
S�o Paulo (*) - A desconfian�a do consumidor com celulares de bateria que tanto promete quanto aquece, ap�s o fiasco internacional das explos�es no �ltimo Samsung Galaxy Note 7, tornou-se desafio para toda a ind�stria de smartphones.
No esfor�o de rebater o problema da concorrente sul-coreana, a taiuanesa Asus coloca hoje nas prateleiras brasileiras o Zenfone3Zoom, um aparelho com aquela mesma incr�vel amperagem na bateria - com testes de seguran�a refor�ados cinco vezes, para evitar o indesejado ‘estouro nas vendas’.
O Zenfone3Zoom oferece alta capacidade de 5 mil amperes e promete durar quase 20 horas rodando v�deo. O aparelho chega ao mercado com valores a partir de R$ 1,9 mil (tela de 5.5 polegadas, 3GB RAM e 32GB de armazenamento). A vers�o de 4GB RAM e 64GB sai a R$ 2,2 mil e a superior, com 128GB, por R$ 2,5 mil.
Diante do furac�o enfrentado pela Samsung - que teve de recolher os aparelhos depois que as companhias a�reas o baniram e uma crise sem precedentes se alastrou na web -, a taiuanesa reviu os padr�es dos testes de seguran�a, de acordo com Marcel Campos, gerente de marketing da Asus. "A fabrica��o culmina em uma fase que chamamos de burning test. Cada telefone � testado antes de ir para a caixa", detalha. A bateria do Note 7 tinha 3,5 mil amperes (a do iPhone 7Plus, 2,9 mil amperes).
Na apresenta��o do produto em evento para jornalistas e influenciadores digitais no fim de semana, Campos alfinetou: disse que no mercado brasileiro este � o aparelho com maior efici�ncia de bateria que n�o explode.
Segundo ele, os aparelhos s�o submetidos a uma condi��o extrema de carregar muito r�pido e descarregar muito r�pido a bateria, para testar o aquecimento: "O padr�o da ind�stria s�o 30 minutos desses testes, subimos para 2 horas e meia, como consequ�ncia do que houve com a Samsung".
Teste EM
Nos primeiros testes, o desempenho da bateria parece, de fato, o grande trunfo do Zenfone3Zoom - o Estado de Minas usou o aparelho intensamente desde sexta-feira, para fazer v�deos, fotos e navegar na internet.
A durabilidade � de fato impressionante, al�m da sempre interessante fun��o reverse charging, que te permite carregar algum outro aparelho cuja energia esteja moribunda. Design e estabilidade s�o outros pontos pra ele.
Por outro lado, o que sobrou aparentemente de teste em bateria faltou no que deveria ser a feature-protagonista e ajustes de software ainda s�o necess�rios para a c�mera.
Embora o pr�prio nome do aparelho tenha refer�ncia � capacidade de produ��o de imagens - e apesar de todo o marketing ser focado nisso - h� ainda muito o que desejar para a produ��o fotogr�fica - especialmente no modo autom�tico, preferido por quem entende pouco ou nada de fotografia.
No manual
Em suma, fotos durante o dia sempre dar�o certo. Saiu disso, pode complicar. Com a fun��o manual, a ideia � simular digitalmente as ferramentas encontradas em uma c�mera profissional: foco autom�tico, ISO, exposi��o, diafragma. Com paci�ncia, os resultados ficam bem melhores do que no modo autom�tico.
A abertura de 1.7 na lente deveria 'segurar a onda' de imagens com luz reduzida, mas as imagens assim ficam bem aqu�m da expectativa. O zoom �tico vai a 2.3 vezes e o digital de 12 vezes em condi��es de pouca luminosidade entrega praticamente uma ninfeia de Monet - vista bem de perto.
Embelezamento?
No modo v�deo, a pixeliza��o e lentid�o atrapalham bastante. E ferramentas que traduzem h�bitos de consumo asi�tico - como o bizonho “embelezamento de selfies” que imprime olhos de mang� e filtros cor-de-rosa na pele - n�o fazem mesmo muito sentido.
(*) O jornalista viajou a convite da Asus
