(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Sol � o corpo celeste mais esf�rico j� observado

Estrela quase n�o sofre altera��es em seu formato


postado em 24/08/2012 12:36

Apesar de estar a 150 milh�es de quil�metros, uma estrela � essencial � vida na terra, al�m de ser o corpo celeste mais conhecido e h� mais tempo estudado pela humanidade. O Sol fornece a luz e o calor a todos os organismos vivos. Entender esse gigante tem sido um desafio h� mil�nios, e uma pesquisa divulgada na revista cient�fica Science conseguiu desvendar alguns dos aspectos mais interessantes da gigantesca bola de calor. Segundo o grupo de pesquisadores, que conta com a participa��o de um brasileiro, a estrela mais pr�xima da Terra � o objeto mais redondo j� medido pelo homem, e, ao contr�rio do que se acreditava at� ent�o, n�o sofre varia��es em suas medidas ao longo dos seus ciclos, mesmo sendo formado basicamente por g�s. As descobertas prometem revolucionar a forma como o astrorei � compreendido.

Para conseguir estudar o Sol em min�cias, os pesquisadores contaram com a ajuda do Solar Dynamics Observatory (SDO), sat�lite da Ag�ncia Espacial Norte-Americana (Nasa) constru�do especialmente para observar a estrela. Durante dois anos, a equipe fez milhares de fotografias. “As imagens de sat�lites trazem normalmente uma pequena distor��o. No entanto, tirando v�rias fotos de posi��es diferentes do Sol, conseguimos montar uma imagem de como ele realmente �, sem distor��es”, explica Marcelo Em�lio, cientista da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paran�, um dos autores da pesquisa. “A cada seis meses, n�s faz�amos imagens, mud�vamos o sat�lite de lugar e produz�amos novas fotografias. A ideia era estudar o ciclo solar, que dura 11 anos.”

Todos os corpos que realizam movimento de rota��o (em torno do pr�prio eixo) t�m os polos achatados. No entanto, no Sol esse achatamento � muito pequeno, quase inexistente. “Como um experimentalista, � sempre excitante descobrir quando os nossos modelos simplesmente n�o funcionam. Nesse caso, vimos que ele tem uma forma muito mais redonda do que imagin�vamos”, conta Jeff Kuhn, especialista da Universidade do Hava�, nos Estados Unidos, principal autor do estudo.

Por se tratar de medidas muito grandes, � preciso simplificar os c�lculos para entender a varia��o no formato do astro. Se o Sol tivesse 1km de di�metro, a diferen�a entre o seu di�metro nos polos em rela��o ao di�metro equatorial seria de 0,017cm, menor que o de um fio de cabelo. Comparativamente, se a Terra medisse 1km de di�metro, essa diferen�a seria de 3,4m.

Sem mudan�as

A segunda constata��o dos pesquisadores ao observar o Sol e suas manchas � de que seu formato quase n�o sofre altera��es. Por ser formado de gases, era esperado que durante o ciclo solar ele sofresse deformidades. No entanto, analisando as mudan�as de localiza��o das manchas solares, os cientistas perceberam que, apesar de toda a estrutura solar sofrer altera��es, sua deforma��o permanece constante ao longo do tempo. “Isso significa que vamos aprender algo importante sobre como o Sol organiza o campo magn�tico em seu interior ou como a turbul�ncia abaixo da superf�cie gera uma for�a que o faz t�o esf�rico”, completa Khun.

Uma das hip�teses levantadas para explicar a falta de varia��o no formato diz respeito � din�mica das camadas internas do Sol. Ela ocorreria de uma maneira ainda desconhecida que n�o geraria deforma��es nas camadas mais externas. Nesse caso, os movimentos rotativos das camadas logo abaixo da superf�cie seriam entre 3% e 10% mais lentos do que o imaginado. J� Douglas Gough, um astrof�sico da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que n�o participou do estudo, tem outra teoria. Ele sugere que a atmosfera sobre as regi�es polares do Sol � ligeiramente diferente da que est� sobre o equador solar. “Tal disparidade poderia causar distor��es nos caminhos de luz dirigido para a Terra a partir das v�rias regi�es, assim desviando a estimativa de achatamento inferior ao esperado”, comentou no site da revista Science.

O pr�ximo desafio da equipe ser� justamente compreender as causas do formato t�o surpreendente. A tarefa n�o ser� f�cil, principalmente por causa da complexidade e da proximidade do Sol. “As medi��es em estrelas distantes tem distor��es grandes, j� no caso do Sol a proximidade torna-se um desafio, pois s�o necess�rios aparelhos e c�lculos muito mais precisos”, explica Marcelo Em�lio, da UEPG. Assim, olhar para o Sol � como vislumbrar um gigante bem de perto. � t�o complexo e t�o detalhado que entend�-lo exige um esfor�o imenso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)