
Army of two come�ou em 2008 como um interessante game de tiro com um criativo esquema de coopera��o em dupla. The devil’s cartel, o terceiro da s�rie, mant�m o formato de parceria. Dessa vez, os protagonistas dos dois primeiros jogos, Rios e Salem, s�o substitu�dos por Alpha e Bravo, dois novos atiradores do ex�rcito privado T.W.O. A dupla original, por�m, n�o foi completamente deixada de lado, j� que exerce importantes pap�is na hist�ria.
A trama de The devil’s cartel � das mais simples: Alpha e Bravo devem resgatar um pol�tico mexicano raptado por um cartel de drogas. Ao longo da narrativa, voc� perambula por ruas, cemit�rios e favelas na pele dos dois protagonistas, atirando freneticamente em todos que cruzarem seu caminho. As mortes contabilizadas t�m diferentes classifica��es, de acordo com o estilo (tiro de surpresa, ataque com faca, explos�o), cada uma com diferentes pontua��es. Ao somar os pontos, no fim de cada miss�o � poss�vel comprar novas armas, roupas, tatuagens e m�scaras.
O sistema de combate d� muita �nfase � cobertura. Para sobreviver em meio aos tiroteios, � essencial se esconder por tr�s de algum objeto e intermitentemente levantar para disparar, de forma muito similar ao que era visto em Time crisis. O problema � que o jogo se limita a isso: o jogador e o parceiro atiram sem parar, com um esquema de pontua��o sem maiores desafios. Enumerar as qualidades do t�tulo � dif�cil. Entretanto, � bem f�cil apontar os defeitos.

Em termos de acabamento, The devil’s cartel peca pela quantidade de bugs enquanto se avan�a na trama. Por mais de uma vez, encontramos cad�veres de inimigos em posi��es totalmente inexplic�veis, como flutuando no ar ou posicionados de joelhos, com o tronco totalmente ereto, sem estar apoiado em absolutamente nada. Em certos pontos, os p�s dos protagonistas atravessam o meio-fio da cal�ada, como faria um fantasma. Isso sem contar armas que evaporam das m�os dos personagens ou o fato n�o moverem a boca em di�logos realizados fora das cenas de anima��o.
Outro grande problema � a falta de uma coopera��o mais elaborada entre os dois soldados, que � extremamente frustrante para quem � familiarizado com o primeiro Army of two. Nele, havia um sistema em que, se um dos agentes principais atirasse em v�rios inimigos, come�ava a chamar mais aten��o para si, enquanto o parceiro ficava mais despercebido. A mec�nica permitia, assim, t�ticas mais elaboradas na hora de combater, devido � din�mica entre a dupla.
Em The devil’s cartel, por�m, isso foi totalmente ignorado. Agora, o companheiro de a��o serve basicamente para ajudar o outro a subir em lugares mais altos e arrombar portas. H� trechos em que os dois se separam para executar tarefas diferentes: enquanto um sobe em um helic�ptero armado com metralhadoras, o outro percorre um caminho a p�. Momentos assim tentam quebrar a repetitividade, mas n�o conseguem empolgar muito, al�m de serem desinteressantes de forma geral. Pelo menos, quando se � mortalmente ferido, o outro personagem aparece prontamente para curar o amigo.
Junte a tudo isso a intelig�ncia artificial ris�vel dos inimigos, os protagonistas gen�ricos e incapazes de causar empatia por serem desinteressantes e temos nada mais que um simpl�rio jogo de tiro – g�nero que sobra nas prateleiras das lojas. The devil’s cartel n�o � desafiador nem exige muito c�rebro para ser jogado. Serve de divers�o quando n�o se quer nada al�m de atirar desenfreadamente. Sem a inventividade vista na coopera��o dos games anteriores, percebe-se que, neste Army of two, a uni�o n�o necessariamente faz a for�a.
ESCONDER E ATIRAR
Lan�ado pela Namco para arcades em 1995 e depois para os consoles PlayStation. As m�quinas nos fliperamas contavam n�o apenas com as armas para jogadores segurarem, mas tamb�m com pedais que permitiam controlar quando os personagens deveriam se levantar ou se agachar atr�s de um objeto para se proteger dos tiros.