
O grupo respons�vel pelo estudo inclui pesquisadores de universidades brasileiras, da Col�mbia e dos Estados Unidos. A metodologia foi comparar a mortalidade que era prevista para mar�o de 2020 a maio de 2021, sem a pandemia, e a que de fato ocorreu, com a dissemina��o do novo coronav�rus.
Segundo a pesquisa, houve 1.353 mortes maternas al�m do que era esperado, o que representa excesso de mortalidade de 70%. Na Regi�o Sul, no per�odo de mar�o a maio de 2021, quando o pa�s viveu a fase mais letal da pandemia, o excesso de mortes chegou a 375% na faixa et�ria de mulheres de 37 a 49 anos.
"A desinforma��o relativa ao uso de medicamentos clinicamente ineficazes para prevenir/tratar COVID-19, ou mesmo o recha�o de evid�ncias cient�ficas favor�veis ao uso de m�scaras, distanciamento social e at� mesmo sobre a efic�cia e seguran�a das vacinas, dificultou implementa��o de medidas de sa�de p�blica para mitigar os efeitos da epidemia de covid-19", diz Orellana, em texto divulgado pela Ag�ncia Fiocruz de Not�cias.
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O pesquisador, que coordena o Laborat�rio de Modelagem em Estat�stica, Geoprocessamento e Epidemiologia (Legepi) da Fiocruz Amaz�nia, e os demais autores do estudo afirmam que os impactos do aumento da mortalidade foram diferentes nas regi�es do pa�s e mais fortes nos momentos mais agudos da pandemia, refletindo n�o apenas desigualdades de acesso � sa�de que j� existiam antes da pandemia, como tamb�m o agravamento delas, sobretudo no Norte e no Nordeste.
"O estudo tamb�m sugere que o atraso na inclus�o de gestantes e pu�rperas entre os grupos priorit�rios para vacina��o, em meados de maio de 2021, a subsequente e equivocada suspens�o da mesma naquelas sem comorbidades, bem como a lenta vacina��o contra a covid-19 no restante da popula��o geral, durante a explosiva dissemina��o da variante Gamma, pode ter contribu�do para o excepcionalmente alto n�mero de �bitos maternos evit�veis no Brasil, evidenciando a urgente necessidade de aperfei�oamento das pol�ticas de sa�de materno-infantis durante crises sanit�rias", diz o epidemiologista.
A pesquisa possibilitou a produ��o do artigo (), que, segundo a Fiocruz, foi aceito para publica��o no peri�dico cient�fico .