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Equipe de pesquisadores japoneses gerou fol�culos pilosos in vitro, o que pode contribuir para o desenvolvimento de tratamento contra a calv�cie

Pexels/Pixabay
Ao estudar processos de crescimento e pigmenta��o capilar, uma equipe de pesquisadores japoneses gerou, com sucesso, fol�culos pilosos in vitro. De acordo com um estudo publicado na revista Science Advances, o modelo pode contribuir para o desenvolvimento de tratamentos contra a calv�cie.

� medida que um embri�o se desenvolve, ocorrem intera��es entre a camada externa da pele, a epiderme, e o tecido conjuntivo, o mes�nquima. Essas conex�es funcionam como um sistema de mensagens para desencadear a forma��o e a organiza��o do fol�culo piloso, processo chamado morfog�nese.

Nas �ltimas d�cadas, modelos animais forneceram informa��es cruciais sobre o desenvolvimento do precursor do cabelo, mas o processo n�o foi reproduzido, com sucesso, em cultura celular em laborat�rio. Mais recentemente, os organoides — vers�es min�sculas e simples de um �rg�o — t�m ajudado a produzir e estudar o desenvolvimento e a patologia de tecidos e �rg�os in vitro.

Esses avan�os podem impulsionar abordagens voltadas para a sa�de capilar. "Os organoides foram uma ferramenta promissora para elucidar os mecanismos da morfog�nese do fol�culo piloso", disse Tatsuto Kageyama, professor assistente da faculdade de engenharia da Universidade Nacional de Yokohama.
 
 
A equipe de pesquisa fabricou organoides de fol�culos capilares a partir de dois tipos de c�lulas embrion�rias. O sistema de cultura gerou fol�culos capilares e hastes capilares com quase 100% de efici�ncia. Os organoides produziram fol�culos pilosos totalmente maduros e com hastes longas (aproximadamente 3mm de comprimento em 23 dias de cultura).

� medida que esse crescimento ocorreu, os pesquisadores puderam monitorar a morfog�nese e a pigmenta��o capilar in vitro, al�m de entender as vias de sinaliza��o envolvidas nos processos. Em um dos experimentos, os cientistas adicionaram uma droga estimulante de melan�citos, que desempenha um papel fundamental na produ��o da cor do cabelo, no meio de cultura. Com a adi��o dessa subst�ncia, eles melhoraram significativamente a pigmenta��o capilar das fibras capilares.


Regenera��o

Al�m disso, ao transplantar os organoides do fol�culo, os pesquisadores conseguiram uma regenera��o eficiente com ciclos capilares repetidos. Eles acreditam que o modelo in vitro pode ser valioso para uma melhor compreens�o da indu��o dessa estrutura, o que pode ajudar tanto na avalia��o da pigmenta��o do cabelo quanto no desenvolvimento de medicamentos para o crescimento e a regenera��o dos fol�culos pilosos.
As descobertas tamb�m podem ser relevantes para outros sistemas org�nicos e contribuir para a compreens�o de como os processos fisiol�gicos e patol�gicos se desenvolvem, afirmam os cientistas. Pensando em pesquisas futuras, a equipe planeja otimizar a cultura organoide com c�lulas humanas. A ideia � abrir novos caminhos de pesquisa para o desenvolvimento de estrat�gias de tratamento para dist�rbios de perda de cabelo, como alopecia androg�nica, comum em homens e mulheres.


Alisantes aumentam risco de c�ncer

As mulheres que usam produtos qu�micos de alisamento de cabelo est�o em maior risco de ocorr�ncia de c�ncer uterino, alerta um estudo do National Institutes of Health, nos Estados Unidos, divulgado neste m�s. Os dados da an�lise incluem 33.497 americanas com 35 e 74 anos, acompanhadas por quase 11 anos. Nesse per�odo, foram diagnosticados 378 casos da doen�a. Aquelas que relataram usar o produto com frequ�ncia — ao menos quatro vezes no ano anterior — tinham duas vezes mais risco de desenvolver o tumor. “Como as mulheres negras usam produtos de alisamento ou relaxantes com mais frequ�ncia e tendem a iniciar o uso em idades mais precoces, essas descobertas podem ser ainda mais relevantes para elas”, alerta, em nota, Che-Jung Chang, um dos autores do estudo, publicado no Journal of the National Cancer Institute. A mesma equipe descobriu anteriormente que tintas e alisadores de cabelo permanentes podem aumentar o risco de c�ncer de mama e ov�rio.