
O Mineir�o registrou ontem o pior p�blico da Copa Am�rica, com 11.746 torcedores – segundo n�meros oficiais, levando-se em conta os ingressos vendidos e os distribu�dos gratuitamente, mesmo que a pessoa que tenha recebido n�o tenha ido ao est�dio. Desse total, foram apenas 4.640 pagantes (a entrada mais barata custava R$ 120 a inteira). Para tentar diminuir o vexame das arquibancadas vazias, o Comit� Organizador Local (COL) distribuiu 4.300 bilhetes para a��es sociais. Os demais ingressos foram entregues a patrocinadores, delega��es e parceiros do torneio.
Mesmo assim, 50 mil cadeiras ficaram desocupadas, j� que o est�dio tem 61.927 lugares dispon�veis para as partidas da Copa Am�rica.
Os ingressos gratuitos ajudaram a dar um clima menos gelado � tarde na Pampulha. Entre os presenteados estavam 30 crian�as das categorias de base do Brumadinho Futebol Clube, de Brumadinho, cidade atingida pela trag�dia do rompimento da barragem do C�rrego do Feij�o, da Vale, em janeiro. Al�m dos meninos, 20 pais foram de �nibus para a partida.
“A gente est� tentando retomar a normalidade. Foi um choque bastante dif�cil”, contou Wandercley Eller, que coordenou a vinda das crian�as. Algumas delas sofreram com a morte de parentes pr�ximos, como o pequeno Raul Rodrigues, de 12 anos, que perdeu um tio. Os cerca de 140 clubes amadores de Brumadinho perderam 14 atletas na trag�dia. O Brumadinho, um dos mais tradicionais da cidade, perdeu o atacante Robert Ruan, de 19 anos, que chegou a fazer teste no Atl�tico. O corpo de Robert ainda n�o foi encontrado.
REFUGIADOS Quem tamb�m chegou cedo ao Mineir�o foi o grupo de refugiados venezuelanos que ganhou entradas da Minas Arena. O grupo chegou a BH na semana passada, vindo de Boa Vista, e est� hospedado em uma casa mantida pela Arquidiocese de BH.
Aos gritos de “Vinotinto”, eles ganharam a simpatia das crian�as, que tamb�m escolheram a Venezuela para torcer. (RD)