Celeiro azul: Cruzeiro se destaca na forma��o de zagueiros

A melhor defesa da fase de classifica��o do Campeonato Mineiro, com apenas quatro gols sofridos, passa pelas categorias de base do Cruzeiro. A entrada do prata da casa Weverton � s� mais um exemplo da verdadeira f�brica de defensores da Toca da Raposa I.

Nos �ltimos oito anos, a Raposa se especializou em formar zagueiros, tendo obtido n�o s� retorno t�cnico, com a conquista de t�tulos, mas tamb�m financeiro: arrecadou cerca de R$ 35 milh�es com a venda dessas joias.

Entre eles figuram atletas que est�o ou estiveram no exterior, como Wallace, Murilo e Bruno Viana. O mais recente a pegar o avi�o para seguir a carreira fora do Brasil foi Cac�, que se transferiu em fevereiro para o Tukushima Vortis-JAP.

E j� h� uma nova gera��o chegando, pois al�m de Weverton, Paulo est� na reserva do time principal.

Em comum, o fato de terem tido ao apoio de algu�m que conhece bem a posi��o: C�lio L�cio, que usou a camisa celeste de 1991 a 1997, tendo conquistado t�tulos importantes, como a Supercopa Libertadores’1992, as Copas do Brasil’1993 e 1996 e a Copa Libertadores'1997.

No Cruzeiro, ocupou cargos como de auxiliar-t�cnico e t�cnico na base, auxiliar e t�cnico interino no profissional. Agora, � coordenador de transi��o de atletas das divis�es inferiores para a equipe principal.

Ele acredita que h� uma s�rie de fatores que justificam a boa produ��o dos defensores: “Cheguei � base do Cruzeiro em 2011, junto com o Paulo Ricardo Castro. E ele tem uma metodologia de trabalho sensacional. Isso me ajudou muito na forma��o dos meninos, principalmente dos que jogam atr�s. Conseguimos aliar minha experi�ncia como defensor com o trabalho do Paulo”.

Ele cita tamb�m jogadores que foram para outros clubes. � o caso de Messias, que estava no Am�rica e foi para o Cear�; Rodrigues, que est� no Gr�mio; e Fabr�cio Bruno e Edu, negociados no ano passado com Bragantino e Athletico, respectivamente.

J� Arthur est� emprestado ao Coelho.

“E temos outros vindo a�, como o Cezinha, o Guilherme, Pedro, que � do juvenil, mas tem potencial muito bom”, diz. “A gente passa para eles que, com esse modelo de jogo com pouco espa�o entre as linhas, o zagueiro tem de pensar mais r�pido e simplificar o m�ximo poss�vel. A gente procura passar a experi�ncia para eles e eles t�m assimilado bem”, diz C�lio L�cio.

Confian�a em alta

Os atletas t�m procurado tirar o m�ximo em todas as categorias. Assim, quando chegam ao profissional, est�o mais prontos para agarrar a oportunidade, como fez Weverton, que, teoricamente, estava atr�s de Paulo no processo de forma��o, mas acabou sendo escolhido pelo t�cnico Felipe Concei��o depois das sa�das de Cac� e tamb�m do experiente Manoel.

“O Felipe Concei��o foi � Toca I e viu dois treinos da base. Ele gostou do meu futebol e me chamou para completar os treinos (do time principal). Sabia que era uma grande oportunidade e a agarrei da melhor forma poss�vel. Felizmente, estou tendo chance. Tenho procurado trabalhar duro, todo dia, com determina��o, para ter mais jogos durante o ano”, diz Weverton, de apenas 18 anos.

Ele procura se inspirar justamente nos colegas, mas tamb�m em grandes estrelas, como o espanhol S�rgio Ramos e os brasileiros Thiago Silva e Marquinhos.

“S�o jogadores t�cnicos, que t�m boa sa�da de bola, bons passes, bons lan�amentos. Procuro estudar bem como eles se posicionam, ver os jogos para evoluir cada vez mais e chegar ao n�vel deles”, diz a promessa celeste.

Os jogadores do Cruzeiro se reapresentam ao t�cnico Felipe Concei��o na manh� de hoje, quando come�am a se preparar para o jogo de idas das semifinais do Campeonato Mineiro, contra o Am�rica, domingo, �s 16h, no Mineir�o. A novidade � o atacante Rafael S�bis, que volta a ficar � disposi��o depois de cumprir suspens�o contra o Patrocinense.