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Estado de Minas

Pesquisa da UFMG mostra que bullying afeta 26% dos jovens

Levantamento de psic�loga ligada ao Observat�rio de Sa�de da UFMG mostra que um em cada quatro jovens de 14 a 17 anos de BH foi v�tima de humilha��o de colegas, a maioria na escola


postado em 17/08/2012 06:50

Uma pesquisa feita pelo Observat�rio de Sa�de Urbana de BH, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), revela que um em cada quatro jovens da capital j� sofreu bullying. S�o agress�es verbais, intimida��es e brincadeiras humilhantes cometidas em um momento espec�fico da vida, mas que n�o saem mais da mem�ria de quem as sofreu. O trabalho “Bullying entre adolescentes de um centro urbano: estudo Sa�de em Beag�”, fruto de disserta��o de mestrado da psic�loga Michelle Ralil da Costa, tamb�m pesquisadora do observat�rio, aponta ainda a escola como o cen�rio mais frequente, por ser onde o adolescente passa a maior parte do tempo. Foram identificados, por exemplo, comportamentos comuns entre as v�timas, como se envolver em brigas, sentirem-se sozinhas ou exclu�das em festas e n�o poder conversar com os pais.

De acordo com Michelle, dos 26% de jovens entre 14 e 17 anos que afirmaram ter sido agredidos verbalmente, cerca de 65% disseram que o epis�dio ocorreu na escola ou no percurso casa/escola. “Tamb�m tivemos adolescentes que apontaram a casa, eventos sociais ou o ambiente de trabalho como locais. O bullying � uma viol�ncia sofrida entre os pares. Tomamos como base que os jovens foram agredidos entre amigos, no ciclo de conviv�ncia, e a escola � onde eles est�o inseridos por mais tempo”, afirmou a especialista.

O resultado da pesquisa, que ser� publicado em breve, serve como um alerta para a fam�lia. Segundo Michelle, baseando-se na literatura, a viol�ncia, quando sofrida na inf�ncia, adolesc�ncia e in�cio da fase adulta, tende a ser repetida mais tarde. “Trabalhamos com a perspectiva da v�tima, mas estudos internacionais apontam que � muito dif�cil separar v�tima de agressor. Normalmente, a agress�o � uma forma de poder, de uma pessoa mais forte, ou grupo, contra a mais fraca. E, para se proteger, alguns jovens passam de v�timas a agressores, se unindo a um grupo para ter maior sensa��o de poder”, explicou.

A v�tima, segundo a pesquisadora, pode ser uma pessoa t�mida, retra�da, o que pode ser reflexo de uma desestrutura familiar. “Serve como um alerta para que os pais escutem os filhos, pois essa aten��o � muito importante nesse per�odo. Seja para ouvir o que est� acontecendo na vida do jovem, seja para prestar aten��o tamb�m se seu filho est� praticando o bullying. Vemos diariamente not�cias da viol�ncia levada ao extremo. Estudos j� apontam para desencadeamento de problemas mentais e emocionais mais graves, como tentativa de suic�dio”, afirmou.

Fam�lia

A pesquisa � parte de um inqu�rito de base populacional conduzido em 2008 e 2009 pelo Observat�rio de Sa�de Urbana na capital, denominado Sa�de em Beag�. Para o estudo foram entrevistados 598 adolescentes das regi�es Oeste e Barreiro. A autora explica que eles pertencem a classes sociais diferentes e a escolas p�blicas e particulares. “S�o lugares que t�m uma popula��o heterog�nea, o que nos permite, de certa forma, obter uma perspectiva do que acontece na capital.” Segundo ela, tamb�m foi relacionado no estudo o fato de os jovens conversarem pouco com os pais, relatarem brigas na fam�lia e passarem pouco tempo em fam�lia. Os jovens n�o foram questionados se sofreram viol�ncia f�sica, apenas verbal, e sem utiliza��o do termo bullying. “Isso evitava qualquer confus�o ou supernotifica��o pelo fato de ser uma express�o em evid�ncia atualmente. Com esse cuidado, o foco da pesquisa se manteve no relato do comportamento”, afirmou Michelle.

Agora, o passo seguinte � entender como os fatores influenciam no comportamento dos adolescentes. “Temos que investigar se a associa��o das v�timas com a desestrutura familiar e o fato de n�o conseguirem conversar com os pais � resultado de uma influ�ncia forte na personalidade delas, que as impede de se socializar adequadamente e as predisp�e como alvos de bullying.”

 


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