Ilustração

Para a equipe de pesquisadores, fatores ambientais ou o estilo de vida sedent�rio s�o os respons�veis pela mudan�a brusca

Charles De Luvio/Unsplash


O comprimento m�dio do p�nis ereto aumentou 24% em 29 anos, e agora � de 13,93cm. A constata��o � de um estudo promovido pelo doutor Michael Eisenberg,  professor de urologia da Faculdade de Medicina de Stanford, que analisou pesquisas de especialistas em sa�de masculina promovidas entre 1942 e 2021. O crescimento, no entanto, � visto com preocupa��o pelos especialistas na �rea.


“O aumento ocorreu em um per�odo de tempo relativamente curto. Qualquer mudan�a geral no desenvolvimento � preocupante, porque nosso sistema reprodutivo � uma das pe�as mais importantes da biologia humana. Se estamos vendo uma mudan�a t�o r�pida, significa que algo poderoso est� acontecendo com nosso corpo”, alerta Michael, autor principal do estudo, em entrevista para a Stanford Medicine Magazine.

 

"Se estamos vendo uma mudan�a t�o r�pida, significa que algo poderoso est� acontecendo com nosso corpo"

Michael Eisenberg, urologista

 

 

 Michael Eisenberg, urologista

Michael Eisenberg, urologista

SMRU/Divulga��o
A pesquisa, publicada no dia 14 no The World Journal of Men’s Health, analisou 75 estudos que registraram o comprimento do p�nis de 55.761 homens e revelou que a tend�ncia de crescimento foi detectada em todo o mundo, o que sugere ter uma causa global e n�o apenas fatores regionais. Para a equipe de pesquisadores, os fatores ambientais - como poluentes e exposi��o a produtos qu�micos — ou o estilo de vida sedent�rio s�o os respons�veis pela mudan�a brusca.


“Produtos qu�micos desreguladores end�crinos existem muitos em nosso ambiente e em nossa dieta. � medida que mudamos a constitui��o do nosso corpo, isso tamb�m afeta nosso ambiente hormonal. A exposi��o a produtos qu�micos tamb�m foi apontada como uma causa para meninos e meninas entrarem na puberdade mais cedo, o que pode afetar o desenvolvimento genital”, detalha o professor.


Os fatores, inclusive, j� provocaram outras mudan�as na sa�de masculina, lembra Michael. A contagem de esperma e os n�veis de testosterona em homens s�o exemplos que levaram o especialista a verificar se os impactos ambientais tamb�m promoveram mudan�as f�sicas nesse p�blico.


“Dadas as tend�ncias que vimos em outras medidas da sa�de reprodutiva masculina, pensamos que poderia haver um decl�nio no comprimento do p�nis devido �s mesmas exposi��es ambientais”, conta.


A teoria de Michael, no entanto, era que o p�nis teria diminu�do nos �ltimos anos. Ao conduzir o estudo, percebeu que a hip�tese estava errada. Anteriormente, a m�dia de tamanho de um p�nis ereto era de 10,5cm.


“Conduzimos uma meta-an�lise na qual examinamos todos os relat�rios, at� onde sabemos, sobre o comprimento do p�nis. Observamos o comprimento fl�cido, esticado e ereto, e criamos um grande banco de dados de medidas. O que descobrimos foi bem diferente das tend�ncias em outras �reas de fertilidade e sa�de masculina”, detalha.


PR�XIMOS PASSOS

Agora, a equipe da Faculdade de Medicina de Stanford planeja verificar se os impactos ambientais tamb�m atingem outras popula��es, como crian�as em fase de crescimento. Os pesquisadores querem analisar o banco de dados nacional de registro de altura e peso alimentado por pediatras para verificar se n�o h� altera��es significativas. Se houver, diz Michael, a exposi��o a produtos qu�micos pode “se tornar um indicador precoce de mudan�as no desenvolvimento humano”.


“Al�m disso, se houver dados granulares sobre fatores de estilo de vida ou exposi��es ambientais, podemos tentar entender por que isso pode estar acontecendo. Por fim, acho importante perguntar se h� mudan�as semelhantes ocorrendo nos �rg�os reprodutivos das mulheres.”