ponta de cigarro
“Os dados mostram que, de forma lenta, mas segura, cada vez mais pessoas est�o protegidas dos danos do tabaco por pol�ticas de pr�ticas �timas baseadas em evid�ncias”, disse o diretor-geral da organiza��o, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Parabenizo as Ilhas Maur�cio, por serem o primeiro pa�s da �frica, e os Pa�ses Baixos, por serem o primeiro da Uni�o Europeia, a introduzirem o plano completo de pol�ticas de controle do tabaco da OMS no n�vel mais alto. A OMS est� disposta a prestar apoio a todos que quiserem seguir o exemplo desses pa�ses e protegerem sua popula��o contra um flagelo mortal.”
Oito pa�ses precisam cumprir apenas mais um dos crit�rios MPOWER para entrar no grupo de l�deres em controle do tabaco: Espanha, Eti�pia, Ir�, Jord�nia, Madagascar, M�xico e Nova Zel�ndia. Por outro lado, existem 44 pa�ses que n�o adotam nenhum dos crit�rios e 53 pa�ses que sequer pro�bem o fumo dentro de estabelecimentos de sa�de. E apenas 50% de todos os pa�ses t�m locais de trabalho e restaurantes que pro�bem a pr�tica.
A OMS refor�a que criar espa�os livres de fumo � importante para que as pessoas respirem um ar mais limpo e para que a popula��o seja protegida dos efeitos mortais do tabaco. Ambientes assim tamb�m s�o importantes para estimular as pessoas a deixaram de fumar e evitar que outras sejam atra�das para a pr�tica.
As estimativas s�o de que em torno de 1,3 milh�o de pessoas morram todos os anos como fumantes passivos em todo o mundo. A exposi��o � fuma�a do cigarro aumenta os riscos de ataques card�acos, de acidente vascular cerebral (AVC), doen�as respirat�rias, diabetes do tipo 2 e diferentes tipos de c�ncer.
Desafios no Brasil
O diretor-executivo da Funda��o do C�ncer, cirurgi�o oncol�gico Luiz Augusto Maltoni, disse � que o pa�s precisa continuar investindo em pol�ticas p�blicas para diminuir a circula��o do tabaco e o n�mero de fumantes.
“O Brasil � um exemplo pela pol�tica de controle do tabaco, mas � preciso ficar atento, n�o esmorecer e continuar nesse trabalho de combate. N�s precisamos intervir mais no pre�o do cigarro, que ainda � um dos mais baratos do mundo. E sabemos que umas medidas mais importantes para a redu��o do tabagismo � o aumento do pre�o e da taxa��o. Tamb�m seria fundamental aumentar o controle das divisas para coibir ao m�ximo o com�rcio ilegal”, disse Maltoni.
Uma das maiores preocupa��es, nesse sentido, � o consumo de cigarros eletr�nicos, principalmente pelos mais jovens. Uma resolu��o da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) de 2009 pro�be a comercializa��o e propaganda relacionada ao produto, mas isso n�o impede que se tenha acesso por meios ilegais. Relat�rio divulgado em maio do ano passado pelo sistema Vigil�ncia de Fatores de Risco e Prote��o para Doen�as Cr�nicas por Inqu�rito Telef�nico (Vigitel), do Minist�rio da Sa�de, indica que um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletr�nicos no Brasil.
“A ind�stria do tabaco vem tentando ampliar o n�mero de dependentes, principalmente a popula��o mais jovem, com esse apelo de que o cigarro eletr�nico seria menos danoso, menos problem�tico. E a gente sabe que isso � mentira”, diz Luiz Augusto Maltoni. “Os pa�ses que permitiram o uso, como os Estados Unidos, t�m tido um n�mero crescente de dependentes, muitos com doen�as graves, induzidas pelo cigarro eletr�nico. Existe uma s�ndrome chamada Evali, uma inflama��o nos pulm�es pelo uso espec�fico do cigarro eletr�nico, que tem provocado insufici�ncia respirat�ria nos mais jovens. Al�m disso, existem subst�ncias t�xicas e cancer�genas, e o risco de explos�es dos dispositivos, que causam queimaduras graves no corpo”, acrescentou o m�dico.
Graves consequ�ncias
Segundo Michelle Andreata, pneumologista da Sa�de no Lar, o h�bito de fumar tem consequ�ncias extremamente prejudiciais para os pulm�es e isso ocorre porque a fuma�a do cigarro cont�m subst�ncias irritantes como alcatr�o e nicotina, que causam sintomas e inflama��o nas vias a�reas, gerando sintomas como tosse, produ��o de muco e chiado no peito, al�m de causar danos aos sentidos e � mucosa das vias a�reas.
Michelle Andreata, pneumologista: 'Parar de fumar reduz o risco de doen�as respirat�rias cr�nicas, como bronquite, enfisema e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica (DPOC)'
“Parar de fumar reduz o risco de doen�as respirat�rias cr�nicas, como bronquite, enfisema e doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica (DPOC); faz com que aconte�a uma redu��o do risco de alguns tipos de c�nceres tais como o de pulm�o, boca, es�fago, laringe, p�ncreas, rim e bexiga; melhora na sa�de cardiovascular; melhora a circula��o sangu�nea e aumenta a expectativa e melhorar a qualidade de vida, uma vez que diminui o risco de diversas doen�as graves e complica��es relacionadas ao tabagismo.”
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