o presidente passou pela blefaroplastia, que durou das 15h �s 16h16. O segundo procedimento foi realizado pela m�dica oftalmologista Eliane Forno. “N�o estava certo que ele iria fazer nenhum tipo de procedimento. Ap�s o final da cirurgia ortop�dica, respondeu muito bem � cirurgia e � anestesia, se aproveitou e fez essa corre��o", justificou Kalil.