Julho amarelo: vacina��o pode prevenir mortes por hepatites virais
Especialistas destacam a import�ncia dos exames de rotina para o diagn�stico precoce, evitando que as infec��es sejam descobertas em est�gios avan�ados
A imuniza��o segue sendo considerada o meio mais eficaz de combate � hepatite, sendo os tipos A, B e C os mais predominantes no Brasil
Freepik
Respons�veis por mais de 1,4 milh�o de morte no mundo a cada ano, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), as hepatites virais matam mais que a Aids e a mal�ria juntas. A imuniza��o segue sendo considerada o meio mais eficaz de combate a essas infec��es, sendo os tipos A, B e C os mais predominantes no Brasil, de acordo com o Minist�rio da Sa�de. Neste m�s, a��es de conscientiza��o e combate � doen�a visam diminuir os n�meros de casos.
A Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) estima que 3 milh�es de novos casos de hepatite surjam, anualmente, em todo o mundo. Silenciosas e contagiosas, elas costumam se manifestar por meio de v�rios sintomas, como cansa�o, febre, mal-estar, tontura, enjoo, v�mitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Em alguns casos, entretanto, o paciente pode ser assintom�tico.
Imuniza��o
As hepatites virais atingem o f�gado e s�o consideradas um grave problema de sa�de p�blica. De acordo com Marisa Mariano, especialista em vacinas do S�o Marcos, hoje, s�o disponibilizados tr�s op��es de vacinas. A primeira � contra a Hepatite A, que deve ser aplicada para qualquer idade a partir de 12 meses, no esquema de 2 doses.
“Isso possibilita uma prote��o mais cedo, aos 12 meses, e ainda h� a possibilidade de vacinar adolescentes, adultos e idosos que n�o receberam a vacina anteriormente”, comenta. Pelo SUS, a vacina, conforme preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e de Imuniza��es (SBIm), � recomendada apenas para crian�as a partir de um ano e tr�s meses, em uma �nica dose.
O esquema vacinal contra a hepatite B, na rede p�blica: ao nascimento, aos 2 e aos 6 meses de vida. J� na rede particular, o alcance � ainda maior, a vacina � indicada para essas faixas et�rias, crian�as acima desta idade, adolescentes e adultos at� 29 anos ainda n�o vacinados.
S�o tr�s doses, com intervalo de um m�s entre primeira e a segunda, e cinco meses da segunda para a terceira dose. “As doses s�o tamb�m indicadas para popula��es vulner�veis (em especial, profissionais do sexo e usu�rios de drogas) e para profissionais da sa�de. Pessoas com comprometimento do sistema imunol�gico necessitam de dose dobrada em quatro aplica��es (esquema 0-1-2-6 meses), para melhorar a resposta ao est�mulo produzido pela vacina”, pontua Marisa Mariano. Al�m disso, na rede privada h�, ainda, uma terceira op��o: tomar a vacina combinada contra as Hepatites Virais A e B. No pa�s, ainda n�o existe imunizante contra a hepatite C.
Al�m da preven��o, Jo�o Campos, coordenador regional de produ��o do Laborat�rio Lustosa, destaca a import�ncia do diagn�stico precoce. “Por demorarem a apresentar sintomas, as hepatites virais normalmente acabam sendo descobertas tardiamente, facilitando, assim, a transmiss�o ou a progress�o da doen�a, passando a se manifestar em suas formas mais graves, quando j� evoluiu para cirrose ou c�ncer hep�tico. “Por isso, � essencial refor�ar a necessidade de as pessoas estarem em dia com os exames de rotina, indicados para investig�-las”, alerta.
M�rcio Nunes, coordenador m�dido do S�o Marcos, recomenda, tamb�m, outras medidas que podem evitar a transmiss�o das hepatites virais, que ocorre principalmente pelo contato fecal-oral (hepatite A), pelo sangue e rela��es sexuais (hepatites B e C): “Usar preservativo em todas as rela��es sexuais; exigir materiais esterilizados ou descart�veis em est�dios de tatuagem e de piercings; n�o compartilhar instrumentos de manicure e pedicure e n�o usar l�minas de barbear ou de depilar de outras pessoas”.
*Para comentar, fa�a seu login ou assine