
Chapec� – Ap�s homenagens, vel�rio aberto ao p�blico e cortejo pelas ruas de Chapec� (SC), o corpo do jornalista Rafael Henzel foi enterrado no fim da tarde de ontem, no cemit�rio Jardim do �den. Henzel, de 45 anos, morreu na noite de ter�a ao sofrer um infarto fulminante enquanto jogava futebol com amigos. Ele chegou a ser encaminhado para um hospital da cidade, mas n�o resistiu. O jornalista foi um dos seis sobreviventes da trag�dia a�rea da Chapecoense, que causou a morte de 71 pessoas, no fim de novembro de 2016. O avi�o levava a delega��o catarinense para o segundo jogo da final da Copa Sul-Americana, na Col�mbia.
A morte repentina do radialista surpreendeu todos. O lateral Alan Ruschel (que j� est� integrado ao grupo da Chape), o ex-goleiro Jackson Follmann e o zagueiro Neto (que voltou a treinar com a equipe na sexta-feira), tamb�m sobreviventes da trag�dia, estiveram no enterro, bastante emocionados. Tr�s dias antes de sua morte, Henzel havia prometido a Neto que narraria seu retorno aos campos, “nem que fosse na China”. Ainda n�o h� data marcada para a escala��o do zagueiro em um jogo.
Ruschel lamentou a perda. “�s vezes, parece que o destino brinca com a gente. A sensa��o que eu tinha sobre n�s, sobreviventes de uma trag�dia t�o grande, era de que, com a oportunidade cedida por Deus, t�nhamos come�ado a nossa vida do zero. Como se f�ssemos crian�as tendo uma vida inteira pela frente”, afirmou o atleta.
Follmann deixou no Instagram uma mensagem: “A gente tenta encontrar respostas, compreender o que est� acontecendo. Mas Deus � o �nico ser que sabe o que acontece e o que est� por vir. Que Deus lhe receba e conforte o cora��o de toda sua fam�lia. Deixar� saudades o profissional, o pai, esposo e amigo que eras. #luto”.
CONDOL�NCIAS Entidades e associa��es manifestaram condol�ncias pela morte do jornalista. A Chapecoense destacou seu o trabalho como um “narrador excepcional” dos jogos do time. Clubes como Atl�tico, Cruzeiro, Am�rica, Corinthians, S�o Paulo, Gr�mio, Vasco, Santos, Sport, Ponte Preta, Palmeiras e Paran� tamb�m destacaram a carreira do jornalista e seu exemplo de vida. O governador de Santa Catarina, Carlos Mois�s da Silva, emitiu nota de pesar e destacando seu exemplo de amor � profiss�o.
Ap�s o vel�rio, o corpo de Henzel seguiu para o sepultamento em cortejo f�nebre, em caminh�o do Corpo de Bombeiros, at� o cemit�rio. �nico jornalista a sobreviver � trag�dia, ele trabalhava na R�dio Oeste Capital e havia retomado �s atividades no ve�culo de comunica��o um ano ap�s o acidente que abalou o futebol mundial. Henzel considerava o dia do acidente o in�cio de sua segunda vida. E ela durou dois anos, tr�s meses e 27 dias.