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Estado de Minas AM�RICA

Refor�os, sa�das, Lisca: Salum detalha planos para o Am�rica na S�rie A

'Mostramos que � poss�vel fazer mais com menos', comemorou o presidente do clube, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas e ao Superesportes


17/01/2021 04:00 - atualizado 17/01/2021 08:56

Com o América tendo chegado às semifinais da Copa do Brasil e brigando pelo título da Série B, Salum ressalta o espírito do %u201Cfazer mais com menos%u201D(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 19/12/20)
Com o Am�rica tendo chegado �s semifinais da Copa do Brasil e brigando pelo t�tulo da S�rie B, Salum ressalta o esp�rito do %u201Cfazer mais com menos%u201D (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press %u2013 19/12/20)
O Am�rica ainda luta pelo t�tulo da S�rie B do Campeonato Brasileiro de 2020, mas j� pensa na temporada 2021, quando voltar� � S�rie A. O principal objetivo � permanecer na elite do futebol nacional, mas sem fazer loucuras que impe�am o clube de continuar organizado e crescendo. "Mostramos que � poss�vel fazer mais com menos”, diz Marcus Salum, presidente do Conselho de Administra��o do Coelho, em entrevista exclusiva ao Estado de Minas.

O clube trabalhou com or�amento de cerca de R$ 30 milh�es desde janeiro de 2020. Para este ano, a expectativa � ter entre R$ 60 milh�es e R$ 70 milh�es, o que abre boa perspectiva quando se olha de fora. Para quem est� l� dentro, por�m, o cen�rio � bem diferente. “A maioria trabalha com or�amentos de R$ 300 milh�es, R$ 350 milh�es.”

Assim, ser� preciso, mais uma vez, ter olho cl�nico ao contratar, mirando principalmente quem se destacou na Segunda Divis�o ainda em curso. A inten��o � manter a base do time que deu t�o certo na atual temporada, apostar em jovens promissores e buscar “um ou dois mais conhecidos”, segundo o dirigente, verdadeiro apaixonado pelo clube. Al�m dos principais jogadores, uma das preocupa��es � com a manuten��o da comiss�o t�cnica. As conversas com o t�cnico Lisca para renova��o j� come�aram e Salum espera acertar a perman�ncia “o mais r�pido poss�vel''.

Qual foi a diferen�a entre o Am�rica que “bateu na trave” em 2019, n�o subindo por um ponto, e o que conseguiu o acesso com certa tranquilidade agora?
Nem sempre n�o atingir o objetivo significa que o trabalho foi ruim. Quando voc� cai, tem muita despesa e pouca receita. Tem de administrar um passivo grande, pois s�o jogadores caros. Ca�mos em 2018, e em 2019 demoramos a achar o caminho certo. Primeiro, contratamos o (t�cnico) Maur�cio Barbieri, depois, o Givanildo, at� chegar ao Felipe Concei��o. Quando conseguimos colocar o carro nos eixos, conseguimos avan�ar. Mas no futebol acontecem coisas que seriam anormais em outras �reas. Perdemos aquele jogo para o S�o Bento (que j� estava rebaixado, na �ltima rodada) porque entramos achando que j� hav�amos subido e porque tivemos muitos desfalques. Ent�o, acho que o segredo foi manter o planejamento, apesar de n�o termos conseguido o acesso. J� em 2020 tivemos a perda do Felipe e, por experi�ncia, fizemos a op��o pelo Lisca, o qual j� vinha acompanhando. Falei para ele que n�o queria um t�cnico doido, mas competente. Foi o que ele nos ofereceu. Al�m disso, estamos acostumados a administrar d�ficits, n�o fazemos loucuras.

