ilustração dos pulmões no esqueleto humano

Embolia pulmonar � uma doen�a que apresenta alta preval�ncia

rawpixel/Freepik
A Embolia pulmonar ocorre quando uma ou mais art�rias do pulm�o est�o obstru�das por um co�gulo de sangue que impede a sua passagem, dificulta a sua oxigena��o e provoca sobrecarga do cora��o. A doen�a pode acontecer em qualquer ciclo da vida, tanto nos homens como nas mulheres, e passa a ser mais frequente com o avan�ar da idade.

Na maioria das vezes, a embolia pulmonar � provocada por co�gulos sangu�neos que se formam em veias das pernas e, em alguns casos mais raros, na cavidade p�lvica ou abdominal. Uma outra forma, ainda muito mais rara, � a embolia gordurosa, ou gasosa, que ocorre principalmente no trauma, ou em cirurgias de grande porte na pelve ou nas pernas.

Conforme o cirurgi�o vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional S�o Paulo (SBACV-SP), Fabio Rossi, o fator principal que deve ser considerado � que a doen�a apresenta alta preval�ncia. “Em pa�ses ocidentais, de um a tr�s casos a cada 1.000 habitantes por ano s�o acometidos pela Trombose Venosa Profunda (TVP) dos membros inferiores, que � respons�vel pela embolia pulmonar. Hoje, o tromboembolismo venoso � a terceira causa de morte cardiovascular, ficando atr�s apenas do Infarto Agudo do Mioc�rdio e do Acidente Vascular Cerebral. Al�m disso, � a primeira causa de morte evit�vel em pacientes internados".

Leia tamb�m: Gripes, resfriados e pneumonia aumentam nesta �poca do ano.

A embolia pulmonar pode ser oligossintom�tica, ou seja, inicialmente os sintomas talvez sejam mais leves, e n�o chamam tanta a aten��o, o que representa um grande perigo, pois podem ser confundidos com outras patologias, como gripe e pneumonia, e o tratamento acaba n�o sendo adequado. Nos casos mais graves, ainda � confundida tamb�m com o infarto agudo do mioc�rdio, o que � um problema ainda mais s�rio, porque o tratamento do Infarto � muito diferente, e a demora no diagn�stico correto da doen�a � capaz de levar o paciente ao �bito.

Os grupos de risco

Qualquer pessoa corre o risco de desenvolver co�gulos sangu�neos, mas existem alguns fatores que fazem com que isso aconte�a com mais facilidade:
  • Dist�rbios heredit�rios que afetam o sangue, tornando-o mais propenso a coagular, hist�ria de trombose ou embolia na fam�lia.
  • Tratamentos m�dicos: insufici�ncia card�aca, c�ncer, quimioterapia, cirurgias em geral, principalmente de grande porte que exigem interna��o, e repouso prolongado. O risco aumenta quando o paciente fica entubado na UTI. 
  • Permanecer por muito tempo deitado ap�s uma cirurgia e fratura na regi�o das pernas.
  • Longos per�odos de imobilidade, como viagens de avi�o, de carro, �nibus, trens, acima de quatro horas, e tamb�m em pessoas que trabalham muito tempo em uma �nica posi��o, em p� ou sentado.
  • Durante a gesta��o, devido �s altera��es hormonais e tamb�m com o peso do beb� que pressiona as veias na pelve e retarda o retorno do sangue e, em alguns casos, provoca a trombose.
  • Tabagismo, obesidade e uso cr�nico de anticoncepcionais.
“A pessoa com embolia pulmonar precisa ser socorrida logo que apresentar os primeiros sintomas. O quanto mais r�pido for feito o diagn�stico, melhor. O tratamento � realizado por meio do uso de anticoagulantes, que evita que o trombo aumente de tamanho e que se desprenda e se desloque pela corrente sangu�nea, se alojando no pulm�o”, alerta o m�dico.

Principais sintomas

  • Falta de ar que aparece de repente e se agrava diante de um esfor�o f�sico.
  • Dor no peito confundida com um ataque card�aco. Geralmente h� piora diante de uma tosse, espirro ou esfor�o.
  • Tosse acompanhada de escarro com sangue.
  • Dores ou incha�o nas pernas.
  • Febre e suor excessivo.
  • Batimento card�aco acelerado ou palpita��o.
  • Tontura e desmaio.
  • Em 25% dos casos, que acontece nas embolias volumosas, a primeira manifesta��o � a parada card�aca e o �bito. Por isso, o socorro imediato � extremamente importante.
Ainda, conforme o m�dico, em pacientes internados e de alto risco � indicado o uso de anticoagulantes em baixa dosagem, chamados de profil�ticos, que evitam a forma��o do trombo. Isso deve sempre ser feito com supervis�o m�dica rigorosa, pois esses medicamentos evitam a forma��o de trombos e co�gulos, mas tamb�m � poss�vel induzir ao sangramento. Nos casos em que � feito o diagn�stico, devem ser administrados anticoagulantes em doses mais altas o mais r�pido poss�vel.

Em quadros mais graves, que existe repercuss�o hemodin�mica, ou seja, hipotens�o e choque cardiog�nico, pode ser necess�rio o uso de medicamentos trombol�ticos, que t�m o poder de dissolver o co�gulo, ou at� mesmo de cateterismo e uso de dispositivos que t�m a capacidade de aspirar o co�gulo.

Nos casos de trombose e embolia pulmonar cr�nica, ou naqueles em que acontecem m�ltiplos epis�dios de recidiva, pode surgir a hipertens�o pulmonar, o que prejudica muito a capacidade cardiopulmonar e traz limita��es e piora irrevers�vel na qualidade de vida.

Como prevenir

“A melhor preven��o envolve a educa��o de todos os profissionais da sa�de sobre quais s�o os fatores de risco e o alerta sobre a import�ncia do diagn�stico precoce. Ao paciente, devemos recomendar um estilo de vida saud�vel, que inclui dieta equilibrada, com alimenta��o rica em vegetais e pobre em gorduras, evitar o h�bito do tabagismo, praticar exerc�cios f�sicos regulares e controlar o peso. � importante que ele esteja ciente de todos os sinais da Embolia Pulmonar e que procure o atendimento m�dico vascular imediatamente, para que o tratamento se inicie o mais r�pido poss�vel”, orienta F�bio Rossi.

A SBACV-SP tem como miss�o levar informa��o de qualidade sobre sa�de vascular para toda a popula��o. Para outras informa��es acesse o site e siga as redes sociais da entidade (Facebook e Instagram).