O Sistema �nico de Sa�de (SUS) oferece aos seus pacientes, h� mais de quatro anos, a aromaterapia como uma das pr�ticas integrativas e complementares (PICS). Reconhecidas pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), as PICS t�m embasamento cient�fico e utilizam recursos terap�uticos com base em conhecimentos tradicionais. O objetivo � curar e prevenir doen�as. Elas est�o presentes em 78% dos munic�pios brasileiros e contemplam todas as capitais do pa�s, com 29 pr�ticas atualmente; como acupuntura, homeopatia, yoga, aromaterapia, entre outros. O tratamento integrado entre a medicina tradicional e as PICS trazem benef�cios j� comprovados como diminui��o da ansiedade e depress�o.
A aromaterapia, t�cnica que usa os aromas liberados pelos �leos essenciais, foi inclu�da entre as pr�ticas integrativas e complementares de sa�de devido as suas finalidades terap�uticas no al�vio de sintomas e preven��o de doen�as. Ela � muito vers�til, podendo ser integrada tamb�m a outras terapias que fazem parte das PICS, como a acupuntura, reiki, ioga, massagem, terapia com florais e outras. Segundo Fabi�n Laszlo, aromat�logo, cientista, fundador da Laszlo e um dos maiores incentivadores da aromaterapia no pa�s, promover sa�de atrav�s da aromaterapia traz mais viabilidad para os cuidados com a sa�de por meio de pr�ticas e cuidados mais naturais e saud�veis.
"A aromaterapia ganhou mais for�a como ci�ncia desde sua incorpora��o nas terapias integrativas ofertadas pelo SUS para o desenvolvimento de novas possibilidades no que diz respeito ao cuidado e promo��o da sa�de", afirma. Os benef�cios dos �leos essenciais s�o embasados em muito estudo e comprovados cientificamente. Extra�dos das plantas, os �leos essenciais possuem princ�pios ativos com propriedades medicinais que atuam em nosso organismo. "Cada aroma atua de forma bastante espec�fica, podendo combater, por exemplo: ansiedade, depress�o, ins�nia, estresse, problemas estes que foram bem acentuados com a pandemia", diz Fabi�n.
A indica��o do �leo essencial varia de acordo com a necessidade de cada paciente e atua de maneira emocional, psicol�gica e f�sica. "A aromaterapia pode ser utilizada no tratamento de muitas doen�as, ajudando no reequil�brio do paciente. O �leo de lavanda, por exemplo, � bem conhecido e um dos mais vers�teis na aromaterapia. Seu aroma tem efeito calmante e relaxante, muito indicado para quem tem problemas de ins�nia", afirma o aromat�lago.
Um levantamento realizado pelo CEMAIS (Centro Municipal de Atividades Integrais de Sa�de) durante a pandemia da Covid-19 revelou que 81% das pessoas que passaram por tratamentos com Auriculoterapia e Aromaterapia perceberam mudan�as positivas com a introdu��o das pr�ticas terap�uticas. A pesquisa utilizou dados entre janeiro de 2020 a julho de 2021, com 60 trabalhadores da �rea da sa�de que realizaram ao menos uma sess�o de Auriculoterapia e Aromaterapia. Destes, 21 responderam ao question�rio sobre a auto percep��o dos efeitos das terapias oferecidas.
As principais queixas dos trabalhadores estavam relacionadas com a ansiedade (95,2%), sensa��o de estresse/sobrecarga (61,9%), cansa�o mental (52,4%), irritabilidade, dor de cabe�a/enxaqueca (38,1%), dentre outras. Ap�s o tratamento, 90,4% consideraram que houve diminui��o da ansiedade, 66,6% relataram diminui��o da sensa��o de sobrecarga/estresse, 52,3% sentiram diminui��o do cansa�o mental e 38,1% notaram queda na irritabilidade, dor de cabe�a/enxaqueca.
Juliane Kate Alvares, terapeuta ocupacional e Auriculoterapeuta do CEMAIS � uma das respons�veis pelo trabalho realizado nos cuidados com os trabalhadores do Complexo de Sa�de do Jardim Canad�, em Nova Lima durante a pandemia do Covid-19 e fala da import�ncia da pr�tica das terapias complementares pelo SUS. "Foi uma experi�ncia muito preciosa pra mim e para nossa equipe. Foi um b�lsamo no meio da turbul�ncia que a pandemia causou para todos n�s, especialmente para os profissionais da sa�de. As respostas pessoais aos tratamentos nos impulsionam e mostram o quanto � importante continuar oferecendo este tipo de cuidado para que mais pacientes possam se beneficiar com as PICS", diz.