Vacina experimental contra melanoma consegue aval nos EUA

Uma nova vacina experimental contra o melanoma, o tipo mais grave de c�ncer de pele, recebeu o status de terapia inovadora pelo FDA, ag�ncia de regulamenta��o de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos.

Esse reconhecimento permite acelerar o processo de desenvolvimento e aprova��o para uso em casos avan�ados da doen�a. O novo imunizante n�o � usado para preven��o, mas para dar mais qualidade de vida ao paciente.

 

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Esse tipo de aval do FDA � dado para as terapias em teste que mostraram resultados superiores aos tratamentos padr�o em pacientes de alto risco.

A vacina vem sendo desenvolvida pelo laborat�rio Moderna e usa a tecnologia de RNA mensageiro. Associada ao medicamento pembrolizumabe mostrou resultados promissores em rela��o � recidiva e mortalidade.

Ao contr�rio do que o nome possa sugerir, a droga n�o serve para prevenir o c�ncer. Ela estimula o sistema imune a gerar uma resposta contra a doen�a.

J� o pembrolizumabe � um anticorpo monoclonal usado contra v�rios tipos de c�ncer que aumenta a capacidade do sistema imune para detectar e combater as c�lulas doentes.

Em todo o mundo, a vacina para melanoma est� em teste. As pesquisas t�m mostrado resultados promissores nos casos avan�ados com met�stases.

"Os �ndices de sobrevida foram melhores quando se associou a vacina com medicamento adjuvante, o pembrolizumabe", explica a dermatologista Aparecida Machado de Moraes, coordenadora do Departamento de Oncologia Cut�nea da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

"As vacinas seriam um avan�o como recurso no tratamento das formas avan�adas da doen�a. Os tratamentos do melanoma ainda s�o limitados, a sobrevida curta e a letalidade, infelizmente, � alta. As novas alternativas de tratamento s�o bem-vindas", afirma a especialista.

Tumor agressivo

O melanoma � um tumor muito agressivo que pode evoluir para est�gios graves mesmo nos casos iniciais.

"No Brasil os casos de melanoma est�o em ascens�o. Felizmente, os m�dicos t�m feito mais diagn�sticos e isso contribui para a aten��o precoce e sobrevida", explica a m�dica. Segundo os �ltimos dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de C�ncer), eram estimados 8.980 novos casos no ano de 2022.

O melanoma, que � o tipo mais grave de c�ncer de pele, representa 3% dos tumores de pele. A doen�a pode ser prevenida com prote��o solar, autoexame, aten��o ao hist�rico familiar, especialmente em tipos de pele clara.

O exame dermatol�gico rotineiro e com dermatoscopia - instrumento que ajuda a visualizar as les�es no consult�rio - acrescenta dados valiosos.

"H� um conjunto de fatores que geram um tumor, por exemplo, gen�tica predisponente, pele clara, exposi��o ao sol e a outros agentes carcinog�nicos como qu�micos ambientais. A radia��o solar � sabidamente um fator, mas n�o � �nico. Observe que h� melanoma na boca e na mucosa genital, �reas que n�o tomam sol", finaliza a m�dica.