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Estado de Minas �LTIMA MILHA

Arapongagem da Abin � "atentado" a ju�zes, diz Ajufe

Entidade cobra puni��o para espionagem promovida "por um �rg�o de governo". Durante o governo Bolsonaro, ag�ncia bisbilhotou ministros de tribunais superiores, jornalistas e servidores %u2014 supostamente desafetos do ex-presidente


22/10/2023 03:55 - atualizado 22/10/2023 09:45
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20/10/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politica. Fachada da ABIN - Agência Brasileira de Inteligência. Setor Policial Sul -DF.
20/10/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Politica. Fachada da ABIN - Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia. Setor Policial Sul -DF. (foto: (Ed Alves/CB/DA.Press))

A Associa��o dos Ju�zes Federais do Brasil (Ajufe) classificou como "atentado � independ�ncia entre os Poderes da Rep�blica" e uma "viola��o �s prerrogativas da magistratura" o monitoramento clandestino de agentes p�blicos feito pela Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia . O caso veio � tona sexta-feira, com a deflagra��o da Opera��o �ltima Milha pela Pol�cia Federal (PF). Segundo as investiga��es, a Abin espionou, durante o governo de Jair Bolsonaro, poss�veis desafetos do ex-presidente — como ministros de tribunais superiores, ju�zes, jornalistas e servidores.

Segundo a nota, "a Ajufe recebe com bastante preocupa��o os relatos sobre uso da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) para monitorar clandestinamente agentes p�blicos, especialmente no �mbito do Poder Judici�rio, durante quase quatro anos. Se confirmadas as informa��es, trata-se de grave atentado � independ�ncia entre os Poderes da Rep�blica e uma viola��o �s prerrogativas da magistratura. Agrava ao fato, ainda, o monitoramento ter sido promovido por um �rg�o de governo".

A entidade que congrega os ju�zes federais observa, ainda, que as investiga��es devem ser "conduzidas com o m�ximo rigor e aten��o que um caso de tamanha gravidade exige". Afirma, ainda, que "vai acompanhar a apura��o e espera que os respons�veis sejam exemplarmente punidos".

Durante o governo Bolsonaro, a Abin foi dirigida pelo delegado federal Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL-RJ. Ele esteve � frente da ag�ncia entre 2019 e 2022, per�odo no qual o software First Mile — que tem capacidade de rastrear at� 10 mil celulares a cada 12 meses com base na localiza��o de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G — foi utilizado na espionagem.

Pelas redes sociais, Ramagem se manifestou dizendo que "o referido sistema (First Mile) n�o fazia intercepta��o, mas demonstrava fazer localiza��o. Mesmo tendo passado por prova de conceito t�cnico e parecer favor�vel da AGU para aquisi��o (2018), nossa gest�o resolveu encaminhar � corregedoria para instaurar corre��o".

J� o senador Fl�vio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente , saiu em defesa de Ramagem tamb�m pelas redes sociais e disse que a investiga��o da PF sobre a espionagem feita pela Abin tem por objetivo prejudicar o deputado. "Foi s� o nome do delegado Ramagem ser cogitado para a prefeitura do Rio de Janeiro que, sem motivo, o governo Lula come�a a usar a m�quina p�blica para persegui-lo", publicou.

A Opera��o Primeira Milha prendeu os servidores Eduardo Arthur Izycki, que exercia a fun��o de oficial de intelig�ncia, e Rodrigo Colli, que trabalhava na �rea de Contraintelig�ncia Cibern�tica da Abin. Ambos foram exonerados. Tamb�m foi afastado o n�mero 3 da ag�ncia, Paulo Maur�cio Fortunato Pinto.

O programa First Mile, de origem israelense, foi comprado no governo do ex-presidente Michel Temer, sem licita��o, por R$ 6 milh�es.

 

 


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