Em um ano de pandemia, como o Am�rica conseguiu manter as contas em dia?
A gente (da diretoria) procura acudir nas horas de dificuldade. Mas tivemos um trabalho muito benfeito no auge da crise (provocada pela COVID-19), que foi a negocia��o com os jogadores para reduzir valores de direitos de imagens, fomos atr�s de CBF e da emissora de TV que det�m direitos de transmiss�o pedindo para manter os pagamentos em dia. E fomos atr�s de tudo que foi poss�vel. Estou esgotado, nunca trabalhei tanto como em 2020. Mas, felizmente, deu certo e o grupo confiou na gente. Eles sabiam que, quando tiv�ssemos condi��es, cumprir�amos os compromissos. E o sucesso na Copa do Brasil nos ajudou muito, refor�ou o caixa, nos permitiu quitar os compromissos mais r�pido do que planejado. Hoje, n�o tem nada em aberto no Am�rica.

Por falar em Copa do Brasil, chegar �s semifinais pela primeira vez foi surpresa?
O trabalho encaixou. Foi tudo como gosto, sem ningu�m dando palpites no futebol, pouca gente tomando as decis�es. Acreditava que chegar�amos entre os oito pelo futebol que o time vinha jogando. Mas entre os quatro foi surpresa, sim. Agora que passou, acho que dever�amos ter ido � final, pelo que jogamos at� tomar o gol no jogo de volta contra o Palmeiras. O time fez uma excelente partida, teve chance de abrir o placar.

At� que ponto uma campanha influenciou a outra? No mata-mata o time eliminou gigantes da S�rie A como Corinthians e Internacional
Nosso time estava muito seguro, muito bem treinado. Mas o excesso de jogos na S�rie B atrapalhou um pouco o desempenho na Copa do Brasil. Havia o trauma de n�o ter subido em 2019 por um ponto e paramos de poupar atletas (no Brasileiro). Com isso, perdemos jogadores importantes em hora decisiva, como Jo�o Paulo, Z� Ricardo, Al�. Se todos estivessem em boas condi��es, poder�amos ter chegado � final e at� ser campe�es.

Quais os desafios para 2021, quando o objetivo principal � n�o voltar para S�rie B? O clube manter� os p�s no ch�o?
Nosso or�amento para a S�rie A � bem abaixo da necessidade da pr�pria S�rie A. Teremos de trabalhar com R$ 60 milh�es, R$ 70 milh�es, contra R$ 300 milh�es, R$ 350 milh�es de outros. Ent�o, n�o � f�cil. Mas como estamos crescendo, mostramos que � poss�vel fazer mais com menos. Al�m disso, a dificuldade dos chamados grandes mostra que estamos no caminho certo e vamos tentar fazer um bom papel, permanecer na elite.

O t�cnico Lisca parece ter se encaixado bem no perfil do Am�rica. Ele vai permanecer?

Estamos conversando, fizemos a primeira proposta, mas ele mudou de empres�rio. E perdi meu diretor de futebol tamb�m (Paulo Bracks foi para o Internacional na virada do ano). Assim, assumi pessoalmente a negocia��o e espero fechar o mais r�pido poss�vel, pois boa parte do sucesso deste ano � do trabalho feito por ele. Claro que h� outros diretores, outras pessoas que contribu�ram, mas o Lisca foi fundamental para nosso bom desempenho em campo.

Qual o perfil dos refor�os que o Am�rica vai buscar? De onde vir� o dinheiro para bancar essas contrata��es?
Temos de manter a base deste ano e investir em jogadores jovens que ainda n�o estouraram, al�m de fazer algumas contrata��es pontuais. N�o quero ir ao mercado buscar jogador que cada ano est� em um clube disputando a S�rie A, que joga por um time que cai e no ano seguinte est� em outro da Primeira Divis�o. O que me interessa � o que tem de melhor na S�rie B e jovens promissores. E um ou dois mais conhecidos. Tudo dentro das nossas possibilidades.


Pratas da casa como Messias e Z� Ricardo se destacaram e geraram cobi�a. Eles ser�o negociados?
Ainda n�o sei se serei candidato (nas elei��es do fim de janeiro), estou cansado. Mas, se n�o for, a minha recomenda��o � que, caso haja qualquer venda, se retire parte do recurso para melhorar a infraestrutura do clube. � com ela que vamos conseguir revelar jogadores, manter um time competitivo, aprimorar nossos atletas.

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