
De um total de cerca de 3 mil crian�as que beberam a �gua, foram avaliadas 318, que tiveram o sangue analisado cinco meses antes e depois do consumo da �gua fortificada. Para assegurar que as crian�as consumissem a mistura, os bebedouros convencionais foram substitu�dos por filtros com a �gua fortificada. O l�quido tamb�m foi usado para preparar as refei��es. De acordo com o pesquisador, a �gua n�o possui efeitos colaterais importantes.
A rela��o custo-benef�cio � um dos grandes atrativos do projeto �gua de Ferro. “O custo � muito baixo, a efetividade � muito alta e a administra��o � simples”, afirma Fl�vio Capanema. Com poucos recursos, � poss�vel evitar que crian�as desenvolvam doen�as graves, com sequelas irrevers�veis, visto que a defici�ncia de ferro pode acarretar danos mentais, retardar o crescimento e diminuir a resist�ncia do organismo.
A preval�ncia de anemia caiu significativamente de 29,3%, antes da fortifica��o da �gua, para 7,9% ao final do estudo, com um expressivo aumento dos n�veis de hemoglobina. Foi tamb�m observada redu��o dos �ndices de preval�ncia de d�ficit no crescimento e baixo peso.
Fortifica��o � o m�todo mais efetivo
An�lises recentes revelam que a anemia � um s�rio problema de sa�de p�blica no Brasil, afetando 53% das crian�as abaixo de 5 anos de idade. Devido a essa alta incid�ncia, a fortifica��o dos alimentos com ferro � considerada o mais efetivo m�todo para combater a anemia.
A Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) recomenda como medidas b�sicas para a preven��o e controle da anemia, a educa��o nutricional voltada para o aumento do consumo de alimentos ricos em ferro, programas para o controle de doen�as parasit�rias, ado��o de suplementos alimentares e o enriquecimento de alimentos com ferro.
Reconhecimento
A pesquisa foi realizada em 2005/2006 e ganhou o reconhecimento do meio acad�mico e do poder p�blico, tendo conquistado o primeiro lugar no 1º Encontro Latino-Americano de Alimentos Enriquecidos com Ferro e o VII Semin�rio Estadual do Sistema de Vigil�ncia Alimentar e Nutricional em Aten��o B�sica, realizados em 2008, em Belo Horizonte. A publica��o recente na revista internacional refor�a o reconhecimento da relev�ncia do trabalho. A pesquisa teve apoio financeiro da Fapemig e da Eletrobr�s/Centrais El�tricas de Furnas.
