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Estado de Minas

Tomografia computadorizada � mais eficaz que cateterismo para o diagn�stico de doen�a coron�ria


postado em 02/09/2012 12:05

Um estudo internacional, que conta com a participa��o do Instituto do Cora��o (InCor) do Hospital das Cl�nicas da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo e de institui��es de outros sete pa�ses, apontou que o exame em tomografia computadorizada de 320 cortes (TC 320) pode diagnosticar com mais precis�o quais as pessoas que apresentam um quadro de dor tor�cica, sem diagn�stico de infarto, que v�o necessitar de tratamento invasivo tal como uma angioplastia card�aca ou uma cirurgia, procedimentos utilizados para restaurar o fluxo normal de sangue para o cora��o comprometido por uma obstru��o nas art�rias do �rg�o.

Atualmente, segundo o Incor, esse diagn�stico � feito com a utiliza��o de dois exames: o cateterismo, que serve para identificar a exist�ncia e grau de obstru��o das art�rias do cora��o e a cintilografia com stress, que avalia se a obstru��o est� impedindo a chegada de sangue ao m�sculo card�aco. No entanto, esses dois exames exp�e o paciente a um maior n�vel de exposi��o � radia��o e a risco de complica��es. A utiliza��o da TC 320 reduz at� a metade a radia��o a que ele � exposto em compara��o aos outros dois exames.

Em entrevista � Ag�ncia Brasil, o coordenador da pesquisa no Incor e especialista em diagn�stico por imagem do hospital, Carlos Rochitte, disse que h� outras vantagens na utiliza��o da TC 320. “Com essa t�cnica, � um �nico exame, n�o invasivo, de 20 minutos”, falou.

Al�m disso, o custo do exame feito com a TC 320 � menor. De acordo com o Incor, o custo do cateterismo gira em torno de R$ 8 mil (R$ 6 mil pelo exame e mais R$ 2 mil de honor�rios m�dicos) e, da cintilografia com estresse, R$ 1,9 mil. O custo da tomografia computadorizada de 320 cortes fica em torno de R$ 3,3 mil.

Pessoas com dor no peito, mas n�o est�o sofrendo um ataque card�aco, formam o perfil do paciente que poder� se beneficiar do exame com a TC 320. “O paciente (indicado para o exame), basicamente, � aquele que tem suspeita forte de doen�a coron�ria, de meia idade, com colesterol alto, que fuma”, falou.

O estudo, que teve in�cio no final de 2009, foi realizado em 16 hospitais de oito pa�ses e tem a coordena��o da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. “A import�ncia do estudo � justamente o de poder identificar o paciente que realmente precisa ser tratado. Esperamos selecionar melhor os pacientes”, ressaltou o m�dico.

Rochitte n�o sabe estimar em quanto tempo esse exame poder� ser utilizado pelos hospitais brasileiros para diagnosticar uma doen�a coron�ria. “No Brasil, o InCor e o Einstein (Hospital Israelita Albert Einstein) t�m esse equipamento e condi��es de fazer imediatamente. Os outros hospitais v�o depender de se atualizarem ou de adotarem o protocolo para os equipamentos que contam no momento. Um dos projetos nossos para o futuro � de tentar expandir esse protocolo para os equipamentos que est�o mais dispon�veis como o TC 64 (que, segundo o Incor, trata-se de uma gera��o anterior do equipamento e est� dispon�vel praticamente em todos os hospitais de primeira linha p�blicos e privados do pa�s)”, explicou.

O m�dico tamb�m v� uma possibilidade forte de que a realiza��o desse exame possa ser coberta futuramente pelo Sistema �nico de Sa�de (SUS). “Esperamos poder colocar isso no SUS o mais r�pido poss�vel”, disse. Os 381 pacientes que participaram do estudo, 99 deles do Incor, v�o continuar sendo acompanhados pelos pesquisadores por um prazo de cinco anos.


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