Reunião

Reuni�o

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Ag�ncia Brasil/ EBC
Uma comitiva de m�dicos e especialistas do Minist�rio da Sa�de de Angola realiza esta semana uma s�rie de visitas e reuni�es em Bras�lia, Belo Horizonte e Salvador. A proposta � retomar a coopera��o bilateral com o pa�s, sobretudo na �rea de sangue e hemoderivados. O pa�s africano enfrenta um grave problema de sa�de p�blica: a anemia falciforme.  

 

At� 2020, havia 11.540 casos registrados da doen�a. A estimativa oficial � de que quase 2% dos nascidos vivos em Angola tenham esse tipo de hemoglobinopatia. A taxa de pessoas com o chamado tra�o falciforme, muta��o gen�tica em que a doen�a n�o se manifesta, mas que pode ser passada para os filhos, � de quase 20% no pa�s.  


A visita t�cnica da comitiva ao Brasil inclui uma videoconfer�ncia para apresenta��o de curso em formato de ensino � dist�ncia (EAD) do teste do pezinho, capaz de detectar a anemia falciforme.

 

 

A a��o, coordenada pela Ag�ncia Brasileira de Coopera��o (ABC), do Itamaraty, envolve t�cnicos de triagem neonatal do Minist�rio da Sa�de brasileiro e de professores da Universidade Federal do Paran� (UFPR). A proposta � implementar em Angola uma pol�tica nacional da doen�a falciforme. 

“Elegemos o Brasil por ser uma refer�ncia na Am�rica Latina e a n�vel mundial na abordagem de pessoas com doen�a falciforme”, explicou o diretor do Instituto de Hematologia de Angola e chefe da miss�o no Brasil, Francisco Domingos.


“Iniciamos, por projeto piloto, implementar a experi�ncia do Brasil com o teste do pezinho. N�o vamos fazer como o Brasil faz, com [teste para] v�rias doen�as. Vamos come�ar [apenas] pela anemia falciforme”. 

A coopera��o, segundo Domingos, prev� ainda projetos para qualificar a doa��o de sangue em Angola, j� que as doa��es no pa�s s� acontecem entre familiares. Angola, atualmente, processa cerca de 80 bolsas de sangue por dia, totalizando 150 mil por ano, mas apenas 20% v�m de volunt�rios. A ideia � utilizar a experi�ncia brasileira na capta��o de volunt�rios para ampliar e qualificar o processo em Angola.