Nesse mês de abril, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, entidade em defesa dos pacientes com diabetes e obesidade, lançou uma nova campanha para alertar a população sobre a retinopatia diabética, uma complicação do diabetes que pode levar à cegueira. A iniciativa tem como objetivo conscientizar sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença, além de chamar a atenção das autoridades para a longa fila de espera por consultas e exames com oftalmologistas na rede pública.



De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 4 milhões de brasileiros sofrem com essa complicação ocular e 150 mil são diagnosticados a cada ano. O descontrole na glicemia, que leva ao aumento nos níveis de açúcar no sangue, é um dos principais responsáveis pelo problema. Em alguns municípios, a fila de espera por consultas e exames com oftalmologistas na rede pública pode chegar a oito meses.

Segundo o médico oftalmologista Tiago César Pereira Ferreira, professor de cirurgia oftalmológica da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, a retinopatia diabética é uma doença crônica que pode afetar a retina e levar à perda da visão. "O aumento do açúcar no sangue pode causar danos aos vasos sanguíneos da retina, prejudicando a visão e, em casos mais graves, levar à cegueira".

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A retinopatia diabética é uma doença crônica que pode afetar a retina e levar à perda da visão, alerta o oftalmologista Tiago César Pereira Ferreira

(foto: Ramon Ferrary/Divulgação)
Tiago César alerta que o diagnóstico precoce da retinopatia diabética é essencial para evitar a progressão da doença. "O ideal é que todo paciente com diabetes faça exames oftalmológicos de rotina pelo menos uma vez ao ano, para detectar a doença em estágios iniciais e iniciar o tratamento o mais cedo possível".

Nesse contexto, a campanha chama a atenção das autoridades para a necessidade de melhorias no atendimento oftalmológico na rede pública. Para Tiago César, o acesso à informação é essencial. "É fundamental que as pessoas estejam informadas sobre os riscos da doença e saibam da importância de buscar ajuda médica o mais rápido possível".

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